EUREKA por Laurindos Macuacua
Bom dia, Presidente. Gostava de lhe dizer que o silêncio fúnebre que o seu Governo mantém sobre o recente relatório do Centro de Integridade Pública (CIP) em nada abona a favor da boa imagem de Moçambique e transmite a sensação pública de que o actual Governo não é diferente do de Joaquim Chissano ou do “visionário” Armando Guebuza.
Aliás, o Presidente já disse, em várias ocasiões, que estava a dar continuidade à obra daqueles. Que obra! Ora, bem: no seu relatório publicado a 1 de Julho corrente, o CIP diz que há duas décadas que a heroína- a par do carvão- é uma das maiores exportações de Moçambique, negócio que continua a crescer sob protecção de figuras seniores do partido Frelimo.
Aliás, refere o mesmo relatório, os dinheiros disto resultantes financiam o partido no poder e têm servido para pagar subornos a diversos níveis. É verdade que o relatório não cita o nome do Presidente Nyusi. Todavia, cita os dos seus antecessores e diz que foram responsáveis máximos em proteger este negócio criminoso e, quiçá, enricaram com base nisto. Os senhores Chissano e Guebuza são do seu partido, Presidente.
Aliás, se o negócio continua é que existe outra figura importante na arena política nacional que o protege. Quem é essa figura, Presidente? Há muito que a política nacional está infiltrada e bem controlada por comandos estranhos aos interesses dos cidadãos moçambicanos. Ou seja, a sensação que o partido no poder transmite é de que no seu seio quadros bem colocados procuram, a todo custo, tirar proveito material da sua função e esperar o dia da sua reforma, marimbando-se para o povo que dizem representar.
Há um exemplo concreto de que a Frelimo foi capturada e, consequentemente, o Estado moçambicano. É o do cidadão Momade Bashir Sulemane, vulgo MBS, que também não escapou no relatório. Na Frelimo até ocupava lugares de cátedra, comprava cachimbos de um milhão de meticais para o Presidente Armando Guebuza, era o financiador-mor do partido até que o Governo dos Estados Unidos, em 2010, desbaratou a sua tese de que enricou vendendo capulanas e acusou-o como Barão de Droga Estrangeiro e passou a integrar uma lista de 1.870 indivíduos de todo o mundo com esta classificação.
Na Frelimo ninguém se pronunciou. MBS defendeu-se até onde pôde, mas nunca conseguiu sair, até onde sei, dessa lista. Esta é a reputação do partido Frelimo!
Bom dia, Presidente. Gostava de lhe dizer que o silêncio fúnebre que o seu Governo mantém sobre o recente relatório do Centro de Integridade Pública (CIP) em nada abona a favor da boa imagem de Moçambique e transmite a sensação pública de que o actual Governo não é diferente do de Joaquim Chissano ou do “visionário” Armando Guebuza.
Aliás, o Presidente já disse, em várias ocasiões, que estava a dar continuidade à obra daqueles. Que obra! Ora, bem: no seu relatório publicado a 1 de Julho corrente, o CIP diz que há duas décadas que a heroína- a par do carvão- é uma das maiores exportações de Moçambique, negócio que continua a crescer sob protecção de figuras seniores do partido Frelimo.
Aliás, refere o mesmo relatório, os dinheiros disto resultantes financiam o partido no poder e têm servido para pagar subornos a diversos níveis. É verdade que o relatório não cita o nome do Presidente Nyusi. Todavia, cita os dos seus antecessores e diz que foram responsáveis máximos em proteger este negócio criminoso e, quiçá, enricaram com base nisto. Os senhores Chissano e Guebuza são do seu partido, Presidente.
Aliás, se o negócio continua é que existe outra figura importante na arena política nacional que o protege. Quem é essa figura, Presidente? Há muito que a política nacional está infiltrada e bem controlada por comandos estranhos aos interesses dos cidadãos moçambicanos. Ou seja, a sensação que o partido no poder transmite é de que no seu seio quadros bem colocados procuram, a todo custo, tirar proveito material da sua função e esperar o dia da sua reforma, marimbando-se para o povo que dizem representar.
Há um exemplo concreto de que a Frelimo foi capturada e, consequentemente, o Estado moçambicano. É o do cidadão Momade Bashir Sulemane, vulgo MBS, que também não escapou no relatório. Na Frelimo até ocupava lugares de cátedra, comprava cachimbos de um milhão de meticais para o Presidente Armando Guebuza, era o financiador-mor do partido até que o Governo dos Estados Unidos, em 2010, desbaratou a sua tese de que enricou vendendo capulanas e acusou-o como Barão de Droga Estrangeiro e passou a integrar uma lista de 1.870 indivíduos de todo o mundo com esta classificação.
Na Frelimo ninguém se pronunciou. MBS defendeu-se até onde pôde, mas nunca conseguiu sair, até onde sei, dessa lista. Esta é a reputação do partido Frelimo!
Se calhar fosse importante perguntar ao Presidente se sabe de alguma coisa relativa a isto. Quem é o herdeiro de Chissano e Guebuza que passou, no Governo actual, a se encarregar do negócio? Quem, dentre os quadros seniores da Frelimo, aparenta um enriquecimento rápido?
Já agora: onde é que o Florindo trabalha para ostentar viaturas de luxo num País onde não é preciso lupa para encontrar, em qualquer esquina, autênticos farrapos humanos?
De que pobreza o partido no poder fala, quando os seus membros ostentam vidas de nababos?
Não me recordo de ter visto um ministro do Governo da Frelimo a entrar no “My Love”. Até um secretário do bairro, oriundo do partido no poder, tem direito a escolta e sirenes.
Estes não podem ser os ideais de Mondlane e Samora. Tenho sérias dúvidas!
Ainda me partem as pernas por delito de opinião. Este meu Moçambique…
DN – 06.07.2018
Já agora: onde é que o Florindo trabalha para ostentar viaturas de luxo num País onde não é preciso lupa para encontrar, em qualquer esquina, autênticos farrapos humanos?
De que pobreza o partido no poder fala, quando os seus membros ostentam vidas de nababos?
Não me recordo de ter visto um ministro do Governo da Frelimo a entrar no “My Love”. Até um secretário do bairro, oriundo do partido no poder, tem direito a escolta e sirenes.
Estes não podem ser os ideais de Mondlane e Samora. Tenho sérias dúvidas!
Ainda me partem as pernas por delito de opinião. Este meu Moçambique…
DN – 06.07.2018
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