Monday, July 23, 2018

João Pó para contornar a turbulência da LAM


João Carlos Jorge Nomeado Director-Geral Da LAM

A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) conta com uma nova Direcção-geral, a qual tem a responsabilidade de assegurar o funcionamento da empresa. Assim, João Carlos Pó Jorge foi nomeado Director-geral da companhia área nacional.
Além de um Director-geral, a direcção da LAM passa a ser composta por directores de função, nomeadamente, Operações Técnicas, Finanças, Comercial, Recursos Humanos, Sistemas de Informação e Aprovisionamento.
As deliberações da empresa foram feitas hoje, em sessão extraordinária.


OPAIS
João Pó para contornar a turbulência da LAM
O novo Director Geral da LAM, João Jorge Pó, é um carreirista da aviação civil que chega ao topo da LAM depois de ter entrado na casa como estagiário em 1983, acabava ele de concluir sua Licenciatura em Engenharia Mecânica pela UEM. Seu maior desafio agora é retirar a LAM de uma longa turbulência, num contexto de crise económica e de aperto da competição com a entrada de novos operadores no mercado doméstico, nomeadamente a FastJet e a Ethiopia Airlines. Pó cré que em dois ou três anos é possível a LAM voar novamente com piloto automático, deixando para trás um rasto negro de opções de gestão duvidosas, que culminaram com uma volumosa dívida de cerca de 400 milhões de USD. Para tal, João Pó conta com o apoio do Governo e da massa trabalhadora da LAM, que ele classifica de “um capital humano dedicado, sacrificado mas que acredita em bons tempos”.
Ele conta também com suas competências. Ao longo destes anos, o engenheiro com um MBA tirado no Arizona, EUA, trabalhou sobretudo no mercado internacional da aviação. Antes de se juntar, em 1995, à representação no Zimbabwe da Pratt & Whitney, uma subsidiária da United Tecnologies Corporation, que fabrica motores para aeronaves do mesmo nome (concorrentes dos motores Rolls Royce e General Electric e fornecedora da Airbus), João Pó frequentou um curso de gestão de companhia aérea na Britannia Airways, na Inglaterra, em 1986, durante 8 meses e, no regresso, passou a dirigir o departamento de engenharia da LAM, tendo sido o responsável pela montagem de seu sistema de qualidade. Em 1990, ele foi enviado para Seattle, onde trabalhou junto da Boeing quando a LAM estava a adquirir um 737 e um 767.
Regressou em 1993 para ser o engenheiro-chefe mas em 1995 partiu para o Zimbabwe para uma carreia fora do país que só terminaria em 2013 quando se junta novamente à LAM para dirigir uma frustrada operação de renovação da frota, já no consulado de Marlene Manave. Lá fora acompanhou fases marcantes da transformação do mercado africano de aviação. De 1995 a 2000 trabalhou em operações de manutenção e gestão financeira na Pratt no Zimbabwe, com uma ligação frequente com Connecticut, onde a fabricante tem seu quartel-general.
Entre 2000 ruma para os escritórios da Pratt no Senegal, colaborando no apoio a start ups de novas companhias aéreas na África Ocidental, depois do colapso da antiga Air Afrique, uma companhia que funcionava em regime de equity shareholder, compreendendo interesses de 11 países da região. A Air Senegal nasce nesse contexto, tendo Pó testemunhado os desafios dessa transformação. Em 2003, ele é enviado para a Etiopia para ajudar no turnaround da Ethiopia Airlines. Na altura a Etiopia acabava de expandir o aeroporto de Addis e, sob a liderança de Girma Wake, a companhia local fez crescer sua frota de 16 aeronaves para 66 em 2012. Desde que regressou em 2013, João Pó ainda pertenceu às administrações de Marlene Manave e Iacumba Auiba. Depois da administração de Aiuba ter sido exonerada em 2916, João Pó tem andando por aí, sempre com um pé na companhia, ajudando onde era chamado.
No passado dia 10 de Julho, quando a última crise da LAM despoletou, eu escrevi aqui assim: “João Pó é um nome incontornável se o Governo quiser aconselhamento competente sobre como curar a LAM”. E a escolha recaiu mesmo nele.
Domus Oikos Enquanto as ordens vierem lá de cima, ele não vai retirar a LAM de nenhuma turbulência. Quem quer dinheiro vai lá buscar... quem quer ganhar politicamente qualquer credibilidade política impõe suas ordens. Amigos e amantes... são enfiados nas chefias com ou sem competências nas empresas publicas. Em Moçambique as empresas estatais ou públicas ou maiormente participadas não geram dinheiro não por falta de pessoas capazes, mas por motivos que todos conhecemos. Importante é mudar o sistema. Mudam as pessoas sem se preocupar do sistema.
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Lenon Arnaldo Não é de todo verdade ..... na LAM sempre as ordens vieram de cima e funcionou até que .... HCB e hoje a EDM, as ordens continuam a vir de cima. Nem por isso as duas empresas .... há que juntar competência a tudo quanto que é feito, e é o que tem faltado em muitas empresas públicas. Ou seja, as pessoas nomeadas muitas delas eram ou são extremamente incompententes - pelo menos, em matéria de gestão na aviação.
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Jasmin Rodrigues Lenon Arnaldo....De que Fala voce??? EDM...?!?? HCB?!? Really?!?
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Manjate Custodio LAM é empresa pública as ordem podem vir de cima dentro dos carris.
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Zacarias Chissico Nada de políticos para a gestão de uma empresa tão complicada como a aviação. Quem sabe sabe. João Po tem o meu apoio moral para contornar esta situação tão triste do nosso emblema. Creio que ele vai faze lo por amor à camisola e não por fins próprios ou de quem que seja. Avante Po, Moçambique confiou em ti.
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Chixssone Abel Pinto A questão que fica será até que ponto dirigentes competentes podem alavancar uma empresa de rastos sem a interferências de interesses políticos? Ele é um gestor, engenheiro competente, mas será que este qualificador vai lhe dar espaço para dar uma nova imagem a LAM? Eis a questão que só poderá ser respondida daqui a um ou dois anos.
