Corpo carbonizado encontrado na cabana onde Christopher Dorner se barricou deve ser do ex-polícia. Suspeita-se que terá morto quatro pessoas
Terá terminado com a morte do ex-polícia Christopher Dorner esta madrugada uma enorme caça ao homem iniciada na quinta-feira na Califórnia. Dorner, de 33 anos, deixou na sua página do Facebook uma declaração a afirmar que tinha sido injustamente afastado do Departamento da Polícia de Los Angeles em 2008 e em que jurava vingança contra os seus ex-superiores através de “guerra não convencional e assimétrica”. Terá morto quatro pessoas.
A polícia encontrou “restos humanos carbonizados” na cabana de madeira nas montanhas ao pé de Los Angeles onde Dorner foi cercado terça-feira à noite, e trocou tiros com a polícia. É preciso algum tempo para fazer as análises necessárias para identificar estes restos mortais. Podem ser necessários alguns dias, ou até semanas disse a porta-voz do xerife do condado de San Bernardino, Cindy Bachman, citada pelo New York Times, mas a polícia acredita que o homem que estava dentro da cabana da Floresta Nacional de San Bernardino quando ela começou a arder, no meio de uma montanha coberta de neve, era Dorner.
Um polícia morreu durante o cerco ao homem barricado na cabana de uma estância de esqui – o que eleva a quatro o número de homicídios que supõe terem sido da autoria de Dorner. Antes de se ter barricado nesta cabana, que se julga que estaria vazia, Dorner tinha estado escondido noutra, onde tinha atado o casal que a ocupava e lhes tinha roubado o carro, mantendo-se longe da vista da polícia.
Sem pistas, as autoridades ofereceram uma recompensa recorde de um milhão de dólares por informações que levassem à sua captura. Receberam mais de 1000 denúncias.
Mas Dorner acabou por ter um acidente com carro do casal e roubou uma carrinha a outra pessoa, apontado-lhe a arma – foi com esta carrinha, tipo pick-up, que as autoridades o encontraram, e começaram a disparar. As televisões acompanharam as horas de cerco em directo.
As primeiras vítimas mortais de Dorner – e, julga-se, o início da sua “vingança” – terão sido um segurança de um campus universário e a sua noiva, que era filha de um capitão da polícia de Los Angeles reformado. Dorner, que era também um ex-marine, culpava o seu superior por ter sido afastado da força policial. As autoridades confirmaram o seu envolvimento neste homicídio na passada quarta-feira.
O último encontro confirmado de Dorner com a polícia tinha acontecido na última quinta-feira, quando fez uma emboscada a dois polícias num semáforo em Riversidade, a cerca de 100 quilómetros a leste de Los Angeles. Um dos agentes foi morto e outro ficou ferido. Suspeita-se que se terá também envolvido num tiroteio com a polícia em Corona, uma localidade próxima, em que ficou ferido outro agente.
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