quinta-feira, 19 de julho de 2018

Israel aprova lei que declara Estado para judeus e despromove a língua árabe


A decisão foi tomada depois de meses de debate.
Benjamin Netanyahu é um defensor desta lei
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Benjamin Netanyahu é um defensor desta lei AMIR COHEN
O Knesset (Parlamento de Israel) aprovou nesta quinta-feira uma controversa lei que define Israel como o Estado para os judeus e que despromove o árabe como uma das línguas oficiais. Além disso, reconhece Jerusalém como capital e aumenta o papel da religião, considerando que a halacha (lei judaica) pode ser usada pelos tribunais em casos em que não haja precedentes na lei civil. Um dos principais receios da aprovação desta lei é que reduza os direitos dos que não são judeus.
LER MAISA proposta de lei inicial estabelecia a possibilidade de serem criadas comunidades homogéneas, de uma só nacionalidade, fé ou etnia. Mas o Presidente da República israelita, Reuven Rivlin, e outras figuras do poder, como o conselheiro legal do Parlamento, apelaram contra a aprovação – e essa cláusula acabou por ser retirada. Rivlin argumentava que esta cláusula poderia “prejudicar o povo judaico, os judeus pelo mundo e o Estado de Israel”.
Já o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, é um acérrimo defensor dessa cláusula e de toda a lei e considerou que a aprovação era um “momento marcante” na história do país. "Continuaremos a assegurar os direitos civis na democracia de Israel, mas a maioria também tem direitos e a maioria decide", disse o primeiro-ministro na semana passada.
Na lei, é referido que “Israel é a pátria do povo judaico e nele têm um direito exclusivo à autodeterminação”. A sessão em que foi debatida a lei durou mais de oito horas; 62 deputados votaram a favor, 55 votaram contra. A aprovação foi alvo de críticas sobretudo por parte da comunidade árabe, com uma organização não-governamental a referir que se trata de uma tentativa de obter “superioridade étnica ao promover medidas racistas”. O deputado árabe Ahmed Tibi considerou que a aprovação representava “a morte da democracia”
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  1. Mas ,ainda aceitavam ,como oficial,a língua dos inimigos?A Catalunha faz o mesmo,apesar de espanhola e ninguém os agride,como fazem a Israel
  2. Ao menos não são escravos da UE, a teocracia do livro não é nada comparado com a teocracia do euro.
    1. Esta caixa de comentários tem poder mediático daqui ao além. Seja bem vindo ao Mundo dos Vivos! Mas por favor não assombre!
  3. Provas que está tipo não quer nem nunca quis paz. Ainda acreditam no contrário?
  4.   O carocho, marido da carocha. 
    De um estado pária, tudo é desprezível e de esperar.
  5. Podiam seguir o exemplo palestiniano que promove o hebraico e não se declara estado muçulmano.
  6. O único país que despreza ostensivamente a comunidade internacional e exige para si o estatuto exclusivista de estado inimputável (as Resoluções condenatórias da ONU a Israel incumpridas amontoam-se) . A condição de estado judaico remete juridicamente os árabes israelitas para a condição de cidadãos de segunda - coisa que na realidade (da prática) já são. Uma boa ocasião para os nossos vinha2100, Darktin ... mostrarem o valor (real) das convicções que apregoam. Cá os esperamos nesta notícia.
  7. Ele há os escolhidos por Jeová, e ele há os outros. Ele há os escolhidos pelos USA para seu porta-aviões terrestre, e ele há os outros. O fascismo moral invasivo vai-se blindando.
  8. Mas que bom! E eu que estava convencido de que só os "infiéis; sarracenos e mouros" muçulmanos tinham a religião como pilar do Estado. Mas está tudo bem porque Israel É uma democracia...Ufa!!!
  9. Javali
      Javali profissional 
    Rumo ao apartheid. No ano que marca os 100 anos de nascimento do Mandela. Aquelas ironias históricas...
    1. Bom comentário Javali.
  10. Zeca Ganeira
      Sanzala 
    Nada como basear as nossas decisões na sabedoria milenar de beduínos analfabetos.
  11. Ceratioidei
      Oceanos 
    Os colonos e os partidos ultra-ortodoxos nunca tiveram tanto poder como hoje. Dominam a política com pouco mais de 50% e ignoram os restantes. Querem acabar com o Estado secular, para isso desenvolvem consecutivamente novas propostas de lei contra a sociedade civil liberal mas também contra instituições como o Supremo Tribunal. O resultado é péssimo para israelitas e judeus dentro e fora de fronteiras. A estabilidade no Médio Oriente está cada vez mais longe. Netanjahu e co. é defensor da supremacia judaica religiosa, étnica, linguística, etc., quer um Estado religioso ultra-ortodoxo e continuar a política dos colonatos judaicos como „valor nacional“. Simultaneamente quer ser o grande amigo dos racistas que, noutros Países, toleram o anti-semitismo. Um mostache até nem lhe assentava mal.
  12. Aónio Eliphis
      Algures nos pólderes da ordem de Orange! 
    Israel a caminho de uma teocracia, que tanto critica nos estados árabes.
  13. martins.ruijorge
      Quinta do Anjo 
    Se há notícias que falam por si e dispensam comentários esta é uma delas. Portanto, os judeus, perseguidos pelos nazis em nome de uma depuração étnica, criaram um estado, cada vez mais só para si, que pretendem etnicamente depurado. Lamentável é que haja quem aponte Israel como exemplo da aplicação da democracia na região e que pretenda justificar o assassinato metódico por parte de soldados israelitas fortemente armados, de jovens palestinianos munidos de pais e pedras.
  14. Maria Montelobo
      Lisboa 
    Com Netanyahu, há muito que Israel deixou de ser um Estado de Direito Democrático. Deixou de reger-se pelo respeito dos direitos do homem e dos direitos dos povos, o fundamento da paz e justiça entre povos e a Europa não reage?
  15. Mais um passo a caminho do "aparteid" israelita! Este "pequeno detalhe" de a lei religiosa poder ser aplicada em caso de omissões da lei civil faz lembrar asa "fatua" lei islâmica! Que retrocesso civilizacional! As voltas que estará a dar no seu túmulo Ben Gurion! O único atenuante é a lei ter sido aprovada pela diferença mínima de 7 votos. Vergonha para o povo de Israel!
    1. Aónio Eliphis
        Algures nos pólderes da ordem de Orange! 
      Claramente uma Teocracia! A lembrar a Idade Média, quando a Lei Canónica vigorava nos assuntos de natureza civil.
  16. Estado étnico! Aprenderam com os nazistas?

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