Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 52- 16 de Setembro de 2019
Direcção do ICS impõe censura a jornalistas de rádios comunitárias em período eleitoral
O instituto de Comunicação Social (ICS), entidade do Governo que controla cerca de 60 rádios comunitárias em todo o país, emitiu uma circular datada de 11 de Setembro de 2019, a impedir os jornalistas das rádios comunitárias de exercer actividades jornalísticas remuneradas e de observação eleitoral, alegando que isso viola um conjunto de Leis.
A circular assinada pela respectiva directora-geral do ICS, Farida Abdula, alega que a Política Editorial do ICS, a Lei de Imprensa, a Lei de Probidade Pública, o Código de Conduta dos Funcionário e Agentes do Estado e o Estatuto geral dos Funcionários e Agentes do Estado, impedem os funcionários e agentes do ICS de estabelecer vínculos ou prestar serviços de correspondentes de órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros, de Organizações Não Governamentais, bem como exercer actividades de observação de processos eleitorais.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais_52-16-09-19-1-1
Posted on 16/09/2019 at 23:53 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Niassa e Nampula registam primeiros ataques armados
As províncias de Nampula e Niassa, no norte do país, registaram no princípio da noite da última sexta-feira (13) dois primeiros ataques armados, sendo um de cada lado, os quais resultaram em mortes e feridos graves.
Do lado da mais populosa província do país, os ataques tiveram palco no distrito de Malema, concretamente em Thui, região de Nakata, posto administrativo de Mutuali, e na província mais extensa e pobre do país, os eventos foram registados na região de Morus-so, distrito de Cuamba.
Fontes do Ikweli na região referiram que os ataques foram protagonizados contra uma viatura de transporte semi-colectivo de pessoas e bens e um camião. Os dois veículos saiam de Cuamba, um [a de passageiros com destino a Malema] e o outro não conseguimos apurar o seu destino. Nessas comunidades, os nossos contactos informaram que o motorista da viatura de transporte de passageiros perdeu a vida no local, e um número não quantificado de pessoas ficou ferido.
Enquanto que o condutor do camião não parou diante dos ataques. Também, há relatos que alguns passageiros do machimbombo foram catanados pelo grupo de malfeitores, cujo modus operandis assemelha-se ao dos insurgentes que desde 2017 têm vindo a semear terror no norte de Cabo Delgado.
As vítimas foram, a posterior, socorridas para o Hospital Central de Nampula (HCN), onde recebem cuidados médicos, incluindo que alguns deles foram já submetidos a cirurgias. O director do HCN, Cachimo Mulina, confirmou a imprensa na cidade de Nampula que a unidade sanitária registou a entrada de um corpo sem vida, em consequência de um ataque armado registado numa região do distrito de Malema.
A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, ainda não se pronunciou sobre a ocorrência. O Ikweli tentou colher algum posicionamento da corporação, mas o porta-voz do comando provincial remeteu o assunto para o habitual briefing semanal que se realiza nas segundas-feiras.
IKWELI - 16.09.2019
Posted on 16/09/2019 at 18:40 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Contencioso Económico-Financeiro entre Portugal e Moçambique na Transição à Independência por Abdul Magid Khan
Resumo
Esta dissertação debruça-se sobre o contencioso económico-financeiro entre Portugal e a Frelimo que resultou das desinteligências havidas entre as partes durante as negociações para a independência do território colonial de Moçambique.
Analisa a política económica colonial do regime do Estado Novo na segunda metade do século XX bem como as transformações levadas a cabo pela Frelimo como resultado da adopção da ideologia marxista. Descreve ainda as quatro fases de negociações que tiveram lugar após a assinatura do acordo de Lusaka, em Setembro de 1974, até o período próximo à proclamação da independência em Junho de 1975 que, dada a divergência das partes com relação às dívidas contraídas por Portugal para a realização de investimentos em Moçambique, resultaram no referido contencioso.
O contencioso económico-financeiro centrou-se em matérias como a nacionalização da banca portuguesa em Moçambique; na recusa de Portugal em transferir as reservas de ouro resultantes do pagamento deferido do salário dos trabalhadores moçambicanos nas minas da África do Sul; do tratamento e enquadramento dos cidadãos portugueses residentes em Moçambique; e de todas as questões sobre a Hidroeléctrica de Cahora Bassa.
