NAS VESPERAS DO 11º CONGRESSO DA MAÇAROCA ADMINISTRADORA MANDA ESCORRAÇAR PARTIDO FRELIMO
Uma grande reviravolta na governação moçambicana
Há bem pouco tempo, o conceituado escritor Mia Couto, defendeu que o partido no poder deve saber aceitar ideias contrárias e que, nas instituições, as pessoas não devem ser dirigentes pela cor partidária. “Exijam a esses chefes que sejam competentes, que sejam patriotas, que se dediquem, defendam os interesses da cidade, do país. Às vezes, as pessoas honestas fazem isto (chefiar) melhor que os ´camaradas´ que não são tão honestos”, disse.
Esta aula que correu pelo território moçambicano como um rastilho de pólvora já esta a dar resultados positivos. Pela primeira vez em toda a história da governação do partido de Mondlane, Samora, Chissano, Guebuza e Nyusi, FRELIMO, uma administradora demonstra postura de governação apartidária e imparcial.
No presente mês do 11º Congresso do partido cinquentenário, do batuque e da maçaroca, a administradora do distrito de Namacurra, Calídia Esperança Fernando, decide tomar uma nova postura de governação. Pautando pela forma democrática, tornou-se a “figura” preferida dos membros e simpatizantes dos partidos da oposição daquela vila, que nos últimos tempos tem vindo a elogiar constantemente a sua forma apartidária de trabalhar.
Há bem pouco tempo, o conceituado escritor Mia Couto, defendeu que o partido no poder deve saber aceitar ideias contrárias e que, nas instituições, as pessoas não devem ser dirigentes pela cor partidária. “Exijam a esses chefes que sejam competentes, que sejam patriotas, que se dediquem, defendam os interesses da cidade, do país. Às vezes, as pessoas honestas fazem isto (chefiar) melhor que os ´camaradas´ que não são tão honestos”, disse.
Esta aula que correu pelo território moçambicano como um rastilho de pólvora já esta a dar resultados positivos. Pela primeira vez em toda a história da governação do partido de Mondlane, Samora, Chissano, Guebuza e Nyusi, FRELIMO, uma administradora demonstra postura de governação apartidária e imparcial.
No presente mês do 11º Congresso do partido cinquentenário, do batuque e da maçaroca, a administradora do distrito de Namacurra, Calídia Esperança Fernando, decide tomar uma nova postura de governação. Pautando pela forma democrática, tornou-se a “figura” preferida dos membros e simpatizantes dos partidos da oposição daquela vila, que nos últimos tempos tem vindo a elogiar constantemente a sua forma apartidária de trabalhar.
A governante
daquele distrito tem trabalhado de maneira transparente de modo a
agraciar a todos os cidadãos. Membros destacados a nível do distrito
pertencentes ao maior partido da oposição, Renamo, apertam a sua mão
como símbolo de reconhecimento de boa prestação de serviços públicos,
facto que deixa a administradora mais orgulhosa e confiante da sua
prestação como servidora pública.
O último episódio que revela a imparcialidade na governação da Administradora daquele distrito deu-se, no sábado último do corrente mês, quando o representante do partido Frelimo a nível distrital marcou uma visita de trabalho naquela que é a maior e a mais conceituada instituição pública de ensino a nível do distrito de Namacurra, no intuito de se reunir com os professores e a direcção da escola.
Segundo o Director daquela instituição de ensino, Luís da Silva Mário, Instrutor Técnico Pedagógico N1 de carreira, a administradora do distrito, em chamada telefónica e presencialmente o advertiu insistentemente a, impedir o partido Frelimo e seus dirigentes a nível do distrito de se reunir naquela escola, por se tratar de uma instituição pública e a lei estar bem clara quanto a questão da despartidarização das instituições do aparelho do Estado. Assim, “orientei ao 1º secretário do comité de círculo (do partido Frelimo) da Escola para se retirarem do recinto escolar e se aglomerarem na sede daquele partido, e acolher a reunião com o seu 1º Secretário Distrital” disse o director.
Como disse recentemente o escritor Mia Couto “a Frelimo não deve obrigar aos seus dirigentes a serem membros do seu partido” Namacurra torna-se desta feita um bom exemplo de governação a nível nacional.
Até onde se sabe, a reunião entre os funcionários daquela Escola e o representante do partido de Filipe Nyusi naquele ponto do país não ocorreu.
