Wednesday, June 26, 2013

Macaringue cede lugar a Chongo na chefia das FADM

 







Paulino Macaringue
Guebuza opera mudanças na chefia do Estado-Maior.
Em pleno momento de tensão militar, Armando Guebuza nomeou Graça Chongo novo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, mas manteve Olímpio Cambona como “vice”. Cambona é oriundo dos ex-guerrilheiros da Renamo.
Paulino Macaringue já não é chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Com mandato expirado há mais de três meses, Macaringue foi exonerado daquele cargo através de um despacho do Presidente da República, datado de 26 de Junho, portanto, ontem. Contudo, o despacho do presidente não avança as razões objectivas da sua decisão.
Num outro despacho, o Chefe do Estado promoveu o major general Graça Chongo à patente de general do Exército e o nomeou para substituir Macaringue na chefia das forças armadas moçambicanas.
Ainda no âmbito das mexidas nas FADM, o presidente reconduziu Olímpio Cambona como  vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas.
Curioso é que o Chefe do Estado exonerou Paulino Macaringue, mas não promoveu o seu “vice” ao cargo, apesar de lhe ter renovado o mandato. Ou seja, Olímpio Cambona continua na direcção do Estado-Maior das FADM, mas como número 2 e com novo chefe.
Recorde-se que Cambona é oriundo dos ex-guerrilheiros da Renamo, que passaram a integrar as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, após a formação do exército único.
Três analistas políticos, em contacto com o nosso jornal, enalteceram a decisão do Presidente da República de não exonerar a mais alta patente militar das forças armadas de Moçambique, proveniente da Renamo, em fase tão conturbada, em termos político-militares.
Com essa decisão, defendem os mesmos analistas, Guebuza retira à Renamo a possibilidade de prosseguir com o argumento de que só está a mexer em homens vindos das suas fileiras, deixando os que provêm das extintas FPLM.
Por outro lado, desincentiva qualquer possibilidade de a liderança política da Renamo capitalizar a simpatia de altas patentes das FADM, provenientes das suas fileiras, nesta altura da tensão, o que pode minar a coesão interna do exército.
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Mudanças na direcção máxima das FADM
Guebuza exonera general Paulino Macaringue e reconduz seu adjunto (#canalmoz)

- Graça Chongo é o novo chefe das FADM

Maputo (Canalmoz) – Duas semanas depois de ter sofrido assalto à sua viatura e outros bens pessoais, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), o general Paulino Macaringue, foi exonerado do cargo. Macaringue e ...o seu adjunto, general Olímpio Cambona, já estavam há mais de três meses com mandatos expirados. O seu adjunto mantém o cargo.
O presidente da República e comandante-em-chefe das Forças de Defesa e Segurança, Armando Guebuza, exonerou na manhã de ontem Paulino José Macaringue, do cargo de chefe do Estado-Maior General e num outro despacho nomeou o major general Graça Tomás Chongo ao cargo outrora ocupado por Macaringue.
Enquanto a lei permitia a prorrogação do mandato de Macaringue, o chefe do Estado optou pela exoneração, reconduzindo apenas o seu adjunto.
Num outro despacho, Guebuza prorrogou o mandato de Olímpio Cardoso Caisse Cambona como vice-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
Recorde-se que há duas semanas o general Macaringue foi vítima de assalto, tendo-lhe sido roubado uma viatura pessoal de marca Range Rover, um computador portátil (laptop) e três armas de fogo do tipo pistola. A viatura foi posteriormente recuperada na cidade de Xai-Xai, a 200 quilómetros de Maputo, onde ocorreu o assalto.
Depois de o semanário Canal de Moçambique ter sido o único órgão a noticiar o assalto, o general Macaringue veio a confirmar ontem (na Praça dos Heróis) que efectivamente foi assaltado, mas, segundo a sua explicação, o assaltado foi o “cidadão Paulino Macaringue e não o chefe do Estado-Maior General”. (Bernardo Álvaro).

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