quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Intolerância política na Zambia

Lusaka, 13 Fev (AIM) - Partidos da oposição zambiana e organizações da sociedade civil exigiram, terça-feira, a suspensão imediata do seu país da Commonwealth, como resultado daquilo que consideram de um clima de intolerância política no seu país.

Reunidos em Joanesburgo, na África do Sul, os partidos da oposição acusaram o presidente zambiano, Michael Sata, de não permitir o exercício da democracia no país.

Vários partidos políticos e grupos da sociedade civil zambianos apelaram, naquele encontro, para a suspensão imediata da Zâmbia da Commonwealth, como resultado daquilo que consideram de intolerância política no país.

Por outro lado, “exigiram a suspensão provisoria da Zâmbia na Commonwealth enquanto não for concluída uma investigação sobre a violação dos direitos humanos no país.

Entre os lideres presentes no encontro de Joanesburgo, destacam-se Nevers Mumba e
Hakainde Hichilema, ambos detidos recentemente pelas autoridades zambianas, por corrupção e outras acusações.

Sakwiba Sikota, líder do Partido da União Liberal, disse que se estivessem na Zâmbia jamais teriam a oportunidade de realizar uma reunião do género por causa da intolerância política por parte do governo de Sata.

Acusaram o governo de uma ofensiva antidemocrática, com vista a tornar a Zâmbia numa ditadura e num sistema de partido único.

Mumba denunciou casos de agressão e detenções a dirigentes da oposição e inviabilização de reuniões de caracter político no país.

Prometeram levar o assunto a União Africana (UA) e a Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC) para evitar que a situação se deteriore.

"O país está sob assalto e a democracia sob ameaça," disse Mumba, para de seguida acrescentar que a oposição pretende advertir a comunidade internacional sobre aquilo que está a acontecer na Zâmbia.

Os líderes da oposição também manifestaram a sua preocupação com a situação política no oeste do país, onde membros de um movimento separatista que, procuram a criação do Barotseland, um Estado independente, foram detidos e interrogados durante vários dias.
(AIM)
TIMES/JD/SG

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