Esta é apenas uma daquelas histórias no nosso país em que os nossos governantes deveriam se orgulhar e seguir como exemplo. “Trabalhar na Zambézia de forma apartidária e não apenas defender a cor partidária já é uma realidade” dizem alguns membros da sociedade civil.
Por Antónimo Domingo da Graça
O último episódio que revela a imparcialidade na governação da Administradora daquele distrito deu-se, no sábado último do corrente mês, quando o representante do partido Frelimo a nível distrital marcou uma visita de trabalho naquela que é a maior e a mais conceituada instituição pública de ensino a nível do distrito de Namacurra, no intuito de se reunir com os professores e a direcção da escola.
Segundo o Director daquela instituição de ensino, Luís da Silva Mário, Instrutor Técnico Pedagógico N1 de carreira, a administradora do distrito, em chamada telefónica e presencialmente o advertiu insistentemente a, impedir o partido Frelimo e seus dirigentes a nível do distrito de se reunir naquela escola, por se tratar de uma instituição pública e a lei estar bem clara quanto a questão da despartidarização das instituições do aparelho do Estado. Assim, “orientei ao 1º secretário do comité de círculo (do partido Frelimo) da Escola para se retirarem do recinto escolar e se aglomerarem na sede daquele partido, e acolher a reunião com o seu 1º Secretário Distrital” disse o director.
Como disse recentemente o escritor Mia Couto “a Frelimo não deve obrigar aos seus dirigentes a serem membros do seu partido” Namacurra torna-se desta feita um bom exemplo de governação a nível nacional.
Até onde se sabe, a reunião entre os funcionários daquela Escola e o representante do partido de Filipe Nyusi naquele ponto do país não ocorreu.
Esta é apenas uma daquelas histórias no nosso país em que os nossos governantes deveriam se orgulhar e seguir como exemplo. “Trabalhar na Zambézia de forma apartidária e não apenas defender a cor partidária já é uma realidade” dizem alguns membros da sociedade civil.
Por Antónimo Domingo da Graça
Email: antonimodagraca@gmail.com
Egidio Vaz
DEFININDO O TOM: UMA APRECIAÇÃO TÉCNICA AO DISCURSO DO PRESIDENTE NYUSI NA ABERTURA DO XI CONGRESSO
Na manhã de hoje, dia 26 de setembro de 2017, o Presidente da República e da Frelimo, Eng. Filipe Jacinto Nyusi inaugurou formalmente o XI Congresso do Partido Frelimo; o nono desde a independência nacional.
À semelhança dos outros congressos, antevêem-se mudanças, continuidades e descontinuidades. Partilho de seguida as minhas impressões técnicas sobre a forma e o conteúdo do discurso; as audiências a quem se dirigem bem como o argumento central.
REALIZAÇÃO
1. Comunicação não-verbal (comunicação corporal/body language): O Presidente Nyusi apresentou-se um “pai” alegre, descontraído e muito feliz por rever os seus camaradas. Um gesto bem conseguido que visava transmitir confiança aos presentes e a serenidade necessária para os trabalhos do Congresso.
2. Gestão da atenção do público: O Presidente sabia que o seu discurso seria longo (uma hora ou mais). Por isso partiu-o em vários momentos intercalados por canções por ele próprio entoados. Canções que, diga-se contextualmente, organizados por tema. A propósito, uma das marcas pessoais do Presidente Nyusi é a sua versatilidade na cultura: os Nyusi são versados na arte e cultura. Cosme Nyusi (poeta), Casimiro Nyusi (coreógrafo e músico), Filipe Nyusi (coreógrafo). A intercalação com canções e “vivas” tinha como principal objectivo reanimar os presentes para mantê-los vigilantes à sua mensagem. Um bom orador preocupa-se com a atenção da audiência. E em regra, controlar uma multidão de aproximadamente três mil e poucos exige muita destreza: ou lhes poe a rir ou lhes poe a cantar.
