Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 45- 06 de Setembro de 2019
Homens armados alvejam cinco cidadãos em Gorongosa
Quatro viaturas foram alvos de ataques por supostos homens da Renamo na região do Púngue, limite entre os distritos de Gorongosa e Nhamatanda, na madrugada do dia 4 de Setembro. Foram alvejados no local cinco cidadãos que contraíram ferimentos graves e encontram-se no hospital a receber tratamentos. As viaturas continuaram a viagem enquanto decorriam os ataques.
Não houve mortes, apurou o Boletim. Os disparos ocorreram quando os veículos, que saíam do posto administrativo do Inchope, tentavam fazer ultrapassagem, reportam os nossos correspondentes.
O presidente do Município de Gorongosa, Sabeti Morais, confirmou ao Boletim a ocorrência dos ataques. “Estou informado, mas ainda não posso avançar muita coisa”, disse Morais., explicando que há diligências em curso.
Segundo apurou o Boletim, este é o segundo ataque que ocorre durante a campanha eleitoral, tendo o primeiro ocorrido na noite do dia 1 de Agosto no posto administrativo de Nhamadzi, onde um cidadão foi alvejado no braço por supostos homens da Renamo quando se dirigia a sua residência.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-45-06-09-19-
Posted on 06/09/2019 at 18:48 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
A(s) mão(s) de Guebuza no “dossiê M’telela”(Repetição)
Texto de Luís Nhachote*
Um documento do famigerado Serviço Nacional de Segurança Popular (SNASP), obtido pelo Ikweli-Centro de Jornalismo Investigativo (Ikweli-CJI) sugere que os mais altos responsáveis do antigo Comité Político Permanente do Partido Frelimo foi quem “orientou” a execução extrajudicial de presos políticos mantidos no campo de reeducação de M’telela na província do Niassa.
Dos membros desse órgão do Partido Frelimo mencionados no documento, apenas Sebastião Marcos Mabote é que faleceu. Os restantes ainda encontram-se entre nós – Armando Emílio Guebuza, Alberto Joaquim Chipande e Marcelino dos Santos.
(Click nas imagens para ampliar) Barnabé Lucas Nkomo, autor do livro “Uria Simango: um homem, uma causa”, considera que foi “encontrada a prova cabal” e que as “dúvidas começam a ficar dissipadas” sobre aquilo que é considerado o crime mais bárbaro cometido pela direcção da Frelimo, pouco depois da proclamação da independência nacional.
Até hoje, a direcção do Partido Frelimo tem-se pautado por uma posição ambígua quanto à responsabilidade pelas execuções sumárias dos presos políticos moçambicanos.
Posted on 06/09/2019 at 18:08 in História, Justiça - Polícia - Tribunais, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Três pessoas morrem em acidente de carro durante campanha eleitoral em Gondola
Três pessoas morreram e outras duas ficaram feridas, na última quinta-feira, sexto dia da campanha eleitoral para as eleições de 15 de Outubro, no distrito de Gondola, província de Manica.
As vítimas, todas simpatizantes do partido Frelimo, saíam da região de Chibuto-2 para Muda-Serração, no posto administrativo de Inchope, para cumprir mais um dia de “caça ao voto”. A viatura em que seguiam viagem despistou deixando-as cair.
Os sobreviventes, socorridos para o Hospital Distrital de Gondola, presumem que o sinistro pode ter sido consequência do excesso de velocidade aliado a manobras perigosas protagonizados pelo condutor do carro em que eram transportados.
A directora clínica daquela unidade sanitária, Elisa Xavier, confirmou que houve três mortos. Dos feridos, um foi internado para cuidados especializados devido à gravidade das lesões.
O acidente de quinta-feira foi o segundo envolvendo simpatizantes da Frelimo em Manica, na campanha eleitoral em curso. No primeiro dia, um cidadão foi atropelado na zona de Tembwe, no Chimoio, tendo ficado gravemente ferido, quando se encontrava a afixar panfletos.
