segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Contra Uma Cidadania Irresponsável

Por Edgar Kamikaze Barroso
Hehehehehheheheheheheh... Estou aqui a ler um artigo de opinião do sociólogo Elísio Macamo, publicado no jornal Notícias de hoje, página 7, intitulado "Contra Uma Cidadania Irresponsável", onde ridiculariza e estupidifica o Parlamento Juvenil nos seguintes termos:

"O Parlamento Juvenil é uma organização sintomática de tudo quanto de errado existe no nosso sistema político e económico. Dito de out...


ro modo, é mais um SECTOR IMPRODUTIVO que atrai jovens bem foyrmados e inteligentes a se especializarem na COMERCIALIZAÇÃO dos problemas sociais do país no exterior na crença algo problemática de que dessa maneira contribuem para o 'desenvolvimento' do país."

Pensei logo na minha estimada amiga e companheira de luta, Quitéria Guirengane... Pensei no respeito e admiração que ela nutre pelo sociólogo (eu também o reverencio). Mas também pensei nos outros meus amigos que, embora não façam necessariamente parte do Parlamento Juvenil, militam em outras ONG's, associaçoes, grupos de advocacia e de cidanania, etc, com fins iguais ou semelhantes (malta Centro de Integridade Pública, Ikweli sei lá quantos, CODDs daqui e dali, jornais "rebeldes" e quejandos). Até em activistas sociais de Tsalala, hehehheheheheheh... Músicos de intervenção como o Azagaia. Pensei igualmente nos "vândalos do Facebook" e nos Livres Pensadores desta vida.

Com todo o respeito, eu acho que o Prof. Doutor Elísio Macamo anda lamentavelmente equivocado. Está a ficar maningue europeu.

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  • Muhamad Yassine yah, saber muito as vezes prejudica

  • Jose Luis Sousa Ed, por favor, mande-me o link desse artigo.

  • Izaias Silva Movimentos populares são criticados em todos os lugares do planeta. No Brasil não é diferente. Como não conheço as organizações citadas digo que é importante pelo menos refletir um pouco e ver se não há, de alguma forma, algo a melhorar. Se não, manda esse sociólogo procurar o que fazer.See Translation

  • Jame Ac Sabe oqué?

  • Crisofia Langa Edgar, eu penso diferente e acho que Elisio Macamo esta a tentar despertar-nos para um olhar diferente sobre as criticas que fazemos, sobre como e que discutimos os nossos problemas e...Eu deixei de ir aos centros de debate de muitas organizacoes justamente por pensar o que Elisio tras hoje ao debate e mais, acho que as nossas organizacoes tal como os politicos viraram centros de discussoes entre amigos de amizades, de jovens convencidos que acham que sabem tudo...See Translation

  • Carlos Augusto Da Fonseca O problema é que algumas (organizações, pessoas individuais, empresas, etc) que criticam o sistema político, algumas vezes fazem de uma maneira viciada, com o pressuposto de o governo reconhecer e o integrar no sistema ou seja alguns lambem bota de uma forma diferente. Não quero dizer que o que o professor disse é verdade, mas é necessário saber em que circunstancia a pessoa critica, porquê critica e o que quer ganhar com sua crítica? Todos somos livres de pensar e criticar, mas as críticas têm que ter uma memsagem no sentido de o sistema político melhorar e não apenas mostrar que o crítico está trabalhar e merece recompensa, que é o que acontece todos os dias. Haviam muitos críticos, depois de lhes oferecerem cargos políticos ou de confiança nas empresas púplicas, hoje parecem até mudos. Que quer dizer que eles tinham uma maneira de lamber bota sem tirar a língua. De crítico não tinham nada.See Translation

  • Sergio Chauque talvez ele nao esteja bem inteirado sobre o fim e o funcionamento daqela organização juvenil... enfim...See Translation

  • Carlos Guttendorf Cipriano Eu entendo o ponto de vista do sociólogo. Todavia nao é um absoluto que o objectivo seja promulgar a situaçao do país no exterior.
    Pode ser que ao partilharem os problemas que vivem, os jovens estejam à procura de uma resposta que nao encontram localm
    ente.
    Pode ser que a compreensao, depois de conversar com alguém sobre um assunto, seja plena. Eu como comentador e sociólogo abster-me-ia de fazer comentários à liberdade das pessoas.
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  • Edgar Kamikaze Barroso Exactamente, Carlos.