Posted on 16/09/2019 at 12:48 in 25 de Abril de 1974, Acordo Lusaca e reacções - 07.09.1974, História, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
SIM, HOUVE TEMPO QUE NÓS O AMAMOS (PARTE I)
Obituário: Robert Gabriel Mugabe, 21 de Fevereiro de 1924 – 6 de Setembro de 2019
Por Wilf Mbanga (Traduzido por Lawe Laweki, com a autorização do autor)
Bem escreveu o William Shakespeare no seu livro Julius Caesar: ‘Houve tempo que vocês o amaram – e não foi sem justa causa. O que vos impede agora de chorarem por ele?'
(Wilf Mbanga partilhando uma piada com Robert Mugabe e Julius Nyerere em 1984)
Nós nos conhecemos em 1974 – eu era um jovem jornalista idealista, com apenas 27 anos de idade. E ele, com quase 50 anos, era um líder nacionalista icônico, a personificação de esperança dos negros por justiça e igualdade. Mugabe acabava de sair da prisão após 11 anos de encarceramento, sem julgamento, pelo regime racista de Ian Smith. Ficamos amigos. Escrevi a sua primeira biografia – apresentando-o ao mundo através do Grupo Argus.
Contudo, acho difícil chorar por ele hoje. Nenhuma gota de lágrimas me sai. Mas também não comemoro a morte dele. A minha emoção geral é de profunda tristeza – no que poderia ter sido e o que deveria ter sido. Profunda tristeza pela perda de tudo e pelo desperdício de tudo.
Os horrores de quase 40 anos do regime de Mugabe estão bem documentados: o derramamento de sangue, as injustiças, os massacres de Gukurahundi em Matabeleland, a demolição brutal de casas dos pobres em Murambatsvina, eleições roubadas e violência eleitoral horrível, invasões violentas de terras, a destruição de uma indústria agrícola vibrante, a inflação mais alta do mundo, 90% do desemprego – só para citar algumas coisas. Embora tudo isso tenha acontecido sob o seu olhar, existe um acalorado debate sobre a extensão da sua culpabilidade e a natureza do seu legado. O Mark Antony de William Shakespeare disse: 'O mal que os homens fazem vive depois deles; mas o bem é muitas vezes enterrado com eles. Será o Mugabe vilipendiado ou reverenciado pelas próximas gerações?
Surjan Singh terá recebido 5.7 milhões de dólares no caso dividas ocultas” em Moçambique
O cidadão inglês Surjan Sing, ex-director na instituição financeira internacional Credit Suisse, pode ter recebido, pelo menos, 5,7 milhões de dólares americanos no esquema de lavagem de dinheiro associado às “Dívidas Ocultas” de Moçambique.
Singh assumiu a culpa, semana passada, num tribunal de Brooklyn, Nova Iorque.
Na audiência, Singh admitiu ter recebido “milhões de dólares de comissões ilegais”, mas não especificou o montante que permitiu a sua facilitação do empréstimo do Credit Suisse a Moçambique.
Contudo, o juiz William Francis Kuntz disse-lhe que enfrenta a confiscação de 5,7 milhões de dólares, facto que Singh reconheceu.
O antigo executivo está em liberdade sob fiança e teve permissão para regressar a Londres, onde mora, devendo comparecer ao tribunal sempre que solicitado.
O acordo entre ele e o tribunal está selado.
Singh é o terceiro ex-funcionário do Credit Suisse a aceitar a culpa na lavagem de dinheiro, depois da búlgara Detelina Subeva e do neo-zelandês Andrew Pearse.
Os três, em conluio com Jean Boustani, da empresa naval Prinvivest, de Abu Dabi, e altos funcionários do Governo moçambicano beneficiaram de mais 200 milhões de dólares desviados de empréstimos feitos para alegadamente para a pesca de atum e protecção costeira.
Da parte moçambicana, o acusado mais mediático é Manuel Chang, ex-ministro das Finanças e deputado, detido na África do Sul, a pedido dos Estados Unidos e que aguarda a sua extradição para o Moçambique ou Estados Unidos.
A próxima audição para a decisão da extradição de Chang será a 16 de Outubro.
