quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Novela “Sequestro e Assassinato”: O Lado (A) que a STV omitiu




PART II

Ela voltou à casa segundo a sentença e anuência do marido, mas não encontrou felicidade. Pelo contrário, foi ao encontro do desprezo, da violência doméstica na forma mais bruta ao ponto de até ser tratada como lixo.
...


Ela não podia por exemplo sair de casa sem que seja vigiada pelos empregados; Não podia levantar-se contra eles (os empregados) que rapidamente era processada tal que sucedeu várias vezes e não podia também mandá-los “embora” visto que estavam sob alçada e confiança do marido.

Não havia comida em casa e ela recorria a panelinhas para cozinhar para si e para os seus descendentes que também viram os deveres de um pai a serem revogados por aquele que lhes deve auxílio até aos seus 21 anos – sem escola e entregues à sorte; Não se pagava luz em casa e a conta de água havia sido suspensa por acumulação excessiva de DIVIDAS. Enfim, vida madrasta para uma mãe que apenas queria ter uma família, um tecto, um lar e ser muito feliz.

Mas porque era um assunto que transitou em julgado cuja condenação foi de obrigar o marido a recebê-la de volta, a mulher não soube mais o que fazer e aguentou todo este tempo, cerca de um ano a viver assim: hóspede na sua própria casa, inimiga do seu próprio marido e madrasta dos seus próprios filhos…e sem nenhum tostão para sequer comprar uma sandália.

Entretanto, surgiram estranhamente na vida da senhora três supostos agentes da Polícia de Investigação Criminal – não se sabe a mando de quem, mas que foram contactados pelo marido da amiga, com quem supostamente ela terá confidenciado o referido plano segundo a STV – que predispuseram-se a resolver o problema da senhora, dando ideias de assustar o marido para no mínimo retirar-lhe todo o muito e chorudo dinheiro que brinca à “cabra-cega” e aos longos zeros na sua conta bancária (X 000 000 000). O susto, conforme deu-se a entender na gravação de voz dela conversando com os agentes da polícia e trazida na referida reportagem, era de apenas sequestrá-lo, levá-lo à passeata e serem esvaziadas as contas, em troca de cem mil meticais que apareceriam do dinheiro que seria retirado do marido.

Algo estranho neste capítulo é que a STV não só insiste em dizer que houve um plano de assassinato – sem provar – como também não chamou a tal amiga para prestar declarações na sede do suposto jornalismo investigativo e nem sequer o marido (da amiga) o “tal” intermediário dos piqueiros com a mulher, actriz principal.
Não só, onde anda a tal “vitima” da suposta tentativa de sequestro para confirmar tudo isto?

Estas penumbras deixam esta novela incompreensível pelo facto de também ter muitos protagonistas entre principais, secundários e figurantes, mas que na hora de apresentar o teatro televisivo na tal investigação jornalística da STV só aparecem 4 actores com as caras ocultas, o que de per si gera um outro motivo para duvidar da veracidade desta história.

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