    Ninguém é obrigado a preencher os "requisitos de cidadania responsável" da preferência do Prof. Macamo para PRESSIONAR O REGIME A CUMPRIR COM O SEU MANIFESTO ELEITORAL (e a não desviar-se dele ou a viciá-lo para fins outros que n
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  • Carlos Guttendorf Cipriano Eu pensava que ele estava em Moçambique...
    E até ia dizer que como figura pública influente, e responsável (quanto mais se sabe, maior é o grau de responsabilidade), deveria era fazer o necessário para que os problemas sociais em Moçambique desaparececem de uma vez por todas. Ou pelo menos devia, como dizes, pressionar.
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  • Edgar Kamikaze Barroso Bom, é o que ele tem feito. À moda dele, através dos seus artigos de opinião (onde, muitas das vezes, até diz coisas muito pertinentes).

    Provocar os outros, de modo vil, leviano e desprestigiante como o fez neste último artigo, é mesmo novidade para
    mim. Ele está a catalogar aos grupos de pressão social com os quais não simpatiza de irresponsáveis...

    Para além de ter entrado no mato da especulação e de ter demonstrado possuir conhecimento tremendamente superficial do modus operandi dessas organizaçoes (ou pelo menos da que ele referencia), tal opinião é em nada abonatória para o background intelectual que ele merecidamente possui. Inadmissível.
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  • Crisofia Langa Os nosso problema e o mesmo nunca olhamos para o outro lado da critica, agimos da mesma forma quando o assunto e assumir os nossos erros. Eu nao digo que o sociologo tem razao, mas acho que ele abre espaco para debatermos sobre o que trazemos de novo atraves das nossas organizacoes.See Translation

  • Crisofia Langa Ele ate pode ter usados formas menos simpaticas e inteligentes para mostrar o que pensa, mas que o artigo tras alguma verdade...nao podemos negar. Paremos para pensar nisso.See Translation

  • Edgar Kamikaze Barroso Crisofia, tu alguma vez já perguntaste ao Prof. Macamo sobre o que é que ele traz de novo à sociedade moçambicana?See Translation

  • Crisofia Langa Edgar so este olhar desapaixonado as nossas organizacoes para mim ja e novidade porque esta aberto um espaco para refletirmos sobre o que fazemos e sobre o que queremos atraves das nossas organizacoes. Gostaria de puder ir a um debate diferente, sei que ha jovens capazes de promover debates iguais, mas que nao o fazem. Como disse algumas organizacoes nao passam de um grupo de amigos que nao trazem novidades...Gostaria que o parlamento juvenial realmente pensasse nisso.See Translation

  • Pedrito Massarongo Jr. Ha que reflectir sobre o artigo do Dr Macamo. Pois, realmente, os grupos de cidadania, os livres pensadores e os musicos de intervenção, com a sua repetitiva publicação/comercialização dos problemas do país, acabam favorecendo o sistema contra o qual lutam. O Facebook está a tornar-se numa "fabrica de sonhos inalcançáveis".

  • Adriano Biza Deve querer voltar para casa e está a procura de uma porta de entrada...ou então eu é que estou equivocado.