VOA - 16.09.2019
Posted on 16/09/2019 at 11:57 in Dívidas ocultas e outras, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
Quelimane: Homens armados incendeiam a casa da mãe de Manuel de Araújo, cabeça-de-lista da Renamo
Cinco homens armados incendiaram, na madrugada desta segunda-feira,16, a casa da mãe de Manuel de Araújo, edil de Quelimane e candidato da Renamo a governador da Zambézia nas eleições gerais deste ano.
“Incendiaram a casa da minha mãe”, disse Araújo à VOA, a partir de Milange, onde faz campanha com o candidato presidencial e líder da Renamo, Ossufo Momade.
Para ele, “até prova em contrário, o incidente tem todas as marcas de ter sido protagonizado por elementos do partido Frelimo, daí que solicito ao presidente Nyusi para garantir a implementação do Acordo de Paz de Maputo”.
António Zefanias, director de campanha de Araújo, disse que “para nós, até agora é uma acção de intimidação para desestabilizar a força do cabeça-de-lista”.
Segundo um dos vizinhos, que diz ter socorrido o guarda imobilizado pelo grupo, “eles estavam mascarados, tinham armas de assalto tipo AK47, pistolas e catanas, e usaram combustível para vandalizar a casa da dona Inês Mário Alculete”.
“Por sorte, ela não estava naquela casa”, disse.
Consta que o grupo pôs-se em fuga sem tirar nenhum bem na casa localizada no bairro de Coalane, um dos mais populosos da capital provincial da Zambézia.
Zefanias disse que agentes da polícia fizeram-se ao local para a perícia inicial e prometeram que mais trabalho será feito pelo Serviço de Investigação Criminal.
Este é o último caso reportado de violência numa campanha eleitoral que, em duas semanas causou, pelo menos, duas mortes, neste segundo maior círculo eleitoral do país.
VOA . 16.09.2019
Posted on 16/09/2019 at 11:47 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Acordo com credores é positivo mas não resolve financiamento necessário, considera a Fitch
A consultora Fitch Solutions considera que o acordo entre os credores da dívida e o Governo é positivo mas não resolve a necessidade de apoio externo, com os investidores a serem "altamente cautelosos".
De acordo com esta consultora detida pelo mesmo grupo que é dono também da agência de notação financeira Fitch, "o acordo é positivo porque melhora o perfil da dívida e a credibilidade orçamental a longo prazo, mas não resolve o problema da falta de apoio internacional ao orçamento, que é necessário para estimular o crescimento económico a curto prazo".
Na nota que comenta o acordo alcançado já este mês entre os credores dos títulos de dívida e o Governo relativamente à reestruturação da dívida soberana no valor de 726,5 milhões de dólares, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, a Fitch Solutions diz que foi "um marco" para o país e lembra que os anúncios dos acordos preliminares motivaram sempre reduções significativas nos juros cobrados pelos investidores, "o que mostra uma melhoria da confiança".
Os portadores de títulos soberanos de Moçambique aprovaram a reestruturação da dívida de 726,5 milhões de dólares que teve origem na empresa pública Ematum, anunciou o Governo a 9 de setembro.
"A proposta foi aprovada por meio de uma deliberação escrita dos obrigacionistas detentores de 99,5% do valor agregado do capital das notas existentes em dívida", lê-se em comunicado do Ministério da Economia e Finanças, que adianta que o voto favorável "inclui o Grupo Global de Obrigacionistas de Moçambique", que representa 68% dos títulos e que já tinha declarado apoio à proposta, restando chegar aos 75% de votos favoráveis para a reestruturação ter efeito - fasquia que foi superada.
"A resolução escrita entrará em vigor após a satisfação das condições de liquidação e espera-se que a distribuição inicial dos direitos ocorra no dia 30 de setembro de 2019", acrescenta o comunicado.
Para a Fitch Solutions, apesar deste acordo, "os investidores privados fora do setor dos hidrocarbonetos vão continuar altamente cautelosos sobre Moçambique nos próximos anos por causa das consequências do escândalo da dívida e do forte envolvimento do Governo na economia".
O crescimento económico abrandou de 7% entre 2010 e 2015 para 3,6% entre 2016 e 2018 e esta consultora prevê que a expansão económica abrande ainda mais, para 1,4% este ano, devido aos efeitos dos ciclones Idai e Kenneth, recuperando depois para 3,8% em 2020.
