VIDEO http://www.massukos.com/documentary.html
Odeio homenagens póstumas, odeio procurar palavras para descrever a humanidade de um amigo na sua ausência física. Mas não queria deixar passar esta ocasião, nem com a dor e o inconformismo que me assalta, precisamente por não ter conseguido fazer mais quando podia.
Com muita mágoa recebi ontem de manhã, o anúncio do desaparecimento físico do Chico “Mwana Nfiti” Ventura. Poucos saberão de onde vem a alcunha “Mwana Nfiti”, só quem falam Sena ou Nyanja perceberá. Mas para aqueles que beberam a poção mágica que ele deixou espalhada em trilhas do primeiro trabalho discográfico dos Eyuphuro, dar-me-ão razão. A magia era tal que os músicos europeus, principalmente británicos ficaram todos intigrados, não esperavam tanta qualidade no Mwana Nfiti (magician). Conta uma certa “lenda” que numa das gravações em estúdio da trilha “Akatswela”, o Chico estava a experimentar a guitarra eléctrica com a qual iria gravar o solo. Com o ...resto da trilha a tocar no fundo, ele avançou para um exercitar inspirado no Mark Knopfler dos Dire Straits, e quando terminou, o engenheiro da gravação disse-lhe que já estava, isso mesmo, it was done! E assim ficou aquele registo.
O Chico foi um dos principais impulsionadores dos Massukos, espero que os actuais membros dos Massukos entendam o alcance da contribuição que ele deu a banda nos primeiros anos da sua existência. Eu tive a oportunidade de estar perto dele e apreciar o talento iniguálavel da sua veia musical e artística. Vinha a minha casa para ouvir a colecção de Earl Klugh, escutavamos tambem George Benson, mas o ídolo dele era mesmo om Earl. O Chico tinha um gosto requintado da guitarra acústica e tocava todos os temas que ele se lembrava do seu ídolo Earl Klugh. O Chico tinha um bom trato quando fazia arranjos nas músicas africanas, que escutem “Samuhkela” ou “We Awaka”, neste ultimo tema, me faz viajar para os lados do Atlântico entre Cabo Verde e Faro. Desse tempo de convivência com o Chico, eu tinha prometido a mim mesmo que um dia viria resgata-lo do anonimato em que estava e dar-lhe a oportunidade de reclamar o seu lugar ao sol na lista dos exímios intrumentistas que este país alguma vez pariu. Perdi a corrida com o tempo, sei que agora já não me valerá para nada chorar a oportunidade perdida, e não há nada que possa fazer para fazer jus a qualidade que ele tinha. Mas vou me vergar e deixar a minha última palavra de apreço e agradecimento pelos ensinamentos. Ate sempre!
Adeus Chico Ventura! Good bie Magician! U Pume Pantendele Muana Nfiti.
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Com muita mágoa recebi ontem de manhã, o anúncio do desaparecimento físico do Chico “Mwana Nfiti” Ventura. Poucos saberão de onde vem a alcunha “Mwana Nfiti”, só quem falam Sena ou Nyanja perceberá. Mas para aqueles que beberam a poção mágica que ele deixou espalhada em trilhas do primeiro trabalho discográfico dos Eyuphuro, dar-me-ão razão. A magia era tal que os músicos europeus, principalmente británicos ficaram todos intigrados, não esperavam tanta qualidade no Mwana Nfiti (magician). Conta uma certa “lenda” que numa das gravações em estúdio da trilha “Akatswela”, o Chico estava a experimentar a guitarra eléctrica com a qual iria gravar o solo. Com o ...resto da trilha a tocar no fundo, ele avançou para um exercitar inspirado no Mark Knopfler dos Dire Straits, e quando terminou, o engenheiro da gravação disse-lhe que já estava, isso mesmo, it was done! E assim ficou aquele registo.
O Chico foi um dos principais impulsionadores dos Massukos, espero que os actuais membros dos Massukos entendam o alcance da contribuição que ele deu a banda nos primeiros anos da sua existência. Eu tive a oportunidade de estar perto dele e apreciar o talento iniguálavel da sua veia musical e artística. Vinha a minha casa para ouvir a colecção de Earl Klugh, escutavamos tambem George Benson, mas o ídolo dele era mesmo om Earl. O Chico tinha um gosto requintado da guitarra acústica e tocava todos os temas que ele se lembrava do seu ídolo Earl Klugh. O Chico tinha um bom trato quando fazia arranjos nas músicas africanas, que escutem “Samuhkela” ou “We Awaka”, neste ultimo tema, me faz viajar para os lados do Atlântico entre Cabo Verde e Faro. Desse tempo de convivência com o Chico, eu tinha prometido a mim mesmo que um dia viria resgata-lo do anonimato em que estava e dar-lhe a oportunidade de reclamar o seu lugar ao sol na lista dos exímios intrumentistas que este país alguma vez pariu. Perdi a corrida com o tempo, sei que agora já não me valerá para nada chorar a oportunidade perdida, e não há nada que possa fazer para fazer jus a qualidade que ele tinha. Mas vou me vergar e deixar a minha última palavra de apreço e agradecimento pelos ensinamentos. Ate sempre!
Adeus Chico Ventura! Good bie Magician! U Pume Pantendele Muana Nfiti.
