sexta-feira, 23 de novembro de 2012

“O Governo não se pode guiar pelas críticas para mudar suas políticas”


Alberto Vaquina, Primeiro-ministro
Primeiro-ministro irrita-se com críticos.
Mesmo assim, Alberto Vaquina cede às críticas e revela que o executivo está a renegociar osmega-projectos e já eliminou os incentivos fiscais aos que pretendem explorar os recursos no país.
O governo voltou ontem ao Parlamento para responder às questões de insistência dos deputados no âmbito da sessão parlamentar de perguntas ao Governo. Na ocasião, o primeiro-ministro, Alberto Vaquina, irritou-se, mostrando uma clara alergia a críticas.
O governante considerou que, apesar de ouvir, o executivo não se guia pelos críticos, pelas suas constatações críticas, muito menos pelas visões opostas a este para melhorar a sua governação.
O primeiro-ministro diz que as políticas e estratégias do governo já estão definidas.
“O Governo não se pode guiar pelas críticas de alguns para mudar as suas políticas e estratégias que leva a cabo. É que, se o executivo ouvir as críticas e tomar uma decisão indevida, este é que terá de responder aos moçambicanos. Um governo sério é aquele que luta pela expansão de mais energia eléctrica, de redes de abastecimento de água, de hospitais, de escolas e pela construção de estradas para o desenvolvimento do país”, afirmou.
Paradoxalmente, depois das críticas e pressão dos deputados da oposição, académicos e sociedade civil, Vaquina veio revelar que o executivo está a renegociar os contratos com os mega-projectos.
O primeiro-ministro acrescentou, aliás, que o executivo já eliminou os incentivos fiscais aos investidores que pretendem explorar os recursos no país. “O governo está a rever a legislação em vigor para se adequar à realidade actual e garantir o sucesso na revisão em curso dos mega-projectos. Pela sua seriedade, o governo já eliminou os incentivos fiscais que dava aos mega-projectos quando estes entravam no mercado nacional”, sublinhou.
Entretanto, o governante não conseguiu esclarecer se os contratos serão ou não públicos de modo a que os deputados e a sociedade em geral exerçam a competente acção de fiscalização.
Para o executivo, o país está a registar um desenvolvimento assinalável, apesar das críticas que lhe são direccionadas. A sessão de perguntas ao Governo terminou ontem com as respostas a algumas perguntas de insistência

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