  • Avelino Namarrocolo Elisio Macamo eh um sociologo brilhante, mais quando o assunto eh contra o regime do governo da Frelimo ele perde a cabeca.See Translation

  • Marcelo Machava Mania dos lambibotas. Eles se borram quando alguem retrata os podres do sistema. Susto: se os doadores cortarem os dolares ja nao havera o que roubar. So querem ver uma radiografia errada do Pais, ao estilo esta tudo bem, o pais esta a combater a pobrezaSee Translation

  • Mario Albano Albano Eu acho que o DR Macamo esta a passear a sua classe. Eu rlespeito tdas os opioes aqui espreca... Na li a tal opiniao por isso nao posso tecer mt0s comentario a cerca desta opiniao do Macamo. Sem precisar de mtos paleio acredito num mocambique pluralista de ideias sem opiniao encomendadas... Mais uma coisa tenho certaeza nao ha no mundo uma juventudo que alcanca os seus objectivo fazendo retorica do governo do dia... TODA A JUNVENTUDE E IREVERENTE PELA POSETIVA de contrario teremos k acredita de a Mancca que a EVA deu ao ADAO sai de uma arvores.. Dr Macamo de certeza k acredita...See Translation

  • Egidio Guilherme Vaz Raposo Eu nao concordo com o Professor. ALias, ja faz tempo que ele vem nesta cruzada de descredibilizar as instituicoes civicas do pais. Nao sei porque mas julgo que vale ficar por aqui, indignado. A boa noticia eh que eu cofnorto-me no Parlamento Juvenil e na sua liedranca. Sao dos poucos que contra o comodismo que se pretende cultivar, se levantam como grupo e propoem alternativas. Nao sei o que significa "comercializacao"...mas parece-me que academicos comercializam mais que os jovens do PJ. Enfim, graus e niveis. Outra coisaSee Translation

  • Elisio Macamo caros amigos, obrigado pelos comentários interessantes aqui postados. fica, naturalmente, melhor criticar o que consideram de ataque gratuito a uma organização se também se coibirem de fazer o mesmo. portanto, se estou à procura de emprego em moçambique ou quero cair nas graças de alguém é algo que no quadro do que acham lamentável na minha intervenção - e para serem coerentes - não devia desempenhar nenhum papel. quanto ao parlamento juvenil critico o documento irresponsável que eles publicaram. critico, como escrevo, no artigo em questão o facto de não se distanciarem de actos de violência e quererem apropriar-se de algo que eles não ajudaram a nutrir. no mesmo artigo louvo o trabalho de algumas organizações que me parecem mais coerentes a este nível. nunca escrevi - e não vou começar agora - de acordo com a simpatia que alguém nutre por mim ou pelo meu trabalho. será sempre pelos méritos da questão que eu posso ver de forma errada ou não, mas que o debate vai ajudar a clarificar. a formação não protege ninguém do erro, mas por causa disso mesmo é importante discutir, expôr pontos de vista e reflectir (não necessariamente nessa ordem). algumas das intervenções que aparecem aqui são sintomáticas da atitude que critico: tecem conclusões sem terem lido o texto em questão; outras, que é mais grave, fazem-no sem ter percebido. não basta sentir-se do lado da razão para ter razão. não basta repetir o que toda a gente acha que vê e sabe para que a nossa posição esteja correcta. há mais um investimento que é preciso fazer e ele consiste em ler com atenção, comparar fontes, reflectir e questionar-se. isto também faz muita falta em muitas intervenções pelo facebook. o texto que saíu hoje no notícias é uma reflexão sobre o que considero ser uma maneira bastante simplista de ver os problemas do nosso país. creio que estou no meu direito de fazer isso da mesma maneira que aceito que nem toda a gente concorde comigo. quem quiser considerar o meu posicionamento como defesa de algum interesse pode o fazer, claro, mas isso também faz parte do que faz mal ao país. toda a questão tem méritos. abraçosSee Translation

  • Edgar Kamikaze Barroso Prof. Elísio, para já eu vou colocar uma questão apenas:

    Falemos exactamente do Parlamento Juvenil... Será que o Prof. Elísio fez o devido TPC em relação à esta organização (objecto, finalidade, acçoes, resultados, impacto social, etc)? Pode contextualizar tal constatação temporal e espacialmente? Ou também a baseou no que "todo o mundo sabe" ou diz saber about?
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  • Gabriel Muthisse Organizacoes que mais falam para o exterior do que para dentro do paiis. Organizacoes que conseguem "budgets" por comercializarem fora os problemas do paiis... Concordo com a analise do Elisio.See Translation