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Com muita mágoa recebi ontem de manhã, o anúncio do desaparecimento físico do Chico “Mwana Nfiti” Ventura. Poucos saberão de onde vem a alcunha “Mwana Nfiti”, só quem falam Sena ou Nyanja perceberá. Mas para aqueles que beberam a poção mágica que ele deixou espalhada em trilhas do primeiro trabalho discográfico dos Eyuphuro, dar-me-ão razão. A magia era tal que os músicos europeus, principalmente británicos ficaram todos intigrados, não esperavam tanta qualidade no Mwana Nfiti (magician). Conta uma certa “lenda” que numa das gravações em estúdio da trilha “Akatswela”, o Chico estava a experimentar a guitarra eléctrica com a qual iria gravar o solo. Com o ...resto da trilha a tocar no fundo, ele avançou para um exercitar inspirado no Mark Knopfler dos Dire Straits, e quando terminou, o engenheiro da gravação disse-lhe que já estava, isso mesmo, it was done! E assim ficou aquele registo.
O Chico foi um dos principais impulsionadores dos Massukos, espero que os actuais membros dos Massukos entendam o alcance da contribuição que ele deu a banda nos primeiros anos da sua existência. Eu tive a oportunidade de estar perto dele e apreciar o talento iniguálavel da sua veia musical e artística. Vinha a minha casa para ouvir a colecção de Earl Klugh, escutavamos tambem George Benson, mas o ídolo dele era mesmo om Earl. O Chico tinha um gosto requintado da guitarra acústica e tocava todos os temas que ele se lembrava do seu ídolo Earl Klugh. O Chico tinha um bom trato quando fazia arranjos nas músicas africanas, que escutem “Samuhkela” ou “We Awaka”, neste ultimo tema, me faz viajar para os lados do Atlântico entre Cabo Verde e Faro. Desse tempo de convivência com o Chico, eu tinha prometido a mim mesmo que um dia viria resgata-lo do anonimato em que estava e dar-lhe a oportunidade de reclamar o seu lugar ao sol na lista dos exímios intrumentistas que este país alguma vez pariu. Perdi a corrida com o tempo, sei que agora já não me valerá para nada chorar a oportunidade perdida, e não há nada que possa fazer para fazer jus a qualidade que ele tinha. Mas vou me vergar e deixar a minha última palavra de apreço e agradecimento pelos ensinamentos. Ate sempre!
Adeus Chico Ventura! Good bie Magician! U Pume Pantendele Muana Nfiti.
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Músicos em luto: Morreu o guitarrista Chico Ventura
PERDEU a vida na madrugada da última segunda-feira na cidade de
Nampula, vítima de doença, o músico e guitarrista Chico Ventura.
Maputo, Quarta-Feira, 6 de Fevereiro de 2013:: Notícias
Ventura, natural da cidade da Beira, no centro do país, notabilizou-se no
mundo musical na década de oitenta, quando participou na criação de bandas
musicais como Eyuphuro, onde tocou ao lado de nomes como Salvador Maurício, Gimo
Abduremane e Zena Bacar, para além dos Massukos.
Com Chico Ventura, os Eyuphuro gravaram o seu primeiro CD “Mama Mosambique”,
para além das inúmeras viagens pelos quatro cantos do mundo. Das músicas que
constam deste álbum se pode escutar a mestria do Chico Ventura e o seu estilo
único de tocar a guitarra solo sem “descasar” com os ritmos tradicionais da
província de Nampula e os instrumentos tradicionais que eram a marca dos
“Eyuphuro”.
Terminada a sua aventura nos “Eyuphuro”, Chico Ventura partiu para uma nova
aventura, desta feita na província do Niassa, onde continuou a partilhar as suas
qualidades com os músicos daquela cidade. Foi assim que conviveu com os Massukos
durante os primeiros anos da sua formação como agrupamento musical. Anos mais
tarde regressaria a Nampula para lá se instalar definitivamente.
O músico, que nos últimos tempos andava ausente das lides musicais por não
gozar de boa saúde, morre aos 54 anos de idade deixando viúva e dois filhos.
O funeral, segundo fontes familiares, realiza-se hoje no Cemitério
Novo.
Com Chico Ventura, os Eyuphuro gravaram o seu primeiro CD “Mama Mosambique”, para além das inúmeras viagens pelos quatro cantos do mundo. Das músicas que constam deste álbum se pode escutar a mestria do Chico Ventura e o seu estilo único de tocar a guitarra solo sem “descasar” com os ritmos tradicionais da província de Nampula e os instrumentos tradicionais que eram a marca dos “Eyuphuro”.
Terminada a sua aventura nos “Eyuphuro”, Chico Ventura partiu para uma nova aventura, desta feita na província do Niassa, onde continuou a partilhar as suas qualidades com os músicos daquela cidade. Foi assim que conviveu com os Massukos durante os primeiros anos da sua formação como agrupamento musical. Anos mais tarde regressaria a Nampula para lá se instalar definitivamente.
O músico, que nos últimos tempos andava ausente das lides musicais por não gozar de boa saúde, morre aos 54 anos de idade deixando viúva e dois filhos.
O funeral, segundo fontes familiares, realiza-se hoje no Cemitério Novo.
1 comentário:
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