LUSA – 16.09.2019
Posted on 16/09/2019 at 11:32 in Dívidas ocultas e outras, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Malawi quer retomar projecto do porto do interior de Nsanje, no rio Chire
O Presidente do Malawi Peter Mutharika anunciou estar a espera do aval do governo de Moçambique para retomar o projecto do porto do interior de Nsanje, no rio Chire.
Mutharika que falava, este domingo, em Nsanje assegurou estar em conversações com as autoridades moçambicanas e logo que conseguir a autorização, retomará imediatamente com parte das infra-estruturas que estão em falta.
O projecto do porto de Nsanje, que foi idealizado pelo falecido presidente do Malawi, Bingu wa Mutharika, fracassou depois que o governo moçambicano exigiu uma avaliação abrangente do impacto ambiental, antes de sua implementação.
Na altura o presidente Bingu Wa Mutharika inaugurou o Porto Interior de Nsanje em 23 de Outubro de 2010, a terminal da ambiciosa hidrovia Chire-Zambeze, que liga o Malawí, ao porto de Chinde, em Moçambique.
A hidrovia poderia reduzir os custos de transporte e da factura anual de importação do Malawi, estimada em cerca de 175 milhões de dólares, de acordo com um estudo realizado em 2005.
Na campanha eleitoral de 2014, Mutharika prometeu abrir o porto no mesmo dia em que ele juraria como presidente, se vencesse.
No entanto, nada aconteceu durante seu primeiro mandato de cinco anos antes de ser reeleito em Maio de 2019, embora o seu governo tenha gastado 14 biliões de kwachas, cerca de um bilião cento e quarenta milhões de meticais no projecto.
Em Fevereiro do presente ano, Mutharika prometeu construir um porto seco avaliado em USD 600 milhões, em Liwonde, para conectar o distrito de Machinga ao corredor de Nacala.
RM Lilomgwe – 16.09.2019
Posted on 16/09/2019 at 11:25 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Governo seleciona consórcio para projetar e escolher parceiro para futura barragem
O Governo selecionou um consórcio de quatro empresas para prestar assistência técnica na elaboração do projeto de Mphanda Nkuwa, uma nova barragem no centro do país, disse hoje à Lusa fonte oficial do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (Mireme).
A contratação do serviço de consultoria "irá imprimir celeridade no processo de seleção do parceiro estratégico para o desenvolvimento do empreendimento", referiu a mesma fonte.
O consórcio selecionado através de concurso público lançado pelo Mireme em março é constituído pela firma financeira Synergy Consulting, pela empresa de engenharia Worley Parsons e pelas sociedades de advocacia Baker Mckenzie e HRA Advogados.
O consórcio vai trabalhar com o Gabinete de Implementação do Projeto Mphanda Nkuwa, "prestando assessoria de toda a natureza requerida para viabilizar a atualização dos estudos técnicos e para a seleção do parceiro estratégico que se deverá juntar as empresas públicas Electricidade de Moçambique (EDM) e a Hidroelétrica de Cahora Bassa (HCB) no desenvolvimento das infraestruturas".
Prevista há vários anos para produção de eletricidade, a ideia de Mphanda Nkuwa foi relançada em 2018 pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e poderá ser a maior barragem de Moçambique depois de Cahora Bassa, situada 60 quilómetros a jusante desta, também no rio Zambeze, interior centro de Moçambique - 1.500 quilómetros a noroeste de Maputo, a capital moçambicana.
Em entrevista à Lusa, há um ano - após relançado o projeto - o vice-ministro da Energia e Recursos Minerais, Augusto de Sousa, referiu que a barragem de Mphanda Nkuwa deverá demorar, pelo menos, mais uma década até estar construída e em funcionamento.
