sábado, 22 de março de 2014

Em Vidas, Lugares e Tempos: Chissano partilha vivências

 

Chissano_livro “VIDAS, Lugares e Tempos” é o primeiro livro de três volumes com os quais o antigo Presidente, Joaquim Chissano, pretende partilhar parte da sua história e vivências com o público, cujo lançamento aconteceu na noite de ontem, em Maputo, numa cerimónia bastante concorrida e que contou com o testemunho do Presidente da República, Armando Guebuza.
Maputo, Quarta-Feira, 30 de Março de 2011:: Notícias
O livro relata factos e estórias relacionadas com o período que vai da infância de Joaquim Chissano até a sua deslocação à Europa, mais concretamente Portugal, para cursar medicina. Narra ainda episódios que rebuscam a memória colectiva do período vivido no país durante a colonização portuguesa.
Depois deste volume, tal como foi anunciado ontem, seguem, em princípio, mais outros dois, que se debruçarão sucessivamente sobre o engajamento do autor no processo de libertação nacional, ou seja, do período (1963 a 1975) que vai da sua chegada a Tanzânia até independência nacional; o período que vai de 1975 a 1986, o qual compreende a fase em que foi Ministro dos Negócios Estrangeiros até à morte do Presidente Samora Machel.
Os factos e memórias de Chissano também irão compreender o período 1986 e 1994, marcado pela guerra civil e a assinatura do Acordo Geral de Paz, terminando com os dois últimos mandatos como Presidente da República já no contexto multipartidário.
Entretanto, na cerimónia do lançamento do primeiro volume, Chissano fez questão de deixar claro que a sua intenção com as publicações não é fazer da sua pessoa um mito.
“Tentei no livro repelir qualquer tentativa de mitificar a pessoa de Joaquim Chissano porque este não é um mito, porque não quero ser um mito”, disse ressalvando em seguida que com a sua subjectividade não pretende se sobrepor à objectividade, ou seja, que os factos e estórias que narra no livro não são a verdade absoluta.
Advertiu aos historiadores e analistas para que não tomem o livro como uma fonte de factos, mas que seja uma das fontes possíveis.
Entretanto, o Presidente Guebuza, discursando na ocasião considerou a obra como mais um incentivo para mais publicações sejam feitas no país, aproveitando sobretudo, a vaga criada pelos antigos combatentes que de há uns anos a esta parte tem estado a publicar livros de memórias.
Com efeito, encorajou a toda a sociedade a enveredar pelo caminho da escrita, dando enfoque para a necessidade de publicações de obras que retratam o país nestes seus 36 anos de independência.
De referir que “Vidas, Lugares e Tempos” obra prefaciada por Mário Machungo, foi apresentado por Pascoal Mocumbi, ambos antigos primeiros-ministros e amigos pessoais de Chissano.

Comments

1
thompson pantie said...
realmente. uma obra impresonante e rica. vale a pena conferir
2
Antonio Langa said...
Espero ter em breve e ler com paixao habitual enquanto aguardo das dois volume que sairao mais terde - foi bom o gesto de publicar
3
Beirense da Manga said...
“Tentei no livro repelir qualquer tentativa de mitificar a pessoa de Joaquim Chissano porque este não é um mito, porque não quero ser um mito”, disse ressalvando em seguida que com a sua subjectividade não pretende se sobrepor à objectividade, ou seja, que os factos e estórias que narra no livro não são a verdade absoluta.
Advertiu aos historiadores e analistas para que não tomem o livro como uma fonte de factos, mas que seja uma das fontes possíveis."
Está tudo dito e confessado!
Ninguém tem "t...es", para escrever a verdade absoluta!
Reconhecer que foi traído, ou também foi traidor!
Tudo por causa da maldita...repito, maldita PIDE/DGS, que se "entranhou" de tal maneira na Frelimo, que até hoje ainda continua a sair dos intestinos de muitos.Só m...!
Mais uma "distracção EDITADA", que começou em "voos que não aterram-rasantes","testemunha que não viu, só ouviu, e inventa", e agora "ganda vida, que se lixam os lugares, há tempo para tudo, até relatar divagações SOBRE O QUE NÃO TESTEMUNHEI sobre as inverdades"!
Sinais do tempo!
4
Francisco Moises said...
Consideremos isto: individuos que se opuseram ou nao estao ao lado da Frelimo tiveram e tem dificuldade, senao acham impossivel publicar obras que escreveram ou escrevem sobre a historia contemporanea de Moçambique. Quando Guebuza encoraja os moçambicanos a escrever, ele encoraja somente aqueles que sao da Frelimo e que querem lisonjear a Frelimo.
Se alguem na esta ao lado do Chissano e de Guebuza, é que vale a pena nao sonhar ser publicado em Moçambique, mesmo pelas casas editoras independentes, se que ha tais casas editoras em Moçambique, visto que estes tem sido pressionados para nao aceitar tais obras.
Chissano ja nos adverte que a sua obra nao é sobre a verdade absoluta. Isto é para que nao o critiquemos quando mente nestas suas obras.
5
Ntala said...
Vamos la ver se havera muitas inverdades, uma vez que ja estamos habituados.

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