Em: http://liberal.sapo.cv/noticia.asp?idEdicao=64&id=37612&idSeccao=527&Action=noticia
Os partidos políticos têm a sua lógica própria de funcionamento que às vezes não é tão visível de fora. Cada um tem as suas ideologias, regras e princípios. Os partidos precisam, esforçam-se para angariar pessoas novas e, se possível até, membro de outros partidos, mas a cadeira de líder é o céu, a mais apetecida, a mais difícil de se chegar lá. Muito compreensível. Por vezes, devido a fatores de maturação, o caminho é mais longo, é preciso um tempo de maturação e de confiança maior para se chegar a líder. O líder é quem guia, a quem confiamos as chaves. Não pode haver hesitação. Teria por exemplo o Edson Medina facilidade em ser presidente do MpD em 2016?
Ora, o Senhor Luis Carlos Silva, “Zezito”, não pode nunca pensar, mesmo sendo uma disputa interna, que vai ter a confiança da maioria, uma vez que ele próprio em 2006 andava a fazer campanha em Portugal a favor do “Comandante Pedro Pires” e contra o atual presidente do MpD, “Dr. Carlos Veiga”.
É democracia sim, mas o cargo em disputa deve ser conquistado com base em critérios de mérito, trabalho e confiança. O “Zezito” mesmo que não queira tem ainda as suas limitações de natureza familiar, uma vez que é genro da presidente do INPS, Dr.ª Leonesa Fortes, e a sua própria esposa é do PAICV. Tenho tamanhas dúvidas e dificuldades em compreender se um homem não consegue convencer a sua própria família, inclusive a sua esposa, em o apoiar e a ser do MpD, se é capaz de fazer o mesmo para a juventude conquistando-a e guiando-a rumo à vitória das eleições em 2016.
Temos de saber interpretar bem a história do “Filho Pródigo”! Quem é o filho pródigo? Eu sou cristão por isso devo-vos dizer que se o “Zezito” fosse pelo menos um filho pródigo, apoiaria ele em vez do “Duca”. Mas o “Zezito” nem é o filho pródigo. O filho pródigo “é aquele que deixou a casa do pai e foi viver em outras paragens e depois de passar por dificuldades resolveu regressar e foi recebido novamente”. O “Zezito” nunca deixou a casa do pai mas sim deixou a casa do PAICV, por isso ele é um estranho, um peregrino, um hóspede na casa do pai e necessita de mais tempo para se acostumar com as regras da casa. Aliás, quem o disse foi o próprio José Maria Neves, presidente do PAICV, no congresso da JPAI, pelo que passo a citar: “… A JPAI é tão boa que inclusivamente está a exportar dirigentes para a JpD (…)”.
Ora, tenho certeza e acredito piamente, que os nossos líderes e dirigentes nunca foram e nem serão escolhidos importando-os do PAICV. Muito obrigado, sua Excelência, Dr. José Maria Neves, pela advertência, porque o “Zezito” seguramente é um deles. Os militantes, simpatizantes e amigos do MpD/JpD, tomaram uma boa nota.
É de realçar ainda no caso vertente que o MpD é um partido aberto e inclusivo à sociedade e a elementos vindo de outros partidos. Mas o cargo de liderança é coisa séria, é um prémio de mérito, do labor, do suor e da confiança. Assim, se a JpD/MpD permitir que alguém vindo do PAICV, viu e venceu a liderança no nosso partido, é a clara assunção da nossa incapacidade sendo que, agora sim, o povo terá todas as razões de não nos levar a sério.
O próprio José Maria há-de regenerar-se, mas com certeza vai morrer sem ser líder do MpD.
O Dr. Ângelo Vaz é um candidato genuíno e original, não foi e não está contaminado pelo vírus do PAICV. É um candidato tranquilo e sereno. Ele é e será sempre, um homem de confiança, e é com ele que nos vamos celebrar a nossa aliança.
VIVA DR. ANGELO VAZ! VIVA JpD! VIVA MpD! VIVA DEMOCRACIA! VIVA CABO VERDE.
JOSÉ HENRIQUE FREIRE DE ANDRADE | Advogado | henriqueafa84@sapo.cv
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