O PAÍS – 06.09.2019
Posted on 06/09/2019 at 16:55 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
A lista de chefes de Estado africanos forçados a deixar o poder nos últimos anos
O ex-Presidente do Zimbabué Robert Mugabe, que morreu hoje aos 95 anos, integrava a lista de chefes de Estado africanos forçados a deixar o poder nos últimos anos.
- 2010 -
Níger - Mamadou Tandja foi destituído em 18 de fevereiro através de um golpe militar depois de ter modificado a Constituição para se manter no poder no final de dois mandatos de cinco anos.
- 2011 -
Tunísia - Após 23 anos de governo, o Presidente Zine El Abidine Ben Ali fugiu para a Arábia Saudita na sequência de uma revolta popular.
Egito - Hosni Mubarak, que liderava o país desde 1981, entregou os seus poderes às Forças Armadas, em fevereiro, depois de 18 dias de uma revolta popular que mobilizou milhares de manifestantes e da qual resultaram 850 mortos.
Costa do Marfim - Em 11 de abril, Laurent Gbagbo foi detido após quatro meses de conflito na sequência da sua recusa em reconhecer a derrota nas eleições presidenciais de 2000 frente ao atual Presidente Alassane Ouattara, conflito de que resultaram 3.000 mortos.
Líbia - Muammar Kadhafi, que governou o país com "mão de ferro" durante quase 42 anos, foi morto em 20 de outubro próximo de Syrte, após um movimento de contestação que se transformou em conflito armado.
- 2012 -
Mali - Militares depuseram o regime de Amadou Toumani Touré em 22 de março, acusando o então chefe de Estado de "incompetência" na luta contra os grupos islamitas e a rebelião tuaregue no norte do país.
Guiné-Bissau - Um golpe de Estado militar interrompeu o processo eleitoral em 12 de abril, a duas semanas da segunda volta das eleições presidenciais, com os golpistas a anunciarem a deposição dos então Presidente Raimundo Pereira e do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior.
Base de guerrilheiros da Junta Militar da Renamo atacada no centro do país
Uma base de guerrilheiros da Renamo, que apoia a autoproclamada Junta Militar do partido, foi atacada hoje em Chipindaumwe, distrito de Gondola, disse à Lusa o líder do grupo.
Mariano Nhongo, tenente-general da Renamo e líder da Junta Militar, disse que um contingente das Forcas de Defesa e Segurança invadiu uma base do grupo e disparou contra os guerrilheiros ali entrincheirados.
A base fica a pouca distância do local onde foi atacado um autocarro de passageiros, em que três pessoas ficaram feridas na quinta-feira, junto ao rio Pungue, zona limítrofe entre os distritos de Nhamatanda e Gorongosa.
“Temos homens (guerrilheiros) que estão sendo atacados neste momento” disse à Lusa Mariano Nhongo, sem detalhes, avançando que o grupo estava desdobrar-se para responder à ofensiva.
Apesar de as hostilidades entre Governo e Renamo terem cessado em dezembro de 2016 e de a paz ter sido formalmente subscrita através de acordos assinados há um mês, um grupo liderado por Mariano Nhongo, tenente-general da Renamo, permanece “entrincheirado nas matas”.
O grupo, que se autodenomina Junta Militar da Renamo, contesta o líder do partido, Ossufo Momade, e os acordos assinados por este, nomeadamente os que regulam o desarmamento e reintegração dos guerrilheiros na sociedade.
Na quinta-feira, uma fonte do grupo negou à Lusa a autoria do ataque ao autocarro de passageiros, classificando-o como “uma forma de chantagem” contra a Junta Militar, que formou uma direção à revelia da estrutura oficial do partido e ameaça com ação militar se o Governo não renegociar os acordos de paz.
No início do mês, o grupo denunciou um plano de ataque às suas bases por forças estatais, e acusou o líder do partido de ter fornecido as coordenadas das bases dos guerrilheiros contestatário.
LUSA – 06.09.2019
Posted on 06/09/2019 at 14:57 in Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
Desconhecidos atacam autocarro e fazem três feridos no centro de Moçambique
Um ataque a tiro contra um autocarro de passageiros provocou ontem três feridos no centro do país, disseram várias fontes locais à Lusa.
