Depois de perseguir, reprimir e violentar a religião, o regime da Frelimo procura agora o amparo do chefe espiritual de uma das confissões religiosas mais maltratadas no Moçambique pós-independência. O actual chefe de fila do regime surge alegre e sorridente ao lado do Papa numa altura em que a sociedade civil moçambicana e organizações internacionais de direitos humanos denunciam graves atropelos à lei. A visita do Sumo Pontífice ocorre num momento em que os cidadãos moçambicanos preparam-se para exercer um direito duramente conquistado - o de livremente elegerem e de serem eleitos -, mas que a junta militar no poder em Moçambique espezinha de forma ostensivamente clara, desta vez com a particularidade do déspota da Ponta Ver melha ter publicamente ameaçado exercer represálias contra instituição nacional idónea por se ter distanciado de mais uma burla eleitoral engendrada pelo regime.
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