Monday, July 1, 2019

Perguntas a Carlos Mesquita!


Senhor ministro, não vamos ter cerimónias em lhe fazer certas perguntas, sobretudo quando elas estão relacionadas com o nosso património. A empresa Aeroportos de Moçambique é nossa, nós o povo. Por isso queremos saber qual é a dimensão precisa do buraco financeiro existente. Não nos venha com rodeios ou com o politicamente correcto. Isso de dizer que a empresa está em contacto com o Governo, não resolve a nossa inquietação.
O que sabemos é que a empresa deve 820 milhões de meticais ao extinto Nosso Banco e 17 mil milhões de meticais à banca no geral. Onde é que se há-de ir buscar tanto dinheiro porque a empresa não gera lucros? O senhor diz que a empresa não está a ter lucros como se previa. Afinal que estudo foi esse que, a julgar, punha a empresa a nadar em dinheiro a tal ponto de ir buscar empréstimos chorudos? Quem foi o responsável? O assessor Diodino Cambaza? A Comissão Política da Frelimo? Quem? O povo tem o direito de saber.
Há quanto tempo esta empresa não publicita o seu relatório e contas, como mandam as normas? O que a empresa realmente esconde? Afinal porquê as empresas públicas são todas deficitárias? Qual é a necessidade de se construir um aeroporto na província de Gaza, se o de Nacala já tem os problemas que tem? Vocês estão mesmo preocupados com este País?
As contas da empresa Aeroportos de Moçambique estão congeladas em virtude da dívida. O de Nacala é um elefante branco. Perspectivamos construir outro em Gaza. Isto parece ser salada russa. O problema é que a comissão liquidatária do Nosso Banco exige que a sua dívida seja paga em um ano. Donde virá tanto dinheiro? Se fosse a sua Cornelder, como é que o senhor iria agir?
Responda o que o senhor quiser responder, mas nós, o povo, sabemos que o buraco nas finanças da empresa Aeroportos de Moçambique deriva da má gestão e da interferência política. Não se pode misturar política com negócios. Ora, se já temos estes problemas, repetimos, para quê avançar na construção do Aeroporto de Xai Xai?
Os Relatórios de Contas da empresa no período de 2012 a 2016 já mostravam que os aeroportos já eram um fardo para as contas públicas e será um ónus para as gerações futuras. A empresa não tem receitas próprias agradáveis e mesmo assim vem contraindo dívidas para a construção de grandes obras e reabilitações dos diversos aeroportos. Nós sabemos que será o povo a pagar estas dívidas já que elas são acompanhadas por cartas de conforto, ou seja, se os aeroportos não têm capacidade de reembolso para estes empréstimos, o Estado vai entrar e vai pagar. Portanto, o dinheiro do povo.
Essas construções descabidas que sufocam as contas dos Aeroportos de Moçambique são decididas ao nível político. São decidas pelos generais Chipande e companhia. Como é que se há-de fiscalizar o bom desempenho da empresa? Senhor ministro, nunca resultou misturar negócios com a política.
No Orçamento do Estado não há informação nenhuma sobre as empresas públicas. Isto não pode ser, tem que haver transparência e disponibilidade de informação. Poucas empresas emitem e publicam os seus relatórios e contas. As empresas públicas devem agir de forma mais transparente só assim saberemos de que forma elas são geridas. A interferência política na gestão das empresas públicas, faz com que sejam tomadas decisões que não são acompanhadas de estudos de viabilidade. O que acontece é que muitas delas estão falidas e precisam de ser reestruturadas.
Essas empresas, por outro lado, a sua gestão não é transparente porque são um verdadeiro saco azul do partido Frelimo. A Frelimo sempre foi parasita, rapinou essas empresa e hoje estão de rastos e quem vai pagar sou eu e tu e os nossos filhos-o povo moçambicano!
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Comentários
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  • Caetanno José Armindo E como se não bastasse ainda estão a fechar outra bolada para gaza!
    Meus amigos qual é a viabilidade de um aeródromo/aeroporto em Gaza? Sinceramente...
    É preciso ser muito ingénuo para tentar enganar o povo à esta dimensão.
  • Mathause Sithoye Gostei da pergunta: "Vocês estão mesmo preocupados com este país?". Tenho sérias dúvidas!!! Se de facto estão preocupados, então, não conhecem a realidade do país que dirigem, ou, no mínimo, as suas necessidades elementares
  • Manuel Fernando Da Conceição Amigos e amigas, primeiro antes de se sonhar em fazer essa infraestrutura possivelmente fizeram um estudo de viabilidade para averiguar se daria retornos visto que apesar de ser comparticipada pelo Estado existem outros entes que são os accionistas e sinceramente acho que ou foi negligência ou foi uma forma de introduzir outras despesas ao estado como forma de branqueamento de capitais
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  • Augusto Stefan Junior Este pais cada dia nos tira o sono, isto é parece que estamos alugar no nosso proprio pais??😭😭😭😭😭😭😭😭
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  • Moises Moises Machado Isso é prova de que Moçambique esta sendo governado por gangsters que só cabem ao povo o que fazer???
  • Nurmamade Satar Adam Esse senhor usa nosso dinheiro para empresas dele
  • Vasco Alfabeto Pelo que eu sei,um empregado não pode obedecer dois patrões e eu pergunto:
    sr. ministro a quêm você serve?Ao povo ou ao partido? Adolfo Mequito da LC Francisco Sérgio Cumbi Kyng Marcos Dérçio Sérgio Cumbi
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  • Carmelo Pontes MÁ Gestão depois privatizam e dividem os espolios
  • José Pedro Pagula Vai acabar daqui a pouco
  • Bernabe Alexandre MOÇAMBIQUE TA DAMAIS
  • Fauzio Mussagy Fernandes Certificado de incompetência...
  • Dauck Fumo Coisas de vergonha mesmo
    • Alice Mabota Quando teremos coragem de separar partido do estado?
      Será que o país não pessoas competentes para dirigir?
      Será que a nossa capacidade só se esgota nos murmúrios dos Facebook?

      Homens e mulheres acordem
      Nos três que se foram capazes de trazer a independência e a democracia também são capazes de reorganizar o país 
      Dia 15 coloquem pessoas certas para pelo menos em 10 anos dar sinais de mudanças para o melhor
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    • Dauck Fumo O povo Moçambicano ainda tem aquela mente de Crianças, agora tamos a reclamar mas quando chega a hora do voto e somos enganados pelas camisetes, Capulanas e chapeus, ja nos esquecemos do passado. E ai voltamos a cometer o pior erra que o passado

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