O ataque aconteceu num troço de estrada junto ao rio Pungúe, entre os distritos de Gorongosa e Nhamatanda, na província de Sofala.
Os atacantes, ainda não identificados, dispararam "rajadas de balas" contra um autocarro que circulava em direcção a norte, no sentido Inchope-Caia, na Estrada Nacional 01 (EN1), a principal via que liga o sul e norte, deixando marcas de perfuração na viatura.
"Três passageiros que seguiam para o Niassa foram levados para assistência no Hospital da Gorongosa", contou um morador.
Um outro morador disse que o autocarro continuou viagem depois de o motorista e outros passageiros prestarem declarações na polícia da vila da Gorongosa.
A serra da Gorongosa é um refúgio histórico de guerrilheiros da Renamo.
Apesar de as hostilidades entre Governo e Renamo terem cessado em Dezembro de 2016 e de a paz ter sido formalmente subscrita através de acordos assinados há um mês, um grupo liderado por Mariano Nhongo, tenente-general da Renamo, permanece "entrincheirado nas matas".
O grupo, que se autodenomina Junta Militar da Renamo, contesta o líder do partido, Ossufo Momade, e os acordos assinados por este, nomeadamente os que regulam o desarmamento e reintegração dos guerrilheiros na sociedade.
Fonte do grupo negou à Lusa a autoria do ataque, classificando-o como uma forma de "chantagem" contra a Junta Militar, que formou uma direção à revelia da estrutura oficial do partido e ameaça com acção militar se o Governo não renegociar os acordos de paz.
Nhongo já se havia demarcado de um outro ataque ocorrido em 01 de agosto no centro do país, mas em Nhamapadza, a 200 quilómetros do distrito de Gorongosa, em que duas pessoas ficaram feridas depois de disparos contra um camião e um autocarro de passageiros.
LUSA – 06.09.2019
NOTA: Afinal onde está a PAZ DEFiNITIVA? "Desconhecidos" atacam no norte e agora "outros desconhecidos" atacam no centro. Que país é este, que povo é este?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 06/09/2019 at 11:56 in Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
Robert Mugabe: de herói guerrilheiro a líder autoritário, as muitas faces do homem que comandou o Zimbábue por 37 anos
Um perfil do ex-presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, que morreu nesta sexta-feira aos 95 anos.
Robert Mugabe, que governou o Zimbábue por quase quatro décadas, faleceu nesta sexta-feira aos 95 anos.
A saúde do ex-presidente se deteriorou nos últimos anos, o que levou à sua morte, informou a família à BBC.
Mugabe foi deposto por um golpe militar em novembro de 2017, o que pôs fim à sua liderança de 37 anos.
À medida que a economia do Zimbábue ia de mal a pior e, finalmente, se tornou desastrosa, a morte política e, até mesmo física, de Robert Mugabe foi prevista muitas vezes. Mas ele sempre confundiu seus críticos.
Por ter sido um dos ícones da luta pela independência do Zimbábue, muitos o consideraram um herói que acabou com o governo da minoria branca na nação africana, ampliando o acesso à saúde e educação para a população negra.
Mas, para o número crescente de críticos que acumulou, se tornou a caricatura de ditador que destruiu um país inteiro para permanecer no cargo. Seus últimos anos de governo foram marcados por violações de direitos e corrupção.
Robert Mugabe, em 1960, foi fortemente influenciado pelos ideais panafricanos créditos: Getty Images
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Os marcos da vida de Robert Mugabe
- 1924:
Nasceu em 21 de fevereiro, na Rodésia, então colônia britânica na África.
- 1964:
Foi preso por mais de uma década por criticar o governo da Rodésia.
- 1980:
Ganhou as eleições pós-independência.
- 1996:
Casou-se com Grace Marufu.
- 2000:
Milícias pró-Mugabe invadem fazendas de brancos e atacam apoiadores da oposição.
