Sangria dos politicos do MDM enfraquece a confiança do eleitor
Os partidos politicos nos pleitos eleitorais servem como mecanismo de coordenação de preferências dos eleitores, eles funcionam como atalhos decisórios, pois conseguem congregar um grande número de candidatos sob uma única “etiqueta”. Muitas vezes é difícil diferenciar um candidato ou cabeça de lista à deputado ou para edilidade da cidade, mas sabendo os partidos de cada um, esta escolha fica mais fácil. Por isso a migração de indivíduos, de um partido a outro, é um acto avassalador para uma democracia jovem como a nossa. No caso do MDM que vai sangrando seus deputados (nessa troca-troca) para a Renamo indica uma crise política interna e intensificação da infidelidade partidária devido ao centralismo de poder dentro do partido nos últimos anos, apesar do seu presidente negar que haja crise no MDM. É questão de ter coragem de acarear a verdade. Na política os aliados de hoje são os inimigos de amanhã”, já dizia Nicolau Maquiavel. Tal frase nunca foi tão actual, especialmente para tentar explicar o fenômeno da migração partidária que passa a fazer parte das práticas e costumes dos políticos moçambicanos. A migração de politicos de um partido a outro leva-me a crer que se trate de um comportamento individualista dos políticos através da alteração de correlação de forças sem o aval eleitoral, por meio do voto dos eleitores, que votam escolhendo um parlamentar de um determinado partido e, por sua conveniência, esse parlamentar migra para outro partido que lhe traga alguma vantagem, enfraquecendo assim a confiança que o eleitor deposita nesse candidato, espécie de fraude e ou traição ao eleitor. Uma das razões principais pelas quais os politicos trocam de partido é o objetivo de maximizar suas chances de sucesso na carreira, por tanto um objetivo meramente individualista e não coletivo por isso a migração partidária somente ocorre, tendo em vista um conjunto de elementos “de caráter contextual, conjuntural e
institucional”, em que o politico decide sobre sua filiação partidária.
A fidelidade partidária até recentemente era discutida de forma muito discreta, e sua inclusão no texto constitucional não foi suficiente para imprimir à legislação a força necessária para proceder à cassação dos candidatos eleitos que viessem a trocar de Partido, por sua vez, a nossa constituição perdeu a oportunidade de regulamentar muito exteitamente o assunto, em termo de condições e prazos dessa "troca-troca" que interessa não apenas aos partidos, mas sobretudo, ao eleitor, deixando a cargo dos partidos a responsabilidade quanto à regulamentação do tema por meio de seus estatutos e das liberdades individuais que é uma abjeção á fidelidade partidária como atributo, ou qualidade, que determinam um vínculo entre um filiado e o partido político; entre partidos, no interesse mútuo; ou ainda, entre o eleitor e o candidato. Em Moçambique está a nascer uma tendência concomitantemente de fatores que em outras nações, seriam considerados excludentes ou conflitantes, temos regime presidencialista com sistema eleitoral em função dos cargos e vagas disputados e uma estrutura partidária a dar brechas para uma escassa densidade e graus extremamente baixos de fidelidade e disciplina partidária a ter lugar agora, isto pode baixar a confiança do cidadão na aderência às urnas para as eleições devido à falta de credibilidade nos políticos que têem a susceptibilidade de se desonrar politicamente, porque justamente os partidos políticos nas eleições devem servir como mecanismo de coordenação de preferências de eleitores e não grupos de gente sem palavra.
institucional”, em que o politico decide sobre sua filiação partidária.
A fidelidade partidária até recentemente era discutida de forma muito discreta, e sua inclusão no texto constitucional não foi suficiente para imprimir à legislação a força necessária para proceder à cassação dos candidatos eleitos que viessem a trocar de Partido, por sua vez, a nossa constituição perdeu a oportunidade de regulamentar muito exteitamente o assunto, em termo de condições e prazos dessa "troca-troca" que interessa não apenas aos partidos, mas sobretudo, ao eleitor, deixando a cargo dos partidos a responsabilidade quanto à regulamentação do tema por meio de seus estatutos e das liberdades individuais que é uma abjeção á fidelidade partidária como atributo, ou qualidade, que determinam um vínculo entre um filiado e o partido político; entre partidos, no interesse mútuo; ou ainda, entre o eleitor e o candidato. Em Moçambique está a nascer uma tendência concomitantemente de fatores que em outras nações, seriam considerados excludentes ou conflitantes, temos regime presidencialista com sistema eleitoral em função dos cargos e vagas disputados e uma estrutura partidária a dar brechas para uma escassa densidade e graus extremamente baixos de fidelidade e disciplina partidária a ter lugar agora, isto pode baixar a confiança do cidadão na aderência às urnas para as eleições devido à falta de credibilidade nos políticos que têem a susceptibilidade de se desonrar politicamente, porque justamente os partidos políticos nas eleições devem servir como mecanismo de coordenação de preferências de eleitores e não grupos de gente sem palavra.
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