  • Elisio Macamo caro edgar k. barroso, a resposta à sua pergunta é simples. fiz. informei-me sobre as suas actividades (que venho acompanhado há anos), informei-me sobre as suas fontes de financiamento (uma das quais tem a sua origem cá na alemanha) e acima de tudo analisei criticamente o comunicado que ela emitiu. reflecti sobre a estrutura da nossa "sociedade civil" com a qual venho lidando em várias capacidades e concluí a partir daí que o parlamento juvenil é sintomático dum fenómeno geral. para o bem da sua reflexão sobre estes assuntos precisa também de equacionar esse aspecto. há um problema sério no nosso país com a sociedade civil, um problema que curiosamente reproduz a mesma situação que alguns gostam de usar para descrever a caricatura que fazem do governo. uma boa parte destas organizações não é financiada pelos seus membros, vive de subsídios externos que em minha opinião enfraquecem, ao invés de fortalecer, a nossa esfera pública. não vejo diferença entre isso e o que se critica em relação ao oportunismo dos que estão no aparelho do estado e no governo. sem se darem conta podem estar a amplificar os nossos problemas duma maneira que é mais funcional à reprodução dessas organizações do que à sua solução. portanto, todo o problema seriamente visto tem os dois lados. lançar as culpas apenas para um lado e não ver que também somos parte do problema 'e simplificar de forma grosseira os nossos problemas. mas claro que está no seu direito de agir como entender. já agora, ao citar o meu texto teria sido útil indicar aos seus leitores que a ênfase foi sua, não original. abraçosSee Translation

  • Edgar Kamikaze Barroso Vocês (particularmente do regime e ao mais alto nível) andam mesmo equivocados. É impressionante como vocês estão a estereotipar as coisas... Estão a revelar um défice de informação terrível, para as entidades que representam.

    O Parlamento Juvenil or
    ganiza encontros, campanhas e movimentos de advocacia e cidadania em quase todo o país, congregando jovens a todos os níveis da sociedade (particularmente os enteados do status quo), incluindo até instituiçoes e entidades governamentais nacionais ao mais alto nível. E bate-se mais por eles do que alguns tentáculos juvenis associados ao regime. O que distingue esta ONG das demais, para além da irreverência e do seu impacto social, é que não depende directa ou indirectamente do OGE (como alguma organização juvenil "tradicional") e está estritamente virada para a emancipação juvenil (e não para a elaboração de "relatórios" para o exterior.

    Informem-se, senhores. Não nos envergonhem...
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  • Muhamad Yassine O regime nao precisa desse tipo de ajudas para se sobrepor aos jovens desalinhados pah, os que prestam esses servicos sem mandato para o regime mas sem mandato do mesmo acabam por fazer mais mal ao Regime do que os jovens do PJSee Translation

  • Gabriel Muthisse Nao depende do OGE, isso atee posso aceitar. Mas diga-me Edgar, qual ee a proporcao do seu "budget" que advem da quotizacao dos seus membros? Qual ee a parte que vem do exterior? Das vezes em que esta organizacao mais saiu nas parangonas dos jornais foi quando dava relatorios aos patrocinadores. Veja Edgar, esta nao ee apenas a siyuacao do PJ. Uma grande parte das organizacoes mais visiveis da sociedade civil fala mais para fora. Mesmo quando organiza os tais seminarios nas provincias ee mais para justificar o dinheiro recebido. E nao para problematizar Mocambique, com cabeca propria, para encontrar solucoes, tambem com cabeca propria. Esta ee a minha opiniao sobre estas organizacoes. Da mesma forma que tu e o Presidente da PJ teem as vossas opinioes sobre outros organismos mocambicanosSee Translation

  • Muhamad Yassine o problema no meu entender esta relacionado com a forma como sao ouvidas essas organizacoes aqui dentro, oregime somente se manifesta quando os que estao FORA reagem em funcao dos relatorios dessas organizacoes que se diz fazerem trabalhos e relatorios para fora, tem que fazer isso mesmo para mudar o status quo

