Américo Matavele
Mateus 2:16 “Quando Herodes percebeu que havia sido enganado pelos magos, ficou furioso e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nas proximidades, de acordo com a informação que havia obtido dos magos.”
Esta situação não é história, aliás, diz-se que a história é uma lição de vida que guardamos na memória para não repeti-la, e que a revisitação àquela é uma forma de se lavar a consciência para que ela esteja atenta para não voltar a trilhar o mesmo caminho.
À minha filhinha, a Etiópia, no encerramento do ano passado na Escolinha Jardim da Beth, coube a parte dos Direitos da Criança em que se diz que “a criança tem direito à educação, à saúde e a um nome”, depois de outras crianças terem introduzido o tema. Isso tudo no palco.
Não imaginam a emoção que tomou conta de mim quando ouvi aquela criancinha a dizer aquilo, e literalmente a exigir os seus direitos, embora a minha consciência tenha me dito que aquilo foi o que as titias disseram para elas dizerem, e que elas nem tinham consciência do que estavam a dizer.
Mas mesmo assim, senti que na verdade aquelas crianças tinham esse direito; a sua inocência, a sua fragilidade, a sua falta de recursos, isso tudo me fez querer abraçar todas elas e pô-las a salvo. Não, não verti nenhuma lágrima. Juro!!!
Esta introdução vem a propósito do abandono de um berçário por profissionais da saúde no Hospital Geral José Macamo. Meu Deus? Berçário! Berçário é onde ficam aquelas crianças de tenra idade que não tem outra capacidade de expressão a não ser o chorar. Elas não sabem nadica de nada, e estão dependentes dos adultos para todas as suas necessidades.
São os adultos que interpretam cada choro que elas lançam cá para fora, e são eles que devem saber se é fome, é ó-ó, ou se é dor. Sim dor, porque as crianças abandonadas estavam no hospital, e hospital vai quem sente dores.
Imaginam a sensação de uma criança trancada e abandonada num berço com dores, sem ninguém para atender e nem para fazer qualquer coisa em prol do alívio dessas dores? O que sabe a pobre criança sobre se o salário é pouco ou é muito? Se o que os outros recebem é muito em relação a o que tu recebes? Se eles comem bem e tu vives de pão e água?
O que tem a ver uma alma inocente com as tuas reivindicações materiais? Será que chegamos a um extremo em que sacrificamos crianças que nem Herodes para atingir um objectivo herodiano?
Meu Deus!
E no fim da famigerada greve, que palavras doces e aconchegantes dirão às pobres crianças que terão sequelas para o resto da vida?
Epa, greve é greve, mas crianças mesmo? Será que a pessoa que trancou aquela porta já sentiu a dor de um pai ou de uma mãe perante a impotência da criança quando sente dor? Já ficou noite e madrugada tentando aliviar a dor da criança que chora sem cessar por causa de alguma enfermidade?
Sabem, eu já tinha dito: a vossa greve é um direito constitucional, mas please, há outros direitos que devem ser observados e que sob nenhuma justificação devem ser pisoteados. Um deles é este: Direito da Criança à saúde. Não que este direito suplante todos os outros, mas porque em primeiro lugar somos humanos e temos sentimentos.
Se há algo que não devem pisotear é a criança por não ter como se defender, por ser essa alma simples e celestial, por não saber e não entender nenhuma explicação, nem que quem a pisa esteja coberto da mais pura razão! Ela não entra nestas nossas guerras! Não lhe metam nas vossas guerras!
Lutem, matem-se e façam tudo o que acham que é pressão, mas deixem as crianças em paz, please! Deixem-nas em paz!!! Shit!!!
Esta situação não é história, aliás, diz-se que a história é uma lição de vida que guardamos na memória para não repeti-la, e que a revisitação àquela é uma forma de se lavar a consciência para que ela esteja atenta para não voltar a trilhar o mesmo caminho.
À minha filhinha, a Etiópia, no encerramento do ano passado na Escolinha Jardim da Beth, coube a parte dos Direitos da Criança em que se diz que “a criança tem direito à educação, à saúde e a um nome”, depois de outras crianças terem introduzido o tema. Isso tudo no palco.
Não imaginam a emoção que tomou conta de mim quando ouvi aquela criancinha a dizer aquilo, e literalmente a exigir os seus direitos, embora a minha consciência tenha me dito que aquilo foi o que as titias disseram para elas dizerem, e que elas nem tinham consciência do que estavam a dizer.
Mas mesmo assim, senti que na verdade aquelas crianças tinham esse direito; a sua inocência, a sua fragilidade, a sua falta de recursos, isso tudo me fez querer abraçar todas elas e pô-las a salvo. Não, não verti nenhuma lágrima. Juro!!!
Esta introdução vem a propósito do abandono de um berçário por profissionais da saúde no Hospital Geral José Macamo. Meu Deus? Berçário! Berçário é onde ficam aquelas crianças de tenra idade que não tem outra capacidade de expressão a não ser o chorar. Elas não sabem nadica de nada, e estão dependentes dos adultos para todas as suas necessidades.
São os adultos que interpretam cada choro que elas lançam cá para fora, e são eles que devem saber se é fome, é ó-ó, ou se é dor. Sim dor, porque as crianças abandonadas estavam no hospital, e hospital vai quem sente dores.
Imaginam a sensação de uma criança trancada e abandonada num berço com dores, sem ninguém para atender e nem para fazer qualquer coisa em prol do alívio dessas dores? O que sabe a pobre criança sobre se o salário é pouco ou é muito? Se o que os outros recebem é muito em relação a o que tu recebes? Se eles comem bem e tu vives de pão e água?
O que tem a ver uma alma inocente com as tuas reivindicações materiais? Será que chegamos a um extremo em que sacrificamos crianças que nem Herodes para atingir um objectivo herodiano?
Meu Deus!
E no fim da famigerada greve, que palavras doces e aconchegantes dirão às pobres crianças que terão sequelas para o resto da vida?
Epa, greve é greve, mas crianças mesmo? Será que a pessoa que trancou aquela porta já sentiu a dor de um pai ou de uma mãe perante a impotência da criança quando sente dor? Já ficou noite e madrugada tentando aliviar a dor da criança que chora sem cessar por causa de alguma enfermidade?
Sabem, eu já tinha dito: a vossa greve é um direito constitucional, mas please, há outros direitos que devem ser observados e que sob nenhuma justificação devem ser pisoteados. Um deles é este: Direito da Criança à saúde. Não que este direito suplante todos os outros, mas porque em primeiro lugar somos humanos e temos sentimentos.
Se há algo que não devem pisotear é a criança por não ter como se defender, por ser essa alma simples e celestial, por não saber e não entender nenhuma explicação, nem que quem a pisa esteja coberto da mais pura razão! Ela não entra nestas nossas guerras! Não lhe metam nas vossas guerras!
Lutem, matem-se e façam tudo o que acham que é pressão, mas deixem as crianças em paz, please! Deixem-nas em paz!!! Shit!!!
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