Jorge Silva, Reuters
O Presidente venezuelano está de regresso à Venezuela. O anúncio foi feito por Hugo Chávez através de três textos colocados no Twitter, mensagens que põem termo ao silêncio que vinha desde novembro passado e dão seguimento a fotografias da semana passada ao lado das filhas. São mensagens curtas que dão conta do regresso à pátria e de sentidos agradecimentos a Cuba e a Fidel e Raul Castro. Até o líder da oposição deu as boas-vindas ao Presidente e congratulou-se com o seu regresso.
Hugo Chávez deu na semana passada uma prova de vida através de fotografias publicadas igualmente através da rede social Twitter, depois de vários meios de comunicação o terem dado em estado terminal, quando não mesmo fetal, após uma quarta operação logo após o desembarque em Havana, a 11 de dezembro. O líder venezuelano surge na cama do hospital rodeado das filhas, com um amplo sorriso, abrindo a edição de quinta-feira do jornal cubano Granma. Eram as primeiras fotografias em dois meses de internamento. “Chegámos de novo à Pátria venezuelana. Obrigado meu Deus!! Obrigado Povo amado!! Aqui continuaremos o tratamento”
“Obrigado a Fidel, a Raul e a toda Cuba!! Obrigado á Venezuela por tanto amor!!”
“Sigo aferrado a Cristo e confiante nos meus médicos e enfermeiras. Até a vitória sempre!! Viveremos e venceremos!!”
Os textos agora enviados aos seguidores dão conta de um líder motivado na sua luta contra a doença, um cancro abdominal que o atacou em junho de 2011. Chávez agradece ainda o apoio que sentiu por parte do povo venezuelano durante este período de pouco mais de dois meses e que seria marcado por uma infecção respiratória, coma induzido e preparação de muitos obituários pela imprensa estrangeira.
Contra todos os prognósticos, escreve Chávez: “Chegámos de novo à Pátria venezuelana. Graças a Deus! Graças ao povo amado! Aqui continuaremos o tratamento”.
Um ministro do regime usaria também o Twitter para informar que o Presidente foi internado no hospital militar de Caracas. Lidas as mensagens na plataforma de 140 caracteres, as ruas encherem-se de venezuelanos em celebração.
O próprio líder da oposição acaba de dar as boas-vindas ao Presidente de 58 anos, no poder desde 1999 e reeleito em outubro passado para novo mandato. “Lendo a notícia do regresso do Presidente, bem-vindo seja à Venezuela, oxalá o seu retorno ponha juízo no seu Governo”, escreve Henrique Capriles, também através do Twitter.
“Que o regresso do Presidente signifique que o sr. Maduro e os ministros comecem a trabalhar, há milhares de problemas para resolver”, acrescentava Capriles numa referência ao vice-Presidente Nicolas Maduro, a quem foram passadas as rédeas do executivo após o internamento de Chávez em Cuba, a 11 de dezembro.
As mensagens da oposição dão desta forma a ideia de que está reposta a normalidade institucional num país em que o vazio deixado por Chávez chegou a ameaçar com crises políticas e guerras de sucessão.
Chávez internado para continuar tratamentos
Através da televisão estatal da Venezuela, o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, disse ainda que o Presidente foi conduzido para o hospital militar logo após ter aterrado em Caracas, cerca das 2h30, hora local. Informação corroborada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza, que colocou no Twitter a seguinte mensagem: “O Presidente já se encontra num quarto do Hospital Militar Dr. Carlos Arvelo em Caracas, disposto a seguir com os tratamentos”.
É a correção exigida a uma narrativa que estava mais do que corrompida com a própria estrutura do Poder a produzir declarações contraditórias acerca do regresso iminente do líder venezuelano. Com os rumores a correrem sobre preparativos para receber Chávez em duas instalações de Caracas, a oposição colocou nova pressão sobre a máquina judicial para que fosse resolvido esse lapso originado na ausência de Chávez do juramento presidencial, a 10 de janeiro.
Mas, de Havana, até à última quinta-feira, nem uma prova de vida. Apenas os murmúrios de um Presidente acabado, e através de interposta pessoa. Um cenário a que os venezuelanos não estavam habituados, depois de, durante as anteriores intervenções cirúrgicas, Hugo Chávez ter enviado constantes mensagem de Cuba, assegurando que o seu Presidente recuperava e em breve regressaria à pátria.
“Obrigado a Fidel, a Raul e a toda Cuba!! Obrigado á Venezuela por tanto amor!!”
“Sigo aferrado a Cristo e confiante nos meus médicos e enfermeiras. Até a vitória sempre!! Viveremos e venceremos!!”
Os textos agora enviados aos seguidores dão conta de um líder motivado na sua luta contra a doença, um cancro abdominal que o atacou em junho de 2011. Chávez agradece ainda o apoio que sentiu por parte do povo venezuelano durante este período de pouco mais de dois meses e que seria marcado por uma infecção respiratória, coma induzido e preparação de muitos obituários pela imprensa estrangeira.
Contra todos os prognósticos, escreve Chávez: “Chegámos de novo à Pátria venezuelana. Graças a Deus! Graças ao povo amado! Aqui continuaremos o tratamento”.
Um ministro do regime usaria também o Twitter para informar que o Presidente foi internado no hospital militar de Caracas. Lidas as mensagens na plataforma de 140 caracteres, as ruas encherem-se de venezuelanos em celebração.
O próprio líder da oposição acaba de dar as boas-vindas ao Presidente de 58 anos, no poder desde 1999 e reeleito em outubro passado para novo mandato. “Lendo a notícia do regresso do Presidente, bem-vindo seja à Venezuela, oxalá o seu retorno ponha juízo no seu Governo”, escreve Henrique Capriles, também através do Twitter.
“Que o regresso do Presidente signifique que o sr. Maduro e os ministros comecem a trabalhar, há milhares de problemas para resolver”, acrescentava Capriles numa referência ao vice-Presidente Nicolas Maduro, a quem foram passadas as rédeas do executivo após o internamento de Chávez em Cuba, a 11 de dezembro.
As mensagens da oposição dão desta forma a ideia de que está reposta a normalidade institucional num país em que o vazio deixado por Chávez chegou a ameaçar com crises políticas e guerras de sucessão.
Chávez internado para continuar tratamentos
Através da televisão estatal da Venezuela, o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, disse ainda que o Presidente foi conduzido para o hospital militar logo após ter aterrado em Caracas, cerca das 2h30, hora local. Informação corroborada pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza, que colocou no Twitter a seguinte mensagem: “O Presidente já se encontra num quarto do Hospital Militar Dr. Carlos Arvelo em Caracas, disposto a seguir com os tratamentos”.
É a correção exigida a uma narrativa que estava mais do que corrompida com a própria estrutura do Poder a produzir declarações contraditórias acerca do regresso iminente do líder venezuelano. Com os rumores a correrem sobre preparativos para receber Chávez em duas instalações de Caracas, a oposição colocou nova pressão sobre a máquina judicial para que fosse resolvido esse lapso originado na ausência de Chávez do juramento presidencial, a 10 de janeiro.
Mas, de Havana, até à última quinta-feira, nem uma prova de vida. Apenas os murmúrios de um Presidente acabado, e através de interposta pessoa. Um cenário a que os venezuelanos não estavam habituados, depois de, durante as anteriores intervenções cirúrgicas, Hugo Chávez ter enviado constantes mensagem de Cuba, assegurando que o seu Presidente recuperava e em breve regressaria à pátria.
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