3. Sequência argumentativa: Presidente Nyusi sabe o que deve ser feito para por Moçambique fora da órbita da pobreza e do bloqueio internacional. Também sabe o que implica garantir uma paz efectiva e duradoura. Ele também conhece os desafios que pode enfrentar dentro do partido para que tais acções tenham lugar. Por isso a mensagem geral gravitou em torno da “Frelimo como gestora de Mudanças”. Mas para fortalecer o seu argumento preferiu fazer uma digressão histórica, desde o Primeiro Congresso ao presente. Na minha opinião, este exercício serviu para definir o tom (setting the tone em inglês). Ou seja, mostrar aos congressistas que ao longo do tempo, o Partido Frelimo encetou por mudanças, mesmo que nalgum momento inseguros sobre o resultado; que a Frelimo tinha que tomar tais mudanças, todas elas em beneficio do interesse superior do estado e das populações do que propriamente dela ou de cada indivíduo. A digressão histórica também serviu para demonstrar a coragem necessária que os dirigentes da altura tiveram que tomar para liderar tais mudanças. Portanto, ele que também vai operar decisões (e está operando), conjuntas e as vezes pessoais, não é diferente dos que lhe antecederam, que também tiveram que liderar os processos de mudança.
QUANTO A AUDIÊNCIA
Sendo o Congresso um instituto soberano, o discurso do Presidente Nyusi centrou-se nos congressistas presentes, nos membros e simpatizantes bem como no povo moçambicano no geral. Na categoria da audiência secundária está a comunidade internacional. Pôde notar-se em toda estrutura do discurso, mensagens claras e activáveis (ou seja, mensagens que compelem à acção) pelos congressistas. Mais adiante, darei exemplos.
QUANTO A MENSAGENS
O discurso contém um conjunto de mensagens a maioria das quais directamente dirigidas aos congressistas, membros do partido e aos moçambicanos em geral. Foi um discurso cujo objectivo central foi de activar os cidadãos para acção.
Algumas mensagens interessantes que consegui reter
a) Combate a corrupção: a mensagem dirigida ao público nacional, internacional e até aos próprios congressistas.
Num contexto internacional quase hostil marcado pelo bloqueio internacional e perante o imperativo de modernizar o partido e a economia, o Presidente Nyusi comparou o combate a corrupção a Luta pela Libertação Nacional. De resto, uma comparação bem conseguida se partimos do pressuposto segundo o qual só com a boa-governação é que os países poderão prosperar.
b) “As eleições para os órgãos são uma pequena parte da agenda do Congresso”: Paira um ambiente de grande ânsia com relação a eleição de novos ocupantes para diferentes órgãos do partido Frelimo. Conhecendo a Frelimo como é, e para que não se perca o foco, o Presidente decidiu alertar os congressistas para não debitarem todos esforços apenas neste ponto. Na verdade, e ligado ao ponto anterior, circulam nomes de alguns ambiciosos sedentos em ocupar cargos na comissão politica etc. Estes, não poupam recursos financeiros para cooptar e comprar mentes e votos. Foi a esses a que o Presidente se dirigiu também.
c) Ética política. Também ligado ao ponto B, o Presidente chamou atenção para a urgência de conciliar a actividade política à ética; um valor que, na sua opinião, é fundamental para a sobrevivência de um partido como a Frelimo bem como a sua continuação como partido de mudanças e gestor das mesmas.
Existem muito mais mensagens que o Presidente Nyusi quis passar, incluindo a necessidade de ouvir o outro, circulação de ideias e acima de tudo a unidade entre o Partido Frelimo e o povo bem como a centralidade do membro da Frelimo como embaixador e porta-voz do ideal do partido. Não posso dissertar sobre todos eles, até porque não cabe reproduzir as 21 paginas do seu discurso numa postagem.
Se tivesse que dizer em uma linha o que o Presidente Nyusi fez na abertura do Congresso, diria que ele preparou os membros da Frelimo para as mudanças necessárias, incluindo sobre a descentralização, refrescamento das estruturas do partido e reorientação de paradigmas de gestão do estado e do governo. Aliás, a dado passo ele afirma que não basta fazer mais do mesmo para abordar os desafios. É preciso fazer diferente também.
Há, para terminar, uma afirmação que me parece magistral e corporiza o resumo por mim feito. O Presidente Nyusi acabou de acrescentar uma perspectiva interessante ao nível dos paradigmas de liderança e governação: dois meses depois de ele ter tomado posse, afirmou à margem de uma reunião que manteve com algumas organizações da sociedade moçambicana, que GOVERNAR É RESOLVER PROBLEMAS. Desta vez, ele acrescenta uma perspectiva preventiva, afirmando que governar é TAMBÉM NÃO PERMITIR QUE TAIS PROBLEMAS SURJAM. Bem, aqui cabe como uma luva na mão a sua perspectiva de combate a corrupção e ao “banho” de consciência para a compra de votos.