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Rufino Adriano Vejo com optimismo a preferência cá e acolá por pessoas competentes... Esperemos que o processo se multiplique e vire critério sine qua non...
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Joanguete Celestino A má gestão da empresa LAM não está nos seus gestores, mas no controlo político em que está imbuida. João Pó pode ser super competente e conhecedor da casa, mas vai ter que "dançar tango com uma pessoa indesejada" e no fim será acusado de não saber dançar. Parece que há um bom trabalho do underground que está sendo feito por Hunter,s Head em resgatar "os marginais competentes" que deambulam fora do país à exemplo dos gestores da EDM, Banco de Moçambique e o actual TDM/Mcel, contudo ainda faltam leis instituidas de selecção e recrutamento de gestores de empresas públicas com base em concurso público. Os mesmos que prestassem contas ao parlamento e não às ordens superiores desconhecidas, pois isto daria uma margem de independência para realizar as reformas desejadas.
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Miguel Santos Parabéns ao selecionado,pela experiência que tem e pessoa que é,penso haver condições para um futuro melhor nas LAM.
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Francisco Saimone Concordo que hajam influências políticas que lixam estas empresas públicas. Mas também é verdade que assistimos uma grande bolada nos últimos tempos e bem coberta pela satisfação destes caprichos políticos. A bola de neve ficou tão grande do tamanho de 400 milhões de verdinhas
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Jorge Silva Finalmente uma nomeação pelo mérito e competência. É que o albergue espanhol em que se vive já esgotou os quartos. De felicitar.
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Jasmin Rodrigues E mais um competente quadro que se expoe a ter o seu nome manchado! Isto e o que posso designar de suicídio profissional! Percebo de onde o Po vem e o quao excitante deve representar este novo desafio.... mas a solucao para o problema destas empresas e PRIVATIZAR! So assim se podera priorizar lucros e nao politiquicies etc....
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Vaz de Sousa Pura verdade.
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Vasquinho King Caro MM faltou apenas dizer uma coisa apenas o JP montou um centro de manutencoes da Boeing mais moderno em Moçambique antes da LAM entrar o invasor Embraer. Ficou depois desmantelado porque perdeu se o Boeing como Aviao de Referencia e com a demissao de JP na aviacao em Moz.
Vamos apoiar este expert ele é cerebro da Boeing e vai recuperar a linha Boeing em Moçambique.
Vejo ai acima comentarios desfavoraveis mas as lideranças do mercado sao feitos de bom homens com grandes tomates como de JP. Grato pelas referencias do nosso voador
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Vaz de Sousa A solução nunca esteve na liderança daquela companhia.O meu Patricìo è um profissional de mão cheia,super competente, disso ninguêm duvida mas serà sempre...Ofuscado e corre riscos de sair ...MANCHADO.
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Francisco Alvarenga Nos momentos dificeis vê-se a qualidade dos homens. 
Ninguém se deve demitir de fazer o seu melhor, mesmo que a tarefa pareça gigantesca.
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Amadeu Rodrigues Ele eu penso tem capacidade mas ele tem ter mais autonomia nas suas decisoes sem interferencia de ninguem
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Benjamim Muaprato E eu confirmo "Pó, Engenheiro Mecânico e com um MBA, tem experiencia internacional de gestão de linha área, mas foi descartado quando o Governo demitiu a gestão de Marlene Manave. É um nome incontornável se o Governo quiser aconselhamento competente sobre como curar a LAM."
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Maria Margarida Chaves Marques Que boas notícias! Só espero que o ajudem a criar as condições que são necessárias para colocar de novo em pé a companhia nacional de aviação (que já teve no passado algum prestígio) a começar pelo pagamento de dividas que existem para com a mesma, a maioria proveniente do sector público. Parabéns Joao Po.
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David Nhassengo Oxalá que a desgastante LAM não desgaste a imagem do rapaz, que parece ser a solução disto tudo da aviação nacional.
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Gallo Gallo Amanheceu " o po' que vai gerir a linha aerea...."
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Filipe Nhalungo Profecia do Mosse.
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Filipe Nhalungo Nova designação da diretoria, parece-me que o Governo está virando para direita, com designação de Director -Geral, não Presidente do Conselho de Admiistração(PCA), que durante vários anos tinha virado modo, tudo e nada era designado PCA. Firmas como LAM, Mcel, não precisam deste tipo de designação, pois, são empresas de prestação de serviços, precisam, sim, de um Director- Geral, Director opesacional e Administrativo-Financeiro.
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Imtiaz Vala O problema não é trocar de pessoas ou de competências!O problema é estrutural!Perestroika e Glasnost precisa-se!
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Carlos Tchabana Curriculo invejável!!! Mas...ele sozinho nao poderá fazer milagres e deverá ser submisso a ordens que "vem de cima"...e contar com uma estrutura de base composta por peças bem seleccionadas e para acessorar com honestidade e sensatez.
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