  • Gabriel Muthisse Caro amigo Yassine, o PJ deveria falar, em minha opiniao, para os seu membros, em primeiro lugar. Em segundo lugar, deveria falar para outros jovens, a fim de captar as suas simpatias. Afinal ee destes que deveriam vir as solucoes para os problemas de Mocambique, incluindo o financiamento para o seu funcionamente. Por semelhanca, um sindicato deve falar para os seus membros. Deve, tambem, falar para os seus trabalhadores. Ee destes que advem a sua legitimidade, a sua forca e o seu financiamento. O que dirias tu, amigo Muhamad Yassine, dum sindicato que buscasse a sua legitimidade, a sua forca e o seu financiamento do exterior? Ou pior ainda, o que dirias de um Partido politico que buscasse a sua legitimidade, a sua forca e o seu financiamento fora do paiis? Uma organizacao da sociedade civil, porque representa A CIDADANIA CONSCIENTE, nao deveria, NUNCA, falar para o exterior. Procedendo desse modo, coloca TODA A SUA CREDIBILIDADE em frangalhos. Na verdade, as organizacoes que procedem desse modo soo continuam crediveis no seio dos seus apaniguados. E nao na imensa massa do povo, sobretudo quando este acaba de sair de uma colonizacao atroz.See Translation

  • Elisio Macamo bom, o que define uma organização da sociedade civil é precisamente não depender do orçamento geral do estado. não percebo porque isto, por si, vai constituir algo em abono. o gabriel muthisse está a colocar as questões que me parecem pertinentes. naturalmente que é difícil, nas condições económicas e financeiras do nosso país, assegurar a existência destas organizações com meios próprios. ainda durante o fim de semana participei num seminário com representante da união nacional dos camponeses que tinha consciência de quão problemática esta situação é. o problema, contudo, é pensar que já que as coisas são assim mesmo não há mais nada a fazer. e pior: não ter presença de espírito suficiente para ver até que ponto falar mal das coisas pode ser funcional à própria reprodução. assim, os mesmos que pensam estar a falar em nome do povo podem, tal como o governo que criticam, estar a viver do povo. e já agora, irreverência nunca foi critério de validação do bom desempenho. pensar que é volta a ser mais um sintoma do que está mal na nossa cultura de debate.See Translation

  • Edgar Kamikaze Barroso O Parlamento Juvenil não é um partido político, meus senhores. Não é uma organização juvenil atrelada à um partido político e nem é uma empresa. Essa das cotas e sacrifícios dos membros em prol da organização está a desviar o cerne do debate.

    Amigo M
    uthisse:

    Eu já vi, pessoalmente, ministros, vice-ministros, secrtetários permanentes, deputados, magistrados e demais servidores públicos a interagir com jovens de todas as camadas sociais, políticas e religiosas. Debaterendo problemas concretos da juventude na mesma sala, em eventos realizados pelo Parlamento Juvenil... Estás a entrar no mato com essa de a organização estar virada para o exterior.
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  • Edgar Kamikaze Barroso Ademais, ninguém aqui está a fundamentar o argumento segundo o qual uma organização que funciona com base em recursos externos está implícita ou explicitamente condenada ao fracasso... Esse é um argumento de vidro.

    O nosso Governo também sobrevive disso, em mais de metade do seu orçamento. Está também condenado ao fracasso?!
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  • Eusébio A. P. Gwembe Numa época em que Moçambique conta tantos jovens notáveis, mas cuja inteligência serve só para apolémica, para a ironia, para a crítica ou para o jogo engenhoso e pérfido das combinações políticas de momento, Elisio Macamo tem sido um modelo perfeito ...See More
  • Edgar Kamikaze Barroso Já estão a assassinar o debate. Estava a demorar...See Translation
  • Edgar Kamikaze Barroso Eusébio, com que bases assumes que o Parlamento Juvenil não tem trazido resultados dos objectivos da sua criação?