LUSA – 16.09.2019
Posted on 16/09/2019 at 11:10 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Cahora-Bassa - Vale do Zambeze, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações | Permalink | Comments (0)
COMUNICADO DE IMPRENSA FACE AO CRIME CONTRA PROPRIEDADE(CASA) E A VIDA PROFESSORA INÊS MÁRIO ALCULETE, MÃE DE MANUEL DE ARAÚJO
COMUNICADO DE IMPRENSA FACE AO CRIME CONTRA PROPRIEDADE(CASA) E A VIDA PROFESSORA INÊS MÁRIO ALCULETE, MÃE DE MANUEL DE ARAÚJO
Moçambicanos, Zambezianos, Quelimanenses e amigos da Democracia, da Paz e da Reconciliação Nacional em Moçambique
Na madrugada desta segunda-feira, 16 de Setembro de 2019, indivíduos até aqui desconhecidos e até agora monte, mas que pelo modus operandi aparentam ser membros do Partido Frelimo, incendiaram a casa da professora Inês Mário Alculete, mãe do actual edil da cidade de Quelimane e Cabeça de Lista as Eleições Provinciais na Zambézia (e candidato a governador da Zambézia), Manuel de Araújo, no bairro Coalane II. Para lograrem os seus intentos, os criminosos traziam 40 litros de combustível em dois bidões de 20 litros cada. Acto contínuo forçaram o guarda a mostrar a janela do quarto da mãe do candidato e disseram que queriam matá-la. Os malfeitores depois de terem amarrado o guarda, amordaçaram-no e lançaram os 40 litros de combustível para o interior da casa, e de seguida atearam fogo ao quarto da mãe do Candidato.
Esta situação preocupa-nos por se tratar de um atentado a vida de uma compatriota, pelo simples facto de ser progenitora de um candidato, o que viola de forma flagrante não só o espírito como também a letra da Constituição da República de Moçambique, do Acordo de Cessaçāo de Hostilidades, do Acordo Definitivo de Paz de Maputo bem como todos os instrumentos regionais, continentais e internacionais sobre direitos humanos de que Moçambique e signatário (Declaração Universal dos Direitos Humanos, Pacto Internacuonal sobre os Direitos Civis e Politicos, Carta Africana sobre os Direitos Humanos e dos Povos entre outros).
Esta situação preocupa-nos por se tratar de um atentado a vida de uma compatriota, pelo simples facto de ser progenitora de um candidato, o que viola de forma flagrante não só o espírito como também a letra da Constituição da República de Moçambique, do Acordo de Cessaçāo de Hostilidades, do Acordo Definitivo de Paz de Maputo bem como todos os instrumentos regionais, continentais e internacionais sobre direitos humanos de que Moçambique e signatário (Declaração Universal dos Direitos Humanos, Pacto Internacuonal sobre os Direitos Civis e Politicos, Carta Africana sobre os Direitos Humanos e dos Povos entre outros).
Posted on 16/09/2019 at 10:59 in Eleições 2019 Gerais, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
CABO DELGADO - Quartel de Macomia atacado pelos insurgentes(3)
Cabo Delgado ta mal veja isso quartel da UIR assaltado pelos criminosos ,, como advoga a Frelimo, , queimaram blindado Mahindras muitos colegas mortos inclusive o comandante da companhia deste quartel morreu.
Noticia agora mesmo confirmada
é um absurdo..como é que entram num quartel e liquidam tudo_
Onde estavam os russos???
(Recebido por Mensager)
NOTA: Para quando um pronunciamento oficial? Onde andam os midia?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 16/09/2019 at 10:43 in Cabo Delgado - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
Grupo armado ataca autocarro e camião de mercadoria em Malema
Eram 17 horas e 55 minutos, da última sexta-feira (13 de Setembro), quando pouco mais de 15 homens, fortemente armados, atacaram um autocarro e uma viatura pesada de transporte de mercadoria, da marca Freightliner, a 40 Km da Vila-Sede do distrito de Malema. Do ataque, resultou uma morte (motorista do autocarro), cinco feridos (passageiros que seguiam no autocarro) e o roubo de dinheiro e bens, conforme contam as fontes da "Carta" naquele distrito, localizado no noroeste da província de Nampula.
Segundo apurámos, o ataque ocorreu no troço entre a vila-sede de Malema e a Localidade de Nacata e os veículos vinham do vizinho distrito de Cuamba, localizado no sudeste da província de Niassa. De fontes oficiais, soubemos que, dos cinco feridos, três estão a receber assistência médica no Hospital Central de Nampula. De acordo com os sobreviventes, os homens que atacaram os veículos falavam as línguas "chisena e ndau" e estavam armados com AK-47, pistolas e armas brancas.
Durante o ataque, os indivíduos exigiram que todos os passageiros tirassem valores e que não se agitassem. Uma fonte oficial garantiu que, nos últimos dias, o cenário é de medo, tendo inclusive afectado a campanha eleitoral, com os partidos políticos a não saírem para a habitual "caça ao voto".
