Somos
finalistas da categoria Inovação do prêmio Gabriel García Márquez de jornalismo, o maior da América Latina. "
O fim de uma facção", reportagem especial que publicamos no ano passado, ficou incrível porque, além de contar uma história eletrizante, foi o primeiro especial com foco em design e programação do
Intercept Brasil. Essa newsletter conta a história da reportagem que envolve a favela mais disputada do país, um traficante fugindo em um porta-malas e uma guerra sangrenta que acabou com uma das maiores facções do mundo.
Encravada entre bairros chiques, a Rocinha tem 100 mil habitantes – é um pote de ouro do mercado das drogas ilegais. Em 2011, o Nem, chefe do tráfico no local, foi preso tentando fugir no porta-malas de um carro. Sem ele na jogada, traficantes começaram uma batalha pelo controle da favela, entre ele e Rogério 157, até então seu pupilo. Ambos faziam parte da facção Amigos dos Amigos, a ADA, uma das mais tradicionais do Rio, com mais de 20 anos de atuação.
Nossa ideia era contar como todo esse fuzuê estava destruindo a própria ADA. Levantamos muita informação: nomes de bairros, favelas, apelidos de traficantes, facções. Como contar essa história sem que isso perdesse o sentido ou ficasse chato?
Foram necessários nove meses de trabalho e 8 profissionais: jornalistas, designers e uma pesquisadora especializada no tema. Nos debruçamos sobre um levantamento exclusivo baseado em dados do Disque Denúncia, cruzamos com informações que levantamos na imprensa e entrevistamos ainda agentes públicos, repórteres que cobrem a área há muitos anos, moradores e, claro, alguns dos envolvidos na narrativa.
Enquanto a imprensa carioca se recusa a dar os nomes das facções criminosas, nós investimos pesado (tempo, pessoal e dinheiro) para explicar a você, nosso leitor, como funciona essa trama e como ela é decisiva para o cotidiano da cidade. Foi cansativo, mas foi muito bom trabalhar em cima desse material. O
Intercept Brasil existe exatamente para contar histórias como essa.
E quanto mais você apóia nosso jornalismo, mais somos capazes de produzir. Topa contribuir para que o TIB faça mais investigações originais?FAÇA PARTE → Passada a etapa da pesquisa, fechamos a primeira versão do texto e aí o time de design entrou em campo. Criamos um layout usando um programa chamado Sketch e programamos o site usando diferentes linguagens de programação na plataforma Webflow. Os mapas foram desenhados em vetores e o conteúdo multimídia foi cuidadosamente tratado antes de ser colocado na matéria.
Depois vieram os testes de visualização no computador e em celulares. Pequenos bugs corrigidos, quase tudo pronto. Faltava, então, fazer a versão em inglês. Parece fácil, só traduzir! Mas… não.
Entrou então pro jogo o editor Andrew Fishman. Ele foi a peça central para fazer o público estrangeiro entender uma história que, mesmo para quem fala português, já era uma grande novela. Ter um bom tradutor fez toda diferença. Era preciso alguém que conhecesse muito bem a cultura brasileira e conseguisse passar tudo para o inglês. Ninguém melhor que Andrew Nevins, que traduziu vários livros do escritor Laurentino Gomes.
No final, saiu o thriller que vocês podem ler (e ver) clicando
aqui. Será que a gente traz o caneco da Colômbia. Seria um feito inédito pro TIB. A premiação é dia 03 de outubro, em Medellín.
Vamos à Colômbia para o Gabo, mas, você sabe, a redação do TIB não para. Estamos nesse momento trabalhando em outra super matéria que está em produção há doze meses. Vem mais especial por aí porque o
Intercept Brasil vai continuar a contar as melhores histórias da maneira mais ousada. Isso só acontece porque nós temos a liberdade para fazer nosso jornalismo de modo realmente independente.
Venha fazer jornalismo sem rabo preso e eletrizante com a gente.FAÇA PARTE →
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