- 2008:
Ficou em segundo lugar no primeiro turno das eleições, atrás de Morgan Tsvangirai, que se retira do segundo turno em meio a ataques aos seus apoiadores.
- 2009:
Em meio a um colapso econômico, empossou Tsvangirai como primeiro-ministro, em um conturbado governo nacional que durou quatro anos.
- 2017:
Retirou do poder o antigo aliado Emmerson Mnangagwa, então vice-presidente, abrindo caminho para que sua mulher, Grace, o sucedesse. Forças armadas intervêm e Mugabe é retirado do comando do partido e acaba renunciando.
– 2019:
Faleceu no dia 06 de setembro.
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Ícone da luta de libertação
05/09/2019
Detido antigo governante e ex-bastonário da Ordem dos Advogados de Cabo Verde
O Tribunal da Praia, em Cabo Verde, continua a ouvir o advogado, antigo secretário de Estado da Comunicação Social e ex-bastonário da Ordem dos Advogados, Arnaldo Silva, detido por suspeita de crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, organização criminosa, corrupção activa, falsidade informática e lavagem de capitais.
Silva, um dos mais conhecidos advogados do país, foi detido na quarta-feira, 4, pela Polícia Judiciária (PJ) “fora de flagrante delito e foi levado a cabo através da Secção Central de Investigação de Corrupção e Criminalidade Económica e Financeira, em cumprimento de um mandado de busca e detenção do Ministério Público da Comarca da Praia”.
No comunicado, a polícia científica acrescenta que “a busca aos escritórios e residência do advogado em causa foi presidida por um juiz e acompanhada por dois magistrados do Ministério Público e pela bastonária da Ordem dos Advogados.
Enquanto se aguarda pela decisão do tribunal, desconhecem-se também os factos que estão por trás da detenção de Arnaldo Silva.
Antigo secretário de Estado da Comunicação Social no primeiro Governo do MpD, entre 1991 e 1993, Silva integrou depois do PCD, sendo, no entanto, um bem-sucedido advogado de vários homens de negócios e empresas, como a TACV, do qual foi quadro e dirigente.
VOA – 05.09.2019
Tanzânia detém homem que possuía marfim de 117 elefantes
Um homem procurado pelas autoridades tanzanianas foi detido na posse de centenas partes de marfim de 117 elefantes, anunciou hoje o Ministério dos Recursos Naturais da Tanzânia.
O caçador tinha em sua casa 338 partes de presas e 75 presas inteiras, que as autoridades estimam ser de 117 elefantes, explicou o ministério num comunicado citado pela agência France-Presse.
Sete alegados cúmplices do cabecilha também foram detidos, de acordo com a mesma fonte, que detalha que as presas eram originárias da Tanzânia, mas também de Moçambique.
"Até à sua detenção, na terça-feira, ele não tinha despachado as reservas porque estávamos extremamente vigilantes", referiu o ministro dos Recursos Naturais, Hamisi Kigwangalla, citado no comunicado.
"Aprovei um período de carência de um mês para qualquer pessoa em posse de presas de elefante para que as apresentem aos órgãos do Estado. Qualquer pessoa que o fizer nesse período, não será processada", acrescentou o responsável governamental.
Segundo o ministro, desde 2016, mil caçadores, alguns com armas de guerra, foram detidos na Tanzânia.
Em fevereiro, a justiça tanzaniana condenou a 15 anos de prisão a chinesa Yang Fenlan, a 'rainha do marfim', pelo seu papel no tráfico de 860 presas de elefantes entre 2000 e 2014.
O comércio ilegal de marfim é principalmente incentivado pela Ásia e pelo Médio Oriente, onde as presas são utilizadas em procedimentos de medicina tradicional e para efeitos ornamentais.
Os elefantes são das espécies mais afetadas pela caça furtiva.