De salientar que este é o segundo ataque a ser registado na província de Nampula, em dois anos. A 27 de Agosto de 2017, dois indivíduos atacaram o Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique, na vila de Nametil, no distrito de Mogovolas, onde roubaram armas de fogo. Os referidos indivíduos dirigiram-se àquele local, fingindo querer apresentar uma queixa contra terceiros, entretanto, no interior das instalações tiraram armas de tipo pistola, tendo assassinado o oficial de permanência e ferido gravemente outro agente.
"Carta" procurou, durante o fim-de-semana, ouvir a versão da Polícia, mas sem sucesso. (Omardine Ornar)
Posted on 16/09/2019 at 10:27 in Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
15/09/2019
Dilema: ciência e a ética [Elementos de Autocrítica]
Por Major Manuel Bernardo Gondola
A ciência por definição ela busca o novo. Destarte, a ideia da ciência é que nós tentamos inventar o mundo porque afinal de contas ela é uma procura pelo que nós ainda não conhecemos.
Então, o caminho da ciência, os caminhos das ciências é essencialmente uma invenção daquilo, que é desconhecido no momento. A descoberta. O que é a descoberta? A descoberta é a coisa que antes nós não sabíamos que existia ou achávamos, que talvez pudesse existir só na [intuição] mas, não existe uma certeza com relação a isso.
Então, a ciência ela procura o que nós não conhecemos e às vezes ela encontra o inusitado [incomum]. Muitas descobertas cientificais são descobertas, que são [inesperadas] e que podem mudar profundamente a nossa visão de mundo e essas coisas acontecem sem um plano principal. Ou seja, a maioria das grandes [descobertas científicas] no decorrer da história, elas foram feitas sem pensar muito no que vai acontecer depois delas. Elas eram simplesmente nutridas pela essa urgência que é tão profundamente humana a de conhecer o mundo.
Mas, existe o outro lado também. A ciência não é só essa coisa “romântica” das grandes descobertas, esse é um lado muito aplicado da ciência. Então, quando nós falamos sobre ética e ciência nós temos sempre que falar não só…, desse contexto das grandes dúvidas, das grandes perguntas que nós fazemos mas, também de como que a ciência é aplicada ou define o nosso dia-a-dia. Ai nós temos a ética.
Eleições Gerais 2019 - Boletim Sobre o Processo Político em Moçambique Número 51- 15 de Setembro de 2019
Tragédia em Nampula: guarda presidencial bloqueou portões e impediu saída de pessoas do estádio
A actuação de agentes da Casa Militar da Presidência da República, um comando especial das forças de defesa e segurança, responsável pela protecção do presidente da República, pode estar por detrás da tragédia de Nampula, que causou a morte de pelo menos 10 pessoas e aproximadamente 100 ficaram feridas.
O incidente aconteceu no dia 11 de Setembro no Estádio 25 de Junho, em Nampula. Um reduto com capacidade de acolher 5 mil pessoas, mas que, de acordo com os presentes, tinha muito mais pessoas. O candidato da Frelimo à sua própria sucessão na presidência da República, Filipe Nyusi, havia acabado de sair do Estádio quando milhares de pessoas tentaram sair ao mesmo tempo e usando um único portão aberto. Alguns caíram e foram pisoteados até à morte. Outros morreram no hospital e dezenas contraíram ferimentos. Nenhuma televisão mostrou o momento do incidente e nem há imagens nos smartphones a circular nas redes sociais, como seria de se esperar. Afinal o que causou esta tragédia?
Nos quatro dias que seguiram ao incidente, o Boletim investigou o caso, conversando com pessoas presentes no evento, incluindo jornalistas e agentes da Polícia, e traz novos elementos sobre o incidente.
Leia aqui Download Eleicoes-Gerais-51-15-09-19
África do Sul envia missão a países africanos após onda de violência xenófoba
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, enviou uma missão a sete países africanos para entregar mensagens de solidariedade devido à vaga de violência xenófoba no país, anunciou hoje a presidência da República.
A missão, composta pelo ex-ministro da energia Jeff Radebe, o embaixador Kingsley Mmabolo e o veterano do partido no poder Khulu Mbatha, visitará Nigéria, Níger, Gana, Senegal, Tanzânia, República Democrática do Congo e Zâmbia, refere a presidência sul-africana em comunicado divulgado hoje na página oficial de internet.
