Pelo cenário actual, podemos perceber que as eleições (incluindo as de 2019) estão em risco, agora não por mera hipótese académica.
Assim é porque há quem, na Bancada Parlamentar da FRELIMO, acha que se o Chefe de Estado convocou as eleições municipais para 10 de Outubro, pode as desconvocar. E quem disse isso pretendia apoiar incondicionalmente a sábia, visionária e clarividente decisão anunciada pela Chefe da Bancada, de condicionar a realização da sessão da Assembleia da República que devia aprovar a revisão de algumas leis que compõem o chamado pacote eleitoral, ao desarmamento da Renamo.
Ora, imaginemos que não se realizem as eleições no dia do meu aniversário. Qual vai ser a solução para os órgãos autárquicos eleitos em 2013, cujos mandatos expiram em Fevereiro de 2019? Qual vai ser a solução jurídica para esta vexata quaestio? Manter-se-ão em funções os tais órgãos? Se sim, até quando e com que base? Malta Vahanle, Tocova, Sibindy, vão olhar e bater palmas com a situação? Será que a solução deste imbróglio virá de uma cimeira em Nhamapadza, Nhautchendje ou Nhariroza, entre Sexa PR e o Coordenador?
Por outro lado, assumindo que a Renamo venha dizer-nos, mas próximas horas ou dias, que vai iniciar o desarmamento, que garantias teremos, sendo certo que é pouco provável que se conheça o arsenal e a capacidade humana militar da Renamo?
Cada dia que passa, na incerteza, fico mais deprimido ainda, sobretudo quando, há semanas, parecia que havia um alinhamento total entre as partes.
Definitivamente, fica evidente que há quem esteja a levar o Presidente Nyusi para o terraço do prédio “33 Andares” e no fim dizer que as escadas e elevadores estão bloqueados, mas que há necessidade urgente de chegar ao rés-do-chão.
Apreciando o Cenário nas Calmas😎
Olá paz!
Sem comentários:
Enviar um comentário