    Traga factos e números, de modo preciso, directo e objectivo. Retórica e enrolamento podem ficar aí contigo.
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  • Eusébio A. P. Gwembe Pessoalmente, aprecio alguns do debates levantados pelo PJ. Todavia, as dúvidas surgem quando se avança para as propostas de solução. Ainda que cada crítica tenha em si mesmo algum grau de solução, é preciso clarificar sem passar pelo senso comum. Não vou directo aos pontos, Edgar Kamikaze Barroso, para não ferir as sensibilidades. Heheheh
  • Fernando Chiconela O desenvolvimento de um País mede-se pela qualidade do seu debate...in Trepar o País pelos ramos de Elísio Macamo; Duvidai e Investigai diz Carlos Serra...See Translation
  • Estevao Mabjaia Alguns pontos de ordem:
    1. Acho melhor que alguns leiam primeiro o texto na íntegra aqui http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1538656. Sugiro isto porque dalguns comentários aqui neste post, fico com a incómoda sensação de qu
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  • Elisio Macamo caro edgar k. barroso, é um pouco defícil discutir quando há muita equivocidade no que a gente escreve. por exemplo, nem o gabriel muthisse, nem eu disseram que o parlamento juvenil era um partido político. negar isso sugere a ideia de um de nós ter di...See MoreSee Translation
  • Egidio Guilherme Vaz Raposo O ponto de vista do professor Macamo devia ser considerado nos termos que ele próprio o colocou. Desabafo. E nisto de desabafo não há método. Há em toda extensão do texto muita coisa que se pode questionar. Mas tentemos tirar uma parte, justamente antes da citada pelo Edgar Barroso, para mostrar quão “inoportunas” são as ideias do Professor Macamo. Digo inoportunas porque a serem seguidas a risca nos levariam a um estado hobesiano, ao Estado de natureza; digamos ao estado vegetativo. Existem exemplos? SIM. O Zimbabwe, curiosamente, cuja liderança é efusivamente aplaudida pelo professor Macamo.
    O Professor Macamo parte de um tipo ideal da sociedade civil que opera num estado não ideal, num estado tecnicamente falido, num pais que vive há já mais de trinta anos às custas da ajuda externa. eSTE EO TIPO DA SCIEDADE CIVIL QUE O PROFESSOR GOSTARIA DE VER NO PARLAMENTO JUVENIL E OUTRAS ORGANIZACOES.
    O Professor Macamo é desde há muito tempo contra a ajuda externa. Criticou o suficiente durante os anos 90 até 2005/9 a ajuda pública ao desenvolvimento principalmente ao Estado, argumentando que ela amputava as relações ente cidadãos e governantes. Porém, esta ajuda continuou. Nos dias que correm, as suas atenções estão viradas ao “tipo de cidadania e de cidadãos que o pais possui, que nem preciso dizer, é péssima: CIP, PARLAMENTO JUVENIL, não sei qual será a próxima.
    Tudo bem. Estado pobre, sociedade civil pobre; tudo pobre. Isto não precisava de elaboração filosófica. Está claro. Mas atenção, nos últimos anos nasce em Moçambique uma nova consciência da auto-afirmação que provavelmente o Professor Macamo não se apercebeu. Mas deixemos isto. Voltemos ao PJ
    Há dado passo, o Professor acusa o PJ de “usar problemas sociais reais como meio de atrair para si financiamentos externos que cada vez mais têm contribuído para a externalização dos nossos problemas e fragilização do nosso sistema político.” Desde quando o parlamento Juvenil usou financiamento externo para incitar a violência ou exeternalisar os problemas do pais?
    Quer dizer, a existência do PJ é vontade do estrangeiros, que tem uns saquitos de dólares para distribuir à custa do insulto ao seu governo? Não podia ser uma vontade endógena da juventude, carente de um interlocutor valido e que lute pelos seus interesses? O parlamento Juvenil não podia ter sido infeliz simplesmente por serem pessoas normais. Tinha que ser infeliz porque tinham algo a ganhar e, preferencialmente atrair financiamento externo? Em ultima analise, não acha que o Professor Macamo acusa o a liderança e todos membros do PJ de marionetas? Existira alguma diferença entre a critica que faz aos críticos e a sua própria? Existira alguma diferença entre os portugueses, que nunca acetaram o direito de autodeterminação dos povos e que por esta via desprezaram os primeiros gritos de autodeterminação dos moçambicanos que depois pegaram em armas? Estou a falar do desprezo que tem pelo Parlamento Juvenil e da sua incredulidade em relação a originalidade daquela organização.
    No fundo a sua tese é a mesma da dos anos 2000, em relação aos efeitos perniciosos da ajuda externa, quando sempre achou que ela retirava a legitimidade das relações entre o estado e seus cidadãos. So que agora aplica-a contra o elo mais fraco, uma organização da sociedade civil que, à custa de apoios externos buscam fortalecer-se e fortalecer a juventude. E neste processo, vao cometendo erros, como aliás, acontece com qualquer outra orgnizacao.

