07.07.2018 às 15h00
Uma casa no Algarve para uma família ficar em época alta custa 175 euros por noite, mas em setembro já se poupa 50%. Um comparativo de preços para o verão de 2018 revela que Portugal é mais caro do que a Alemanha para arrendar casas de férias
Em matéria de casas para passar férias, Portugal evidencia “diferenças de preço extremas”, com grandes oscilações por regiões ou que podem variar no espaço de dias. Esta é a conclusão do Índice de Preços para Alojamentos de Férias na Europa no Verão de 2018 elaborado pela Holidu, motor de buscas com sede em Munique, que elaborou o estudo com base na análise de preços de milhões de casas a nível europeu acomodando entre três a oito pessoas, e fazendo o comparativo também com os preços na época mais baixa.
Uma casa de férias em Portugal, tipicamente acomodando uma família de quatro pessoas, custa em média 122 euros por noite na semana de 4 a 11 de agosto de 2018, e apenas 98 euros na semana de 15 a 22 de setembro.
O estudo destaca ainda que “salta aos olhos a diferença de preços por regiões”. Uma casa de férias no Algarve custa em média 175 euros por noite no período mais alto, cerca de 50 euros acima da média das outras regiões nacionais. “No Algarve também se encontra a melhor oportunidade de pechincha, já que aqueles que optam por adiar as suas férias para setembro podem economizar até 50% com o aluguer na região”, destaca o índice de preços.
Alentejo e Açores “completam o pódio das regiões mais caras para aluguer de férias” no pico da época alta, com preços diários de 117 e 115 euros, respetivamente. A variação de preços no Alentejo é de 20% e nos Açores de 14%.
A surpresa é que a Madeira é das “regiões mais económicas para o verão de 2018”, onde o valor médio de uma casa de férias é de apenas 101 euros. “O arquipélago é, aliás, uma ótima opção para quem quer desfrutar de belas praias e natureza e ao mesmo tempo fugir dos altos preços e grandes grupos de turistas característicos do Algarve”, aconselha o estudo da Holidu.
Outro conselho é que “flexibilizar as datas das férias compensa e permite poupar até 24%, em média, no preço do aluguer”. No Algarve, uma casa custa em média 58 euros a menos na época mais baixa em relação à alta. No caso do Alentejo, também se verificam “diferenças significativas nos alugueres de férias, que são 23 euros mais baratos na baixa temporada”. Na região Centro a diferença é de 21 euros, mas “já nas regiões Norte, Açores e Madeira a diferença não é tão grande, é de cerca de 15 euros”.
Entre as cinco cidades portuguesas com casas mais caras para férias, quatro ficam no Algarve. Quarteira e Albufeira lideram a lista com um preço médio de 180 euros por noite na estação alta. Faro, Lagos e Cascais completam o top-5 das cidades mais caras, com preços médios de 161, 151 e 144 euros, respetivamente. Fora da época alta, os preços baixam 18% em Lagos e até 37% em Albufeira, só para citar alguns exemplos.
“Uma ótima alternativa para quem faz questão de passar férias no Algarve ou na costa de Lisboa pagando cerca de 100 euros por noite na época alta são as cidades de Monte Gordo, que custa menos 72 euros do que Quarteira, e Setúbal, que custa 31 euros a menos do que Cascais” – é uma das dicas do estudo.
No comparativo europeu, a Bulgária é o destino que apresenta os valores mais baixos para alojamentos de férias no verão de 2018.
Os destinos europeus que se afiguram este verão mais caros para casas de férias são Reino Unido, Espanha e Grécia, com valores diários de 200, 184 e 181 euros, respetivamente. Em Portugal, este valor médio é de 140 euros.
Além da Bulgária, também Croácia, Bélgica, Alemanha, Eslovénia, Hungria ou Polónia são “ótimos destinos para quem pretende passar férias numa casa no estrangeiro sem pagar valores muito altos, já que todos esses países apresentam valores médios para alojamentos de férias menores do que em Portugal”, destaca o Índice de Preços da Holidu, concluíndo que “outros dois destinos interessantes são a Turquia e Marrocos, que embora não façam parte da Europa são facilmente acessíveis aos portugueses e apresentam valores muitos atraentes, de 118 e 90 euros, respetivamente”.
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