Thursday, September 12, 2019

Cabeça de Joaquim Sive é a sacrificada pela tragédia de Nampula


Por Nazira Suleimane
Joaquim Sive, comandante da polícia da República de Moçambique em Nampula acaba de ser afastado do cargo em decorrência da tragédia ocorrida ontem, no estádio 25 de Junho, depois do comicio do candidato da Frelimo, Filipe Nyusi.
Pelo menos 10 pessoas morreram e há registo de dezenas de feridos.
A noite de ontem foi de pânico em Nampula, a chamada capital do norte, um municipio sob batuta de Paulo Vahale, o autárca da Renamo eleito nas últimas duas eleiçóes.
Fontes do Moz24h em Nampula disseram que as vitimas foram evacuadas para o hospital Central de Nampula que aos prantos clamavam por socorro. A imprensa terá sido amordaçada de registar a desgraça através de áudios ou fotografias por membros do partido Frelimo.
O Centro de Integridade Publica (CIP) refere no seu Boletim que Eufrásio Gilberto, operador de câmara da HAQ Televisão, na tentava registar o sucedido, “foi ameaçado com uma arma de fogo do tipo pistola quando era forçado a entregar a máquina. Leornardo Gimo, da TV Sucesso foi forçado a apagar todas as imagens que teria conseguido captar”.
Uma equipa composta pelos Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (Celso Correia) e Ministro dos Transportes e Comunicação (Carlos Mesquita), acompanhada da Chefe da brigada central do partido Frelimo de assistência política a província de Nampula (Margarida Talapa), deslocou-se de emergência àquela unidade sanitária para inteirar-se do estado clínico das vítimas que se encontram sob cuidados médicos intensivos.
A demissão de Joaquim Sive, por ordem emanada por Bernardino Rafael, o seu comandante geral e policia número um do Estado Moçambicano está a levantar as mais diversas interpretações nos circulos forenses. É que Sive, em Abril deste ano numa cerimónia de graduação de novos agentes queixou das condições da PRM naquele ponto do país. Sive teria dito mesmo que os agentes da corporação “mais antigos sempre trabalharam com défice de meios e recursos” mais mesmo assim este facto nunca condicionou a sua presença na manutenção da ordem e segurança pública.

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