Posted on 05/09/2019 at 20:42 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Ndambi Guebuza revira tudo pela sua libertação e pediu nova audição de Filipe Nyusi
Ndambi Guebuza (filho de Armando Guebuza, ex-Presidente da República), que está preso em conexão com a as dívidas ocultas – acusado da prática dos crimes de chantagem, corrupção passiva, abuso de confiança, branqueamento de capitais, falsificação de documentos, uso de documento falso e branqueamento de capitais – está a jogar todas as armas possíveis pela sua libertação, e isso inclui rebuscar a participação de Filipe Nyusi na fraude, para exame. Por exemplo, no documento em que contesta o Despacho de Acusação, Ndambi Guebuza, através dos seus advogados, requer que seja ouvido, mais uma vez e como declarante, Filipe Nyusi sobre as decisões tomadas pelo Comando Operativo (órgão dirigido por si enquanto ministro da Defesa) relativas ao Sistema Integrado de Monitoria e Protecção (SIMP).
Recorde-se que, no dia 8 de Agosto de 2018, o procurador Alberto Paulo, que agora foi promovido a vice-procurador-geral da República, ou seja, para o segundo cargo mais importante do Ministério Público, ouviu em declarações Filipe Nyusi, no âmbito do processo das dívidas ocultas.
Nyusi foi ouvido na qualidade de ex-ministro da Defesa e um dos membros do Comando Conjunto das Forças de Defesa e Segurança que idealizou e pretendia implementar o chamado “Sistema de Monitoria e
Protecção da Zona Económica Especial”, que, na verdade, acabou como uma das maiores fraudes financeiras da História de África.
Nyusi disse ao procurador que, na qualidade de ministro da Defesa, era peça irrelevante no processo, e, por isso, na maior parte das vezes não foi envolvido. Nyusi disse que esse processo foi dirigido
superiormente por Armando Guebuza, na sua qualidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas, e que não participou na discussão das opções de financiamento nem na opção dos fornecedores dos equipamentos e que só ouviu sobre o assunto quando o caso foi despoletado na imprensa, apesar de, entretanto, o “Canal de Moçambique” ter provado, com documento, que Nyusi indicou o banco “Credit Suisse” a Manuel Chang.
Posted on 05/09/2019 at 18:34 in Dívidas ocultas e outras, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Banco VTB avisa que empréstimo de 535 milhões é para pagar ainda este ano
O presidente do banco russo VTB alertou hoje as autoridades moçambicanas que se o empréstimo de 535 milhões de dólares não for pago até ao final do ano o banco terá de decretar incumprimento financeiro, ou 'default'.
“Se os nosso colegas em Moçambique não tomarem medidas para acelerar este processo, teremos de declarar” em ‘default’ o empréstimo de 535 milhões de dólares feitos a uma empresa pública moçambicana com o aval do Estado, disse Andrey Kostin em declarações aos jornalistas à margem de um evento económico em Vladivostoque.
Os comentários de Kostin e o aviso relativamente ao pagamento do empréstimo da Mozambique Asset Management (MAM), no valor de 535 milhões de dólares, surgem numa altura em que Moscovo procura aumentar as relações comerciais com África, e pouco mais de um mês antes da Conferência Rússia-África, que decorre em outubro na Rússia, liderada por Vladimir Putin e pelo presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi.
O banco VTB está à procura de novos mercados no seguimento da obrigatoriedade de reduzir as operações na Europa devido às sanções decorrentes da anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, tendo feito de África uma das suas prioridades internacionais.
LUSA – 05.09.2019
Posted on 05/09/2019 at 17:55 in Dívidas ocultas e outras, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
RENAMO-Manifesto Eleitoral 2019
Um Programa de transformação do país para a Construção de uma Sociedade Livre, Justa e Próspera!
Introdução
As Eleições deste ano, 2019, constituem um momento histórico para Moçambique. Pela primeira vez, os moçambicanos vão eleger em simultâneo o Presidente da República, os Deputados da Assembleia da República, o Governador de Província e os Membros das Assembleias Provinciais. Estas Eleições representam uma das conquistas da luta da Renamo, do povo moçambicano, que têm vindo a travar com o regime do dia. Elas, são o fruto da luta abnegada de homens e mulheres engajados na luta da RENAMO e comprometidos com a causa da democracia no nosso país. Por isso, nestas eleições, os moçambicanos têm simples e facilita escolha a fazer:
• Avançar com a RENAMO e Ossufo Momade para a transformação do país.