Moçambique e Portugal, cujas diásporas na África do Sul foram também afetadas pela violência xenófoba, não são mencionados no comunicado presidencial como parte do itinerário dos enviados especiais nomeados pelo chefe de Estado sul-africano.
O comunicado adianta que os enviados especiais partiram da África do Sul no sábado "para entregar mensagens de solidariedade a vários Chefes de Estado e de Governo em África".
De acordo com o comunicado, os enviados são portadores de uma mensagem do presidente Ramphosa "sobre os incidentes de violência contra imigrantes estrangeiros na África do Sul, que se manifestaram em ataques a estrangeiros e na destruição de propriedades".
"Os enviados especiais têm a tarefa de tranquilizar os países africanos de que a África do Sul está comprometida com os ideais de unidade e solidariedade pan-africanas. Os enviados especiais vão também reafirmar o compromisso da África do Sul com a Lei e Ordem", salienta a nota.
Violência xenófoba na África do Sul cria medo e esvazia bancas em Moçambique
Marina Rungo, 47 anos, pagou o ensino aos filhos com o que ganha em bancas de venda de vegetais importados da África do Sul, mas os ataques contra estrangeiros naquele país estão a ameaçar o negócio.
Mãe de três filhos, não conhece outra profissão senão a de comerciante.
Compra na África do Sul, revende no mercado grossista do Zimpeto, arredores de Maputo, mas hoje, com a vaga de violência xenófoba no território sul africano, a vendedora teme pelo seu negócio, sustento da família há mais de 20 anos.
Marina viajava pelo menos duas vezes por semana à terra do "rand" - moeda sul-africana - para abastecer duas bancas.
Eram sempre duas horas de viagem arriscadas, 200 quilómetros, de Maputo até à cidade de Mbombela (também conhecida como Nelspruit), na África do Sul, descreve, aludindo a frequentes assaltos a viaturas na estrada que liga os dois países, mas diz que "dava para sobreviver".
"Agora, com a xenofobia, a situação piorou. Quem viaja para lá nestes dias arrisca a vida. Eu não viajei nas últimas duas semanas", conta a comerciante à Lusa.
As bancas do mercado grossista do Zimpeto, famosas por terem quase sempre batatas e cebolas frescas, não são mais as mesmas: os produtos estão a acabar e não há alternativas, tendo em conta que o mercado interno não consegue alimentar um dos principais pontos de abastecimento da capital moçambicana.
"Não temos outra saída senão ficar aqui mesmo, à espera que aquilo [a vaga de ataques] acabe. Eduquei o primeiro filho com esta banca e ele já está a trabalhar. A minha outra filha, a última, está na faculdade graças a este negócio", acrescenta Marina Bernardo, na esperança de que os dois governos façam "alguma coisa rapidamente".
"Somos todos africanos, temos sul-africanos a residir e a trabalhar aqui. Imagine se fizéssemos o mesmo. O que seria da região", questiona.
Posted on 15/09/2019 at 17:49 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, África - SADC | Permalink | Comments (0)
"Insurgentes" atacam a 40 Kms de Malema(Nampula)
Mosse houve ataque há 40 km da vila sede do distrito de MALEMA.
O motorista da mini-bus foi atingido mortalmente e cinco pessoas ficaram feridas, três das quais evacuadas ao hospital central de Nampula para lhes serem extraídas balas.
Os atacantes expressavam-se em língua sena e ndau. Empunhavam quatro Ak47, uma pistola e armas brancas.
O ataque ocorreu por volta das 17h55 de ontem. Uma fonte do governo de MALEMA disse que os ocupantes do autocarro foram roubados dinheiro e todos bens. O mesmo aconteceu com um frete line que seguia atrás do autocarro.MM
O motorista da mini-bus foi atingido mortalmente e cinco pessoas ficaram feridas, três das quais evacuadas ao hospital central de Nampula para lhes serem extraídas balas.
Os atacantes expressavam-se em língua sena e ndau. Empunhavam quatro Ak47, uma pistola e armas brancas.
O ataque ocorreu por volta das 17h55 de ontem. Uma fonte do governo de MALEMA disse que os ocupantes do autocarro foram roubados dinheiro e todos bens. O mesmo aconteceu com um frete line que seguia atrás do autocarro.MM
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