    E deixe-me antes de terminar defender um nova ideia. Não concordo no geral que a ajuda externa fragiliza os povos. Os financiamentos externos, quando bem usados contribuem como se pode provar a partir de outros cantos, para o fortalecimento da cidadania, desenvolvimento económico e social. Segundo, não vejo qual é o mal de termos uma organização que vive de financiamentos externos para perseguir fins legítimos. Foi assim com a Frelimo, que vivendo do financiamento externo, conseguiu liderar de forma exitosa a vitória sobre o colonialismo. Vai ser e tem sido assim, que o Parlamento Juvenil, fazendo uso de financiamentos externos consegue pôr o governo a reflectir diariamente nas suas políticas públicas. Pode parecer tosco, de baixo jaez, aos olhos de uns, mas é assim em Moçambique e pode melhorar, se pessoas de bem quiserem ajudar neste sentido.
    Países existem que saíram da miséria com o mesmo tipo de ajuda que Moçambique recebe. Países há cujas sociedades saíram fortalecidas com o mesmo tipo que hoje a ajuda oferece a sociedade civil moçambicana. Existem erros? SIM, tantos. Mas tantos, que devem ser corrigidos.
    Porem, naturalizar a corrupção galopante no seio dos que nos governam sob pretexto de que GATUNOS SOMOS TODOS NÓS, parece irrazoável.
    LEIA NA INTEGRA O TEXTO DO PROFESSO MACAMO AQUI: http://www.jornalnoticias.co.mz/pls/notimz2/getxml/pt/contentx/1538656
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  • Elisio Macamo caro estevão mabjaia, obrigado pela sua intervenção. é isto que tenho criticado. há muita gente por aqui - que eusébio a. p. gwembe com razão apelida de "sofistas" - a tecer conclusões sem nenhum conhecimento de causa. e como bem diz, as pessoas não precisam de estar de acordo com o texto. precisam de o entender. isso é o mínimo para uma participação útil no debate. mais uma vez, obrigado.See Translation
  • Quiteria Anicia Fernandes Guirengane Prof. Elísio, apreciamos com atenção o seu artigo no jornal Noticias de hoje. So temos a dizer que o ultimo paragrafo do nosso comunicado a que se refere, diz:"Sem violência, nos jovens continuaremos a lutar por um pais onde haja algo para todos e não tudo para alguns!" Iniciamos a leitura do seu texto mais claros do que terminamos, porque a dado passo pensamos que estivesse indignado com a promoção de violência, mas... pareceu-nos também que não tivesse lido o Comunicado na integra e que estivesse indignado com o Parlamento Juvenil e não com a acção em si. No entanto, respeitamos a sua opinião como académico reputado e julgamos que o debate de ideias eh que constrói um pais melhor porque UM PAIS EH O QUE EH PELO DEBATE PUBLICO QUE TEM! Estamos a disposição para um dialogo saudável. Bem haja!
  • Antonio A. S. Kawaria Um bom debate este e ainda bem o autor presente. Depois da amanhã roubarei parte do meu tempo para ler os comentários.See Translation

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