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Em Bruxelas, em 27-28 de junho, terá lugar a próxima cimeira de verão da União Europeia (UE). A agenda inclui questões que têm vagueado de cimeira em cimeira da UE desde meados do ano passado: a criação de uma união bancária, de novas autoridades de supervisão bancária, a recuperação econômica e a luta contra o desemprego entre os jovens.
Em princípio, desta cimeira se poderia esperar um seguimento em frente, mas há dois "se". Primeiro, se a zona do euro e a UE não seriam tão dependentes da Alemanha e, segundo, se a chanceler Merkel não seria tão depende das eleições para o Bundestag em 22 de setembro.
Ainda nunca aconteceu que chanceleres alemães se tornassem aplacáveis na resolução de problemas da União Europeia na véspera das eleições parlamentares. De Angela Merkel tão pouco se pode esperar isso. A primeira mulher chanceler da história da Alemanha tem todas as hipóteses de ser reeleita e de liderar o país por mais 4 anos. Ela já disse que de sua reeleição vai depender não só o futuro da Alemanha, mas o da Europa em geral.
Na verdade, é assim mesmo, especialmente tendo em conta que Berlim é o principal doador de todos os programas da UE e da sua tesouraria, nota o analista do Instituto de Economia Internacional e Relações Internacionais da Academia de Ciências Russa (ACR) Alexei Kuznetsov.
"Em princípio, estas eleições são bastante previsíveis. Mais provavelmente, a questão será não se o partido de Angela Merkel conseguirá ou não manter a sua liderança, mas se ela conseguirá repetir o mesmo esquema de coalizão, com base no qual ela dirige o país agora. Ou ela terá que construir uma nova coalizão ampla".
Os alemães são a favor de uma rigorosa disciplina financeira na UE, especialmente para países que com as suas políticas aprofundaram a crise financeira na União Europeia: Grécia, Chipre, Espanha, Itália. A "Ordem alemã" significa medidas estritas de supervisão bancária para todos, uma rigorosa disciplina financeira, a integração econômica, reformas do mercado de trabalho e assim por diante. Nem todos na UE são capazes de suportar um tal "Ordnung teutônico". Mas a Alemanha não intende abandonar suas demandas. E a cimeira deverá confirmar isso.
Questões sobre a situação na zona do euro não estarão em último lugar na campanha eleitoral na Alemanha, acredita o chefe do Centro de Estudos Alemães do Instituto da Europa da ACR Vladislav Belov.
"A Alemanha é o país mais envolvido no financiamento dos respectivos mecanismos na UE que garantem a estabilidade da zona do euro e de toda a união econômica em geral. A oposição, os social-democratas e os "verdes" criticam a coalizão governante por sua abordagem ambígua dos problemas da UE. E por o governo consultar pouco com o legislativo".
Em qualquer caso, Merkel terá que levar em conta a opinião dos eleitores, que não estão satisfeitos com as concessões demasiado grandes da Alemanha para a União Europeia. Caso contrário, ela pode perder votos. Assim que os problemas da UE ficarão novamente por resolver. O que está causando uma crescente insatisfação dos habitantes da Grande Europa. Praticamente na véspera da cúpula, o centro norte-americano de pesquisa Pew Research Center publicou os resultados de uma pesquisa entre europeus. Decepcionado com a UE há cada vez mais. Embora até agora nenhum país tenha anunciado oficialmente o desejo de deixar a União Europeia. Insatisfeitos, é claro, há mais nos países em crise. 78% dos entrevistados na Grécia, 77% na França, 75% na Itália, 60% na Espanha, disseram que a adesão à União Europeia enfraqueceu as economias de seus países. Mesmo na Alemanha assim dizem 43% dos entrevistados.
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