A Resistência Nacional Moçambicana e Ossufo Momade, imbuídos pelos valores e princípios do respeito da pessoa humana, trazem uma agenda de transformação à moralização da sociedade e estabelecimento de um Estado de Direito em que os três poderes do Estado são funcionais e independentes.
Leia aqui Download Renamo Manifesto 2019
Posted on 05/09/2019 at 12:43 in Eleições 2019 Gerais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
04/09/2019
Terrorismo de estado
Por Edwin Hounnou
Esquadrões da morte são uma parte das forças de defesa e segurança do governo formadas e treinadas para perseguir, raptar e assassinar membros da oposição, de modo particular, pertencentes à Renamo e ao MDM. Nesta “árdua" tarefa de eliminar a oposição, intelectuais e académicos não agregados ao regime ficam, também, sujeitos à perseguição, rapto e espancamentos pelos esquadrões da morte. Nem às mulheres e alunos, confundidos como sendo da oposição, escapam às baionetas e balas dessas forças sinistras do regime. Não se pode dizer que tenham sido desmanteladas as causas de conflitos. Elas podem ser reactivadas a qualquer momento.
Quando a oposição discordar dos resultados eleitorais e a Renamo voltar às matas, os esquadrões da morte serão, de novo, lançados contra o povo, disseram, para salvar a Frelimo. Os esquadrões da morte são forças governamentais ao serviço do partido no poder, pagos pelos impostos de todos os moçambicanos para, no fim, matar os moçambicanos.
Os familiares que conseguimos alcançar foram dizendo os nomes dos seus parentes que foram raptados e desapareceram. Alguns corpos foram encontrados atirados numa mata, ao lado de um riacho. Outros desaparecidos foram achados já em ossadas em mata densa. Apresentamos a lista uma amostra das matanças que ocorreram contra populações civis e indefesas : 1. Raína Semo, 49 anos, em Dacata; 2. Kholhanifiye Wache, 45 anos, em Chinguno; 3. Jossefa Mateus Elidja, 62 anos, em Chingu o; 4. Jossias Dhaka, 50 anos, em Muceneze; 5. Timóteo Mandongue, 52 anos, em Mucheneze; 6. Zacarias Manteyeje, 51 anos, em Mucheneze; 7. Alfredo Camilo, 22 anos, Chinguno; 8. Pedro Maulae Muiambo, 60 anos, em Inhamucuho, delegado político do MDM; 9. Pita Chiténgua, 42 anos, em Djetche; 10. Hussuana Nhamunda, 36 anos, em Djetche; 11. Pita Djemusse Cumbuia, 36 anos, Chana; 12. Kefasse Tchipheslo Sithole, 55 anos, Chana.
Quando os esquadrões da morte e militares da Força de Intervenção Rápida chegassem a uma casa ou povoação, para além de caçar homens da oposição, extorquiam dinheiro que os camponeses acabavam de receber da venda de gergelim, milho e de outros produtos, roubavam o gado, deixando as populações cada vez mais empobrecidas.
As informações que nos chegam do interior da província de Manica são aterradoras. Estivemos nos distritos de Mossurize, Sussundenga e de Machaze, em quase todas as famílias há choro e luto porque, pelo menos, existe um parente – um pai, um filho, um irmão, um primo, um vizinho – que foi raptado, desapareceu e, mais tarde, o corpo foi achado crivado de balas, por homens que dizem desconhecer a sua proveniência nem a razão por que andavam a matar gente inocente, segundo afirmam. Dizem que os assassinos se faziam transportar em viaturas e andavam de casa em casa. Batiam a porta e chamavam a sua vítima. Quando o procurado não saísse para atendê-los, eles próprios arrombavam a porta e sacavam-no para fora. Clarificam, ainda, que vieram a saber, mais tarde, os assassinos procuravam por pessoas que suspeitavam que fossem da Renamo, simpatizante ou que tivessem algum laço com a guerrilha renamista.
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