quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Na Rússia há 3,5 milhões de doentes com diabetes: Voz da Rússia

14.11.2012, 12:11, UTC
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diabetes hipodérmico
© Flickr.com/Jill A. Brown/cc-by

Na Rússia e no mundo inteiro têm vindo a surgir novos métodos de combate à diabetes, embora seja necessário esperar dezenas de anos antes de os cientistas poderem encontrar um remédio eficiente, capaz de curar por completo esta enfermidade. Tais são as previsões feitas por peritos russos em vésperas do Dia Mundial de Combate à Diabetes, que se assinala em 14 de novembro.

Anualmente, os endocrinólogos russos entregam aos seus pacientes medalhas 50 anos da vida com diabetes. Os médicos consideram-nas um análogo das medalhas pela coragem. O paciente deve manter a fé e a perseverança no que toca à tomada constante de respectivos medicamentos e ao controle de sua saúde. No mundo há mais de 360 milhões de pessoas com vários tipos de diabetes. Na Rússia foram registrados 3,5 milhões de pessoas doentes. Todavia, peritos apontam para um eventual crescimento do número de doentes em todo o mundo, muitos dos quais nem sabem de sua doença.
Os médicos estão preocupados com a aumento da diabetes do segundo tipo, característica dos países industrializados. A doença afeta, sobretudo, as pessoas com a idade superior a 40 anos que preferem alimentos de elevado teor calórico, quase não andam a pé e por isso têm o excesso de peso. Diga-se de passagem que é muito difícil persuadi-las da necessidade de ir consultar o médico por muitas destas pessoas trabalharem o dia inteiro sentadas em poltronas. O que acontece é que a diabetes do segundo tipo afeta um número cada vez maior de adolescentes que abusam de "comida pesada" em restaurantes de fast food.
De qualquer modo, o combate à diabetes tem muito a ver com a mudança do modo de vida. A medicina também tem de aperfeiçoar os métodos de tratamento para travar a epidemia – em alguns hospitais há falta de meios financeiros, outros carecem de especialistas e os próprios doentes são relutantes em participar nos programas de reabilitação.
Convém assinalar que, nos últimos anos, o tratamento tem sido mais individual. A escolha de remédios depende agora de vários fatores – da idade da pessoa e das complicações que tem.
Segundo os médicos, o maior êxito alcançado nesse domínio verifica-se nos doentes com a diabetes do primeiro tipo, que afeta o homem desde infância. Os pacientes têm de tomar a insulina, que diminui o nível de glicose no sangue. Antigamente, as crianças com este diagnóstico estavam condenadas à deficiência aos 16 anos de idade. Hoje, podem viver uma vida normal.
Existe uma vasta gama de medicamentos novos. Os especialistas vêm depositando muita esperança em pesquisas sobre a transplantação de células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina e cuja destruição leva à insuficiência da insulina. Há remédios novos que se chamam "insulina inteligente" que, de fato, regulam o nível de insulina no organismo humano. Na Rússia, o Estado e as organizações de caridade fornecem aos pacientes "bombas de insulina" portáteis que injetam a insulina no organismo. O seu preço é de 100 mil rublos (um pouco mais de 3 mil dólares).
Enquanto isso, para prevenir a perigosa doença, os habitantes da Rússia devem prestar mais atenção aos problemas de saúde, afirma Olga Dukhareva, chefe da secção de endocrinologia infantil de Moscou.
"São organizados centros de saúde especiais para os doentes do segundo tipo, onde qualquer doente pode medir a tensão arterial e o nível de açúcar ou glicose no sangue.
Seria prematuro falar de «revolução» no tratamento da diabetes. É preciso prestar aos pacientes os tipos de assistência médica considerados mais eficientes e a ajudá-los a levarem uma vida normal.

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