Muito agradecido estarei se V. Excia autorizar a publicação
desta minha reflexão no jornal em que é digno dirigente. A época chuvosa que vai
de Outubro a Março quase anualmente tem provocado vítimas humanas e vários
estragos nas infra-estruturas socioeconómicas do país, tais como estradas,
linhas férreas, escolas, centros de saúde, entre outros.
Maputo, Quarta-Feira, 13 de Fevereiro de 2013
Notícias
Este ano um pouco por todo o país somos dados a ver desde a segunda quinzena
do mês passado, as destruições causadas pelas chuvas nas regiões sul, centro e
norte do país, dificultando deste modo a vida normal das pessoas e de entidades
públicas e privadas. Aquilo que se viu na região de Gaza, principalmente no
distrito de Chókwè, mostrou-nos que apesar dos avisos emitidos pelas entidades
competentes não fomos capazes de travar a força da natureza, facto que resultou
em inundações à própria cidade, tendo provocado a morte de pessoas e a
destruição de diversas infra-estruturas.
Muitos habitantes de Chókwè e seus arredores tiveram que se refugiar em
Chihaquelane, algumas das quais até hoje lá se encontram. Muitas pessoas ficaram
sem nada do pouco que tinham nas suas residências e hoje devem recomeçar a vida
a partir de zero. São nossos compatriotas que ficaram desprovidos dos seus
parcos haveres e que hoje necessitam do nosso apoio para se reerguerem depois de
uma calamidade natural.
Por isso mesmo venho aqui e agora apelar a todos os moçambicanos, as
entidades públicas e privadas que desenvolvem as suas actividades no nosso país
para que continuem a estender essa mão solidária em apoio às vítimas das cheias
e inundações registadas este ano um pouco por todo o território nacional.
É verdade que tenho vindo a acompanhar o movimento solidário interno que tem
estado a mobilizar todas as pessoas de boa vontade a se entregarem de corpo e
alma no apoio às vítimas, que estão albergadas em centros de acomodação
espalhados um pouco por todo o país, mas julgo que ainda há muito por se fazer
para que essas pessoas possam voltar a ter a sua vida normal. Portanto, o meu
apelo é que as pessoas que se sentem sensibilizadas sobre esta nova tragédia que
se abateu sobre os nossos compatriotas continuem a canalizar, através dos órgãos
competentes, nomeadamente a Cruz Vermelha de Moçambique (CVM) e o Instituto de
Gestão de Calamidades (INGC). É que neste momento há mais de 150 mil pessoas que
ainda continuam afectadas e a viver em centros de acomodação, que ainda precisam
do nosso apoio para que as suas vidas retornem à normalidade.
Bem hajam os que do pouco que têm estão a manifestar a sua solidariedade para
com as pessoas afectadas, quer doando roupa, comida e outros bens.
- Jossias Rulane
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