PS: Marcelino dos Santos, Feliciano Gundana, heróis vivos da nação moçambicana. Meu respeito e minha vénia. Gostei o facto de o PR ter dedicado uma secção a eles. E outros “beijinhos” distribuídos (Joaquim Chissano, Armando Guebuza). Reconhecimento aos perecidos entre congressos…actos nobres.
PS1: esta foi apenas uma apreciação técnica a estrutura e conteúdo. Uma espécie de guia de leitura ao discurso do Presidente Nyusi. Poderei comentar criticamente a cada uma das ideias. O congresso está apenas no início. Quando tiver o discurso em formato electrónico irei partilhar aqui mesmo.
Na manhã de hoje, dia 26 de setembro de 2017, o Presidente da República e da Frelimo, Eng. Filipe Jacinto Nyusi inaugurou formalmente o XI Congresso do Partido Frelimo; o nono desde a independência nacional.
À semelhança dos outros congressos, antevêem-se mudanças, continuidades e descontinuidades. Partilho de seguida as minhas impressões técnicas sobre a forma e o conteúdo do discurso; as audiências a quem se dirigem bem como o argumento central.
REALIZAÇÃO
1. Comunicação não-verbal (comunicação corporal/body language): O Presidente Nyusi apresentou-se um “pai” alegre, descontraído e muito feliz por rever os seus camaradas. Um gesto bem conseguido que visava transmitir confiança aos presentes e a serenidade necessária para os trabalhos do Congresso.
2. Gestão da atenção do público: O Presidente sabia que o seu discurso seria longo (uma hora ou mais). Por isso partiu-o em vários momentos intercalados por canções por ele próprio entoados. Canções que, diga-se contextualmente, organizados por tema. A propósito, uma das marcas pessoais do Presidente Nyusi é a sua versatilidade na cultura: os Nyusi são versados na arte e cultura. Cosme Nyusi (poeta), Casimiro Nyusi (coreógrafo e músico), Filipe Nyusi (coreógrafo). A intercalação com canções e “vivas” tinha como principal objectivo reanimar os presentes para mantê-los vigilantes à sua mensagem. Um bom orador preocupa-se com a atenção da audiência. E em regra, controlar uma multidão de aproximadamente três mil e poucos exige muita destreza: ou lhes poe a rir ou lhes poe a cantar.
3. Sequência argumentativa: Presidente Nyusi sabe o que deve ser feito para por Moçambique fora da órbita da pobreza e do bloqueio internacional. Também sabe o que implica garantir uma paz efectiva e duradoura. Ele também conhece os desafios que pode enfrentar dentro do partido para que tais acções tenham lugar. Por isso a mensagem geral gravitou em torno da “Frelimo como gestora de Mudanças”. Mas para fortalecer o seu argumento preferiu fazer uma digressão histórica, desde o Primeiro Congresso ao presente. Na minha opinião, este exercício serviu para definir o tom (setting the tone em inglês). Ou seja, mostrar aos congressistas que ao longo do tempo, o Partido Frelimo encetou por mudanças, mesmo que nalgum momento inseguros sobre o resultado; que a Frelimo tinha que tomar tais mudanças, todas elas em beneficio do interesse superior do estado e das populações do que propriamente dela ou de cada indivíduo. A digressão histórica também serviu para demonstrar a coragem necessária que os dirigentes da altura tiveram que tomar para liderar tais mudanças. Portanto, ele que também vai operar decisões (e está operando), conjuntas e as vezes pessoais, não é diferente dos que lhe antecederam, que também tiveram que liderar os processos de mudança.
QUANTO A AUDIÊNCIA
Sendo o Congresso um instituto soberano, o discurso do Presidente Nyusi centrou-se nos congressistas presentes, nos membros e simpatizantes bem como no povo moçambicano no geral. Na categoria da audiência secundária está a comunidade internacional. Pôde notar-se em toda estrutura do discurso, mensagens claras e activáveis (ou seja, mensagens que compelem à acção) pelos congressistas. Mais adiante, darei exemplos.
QUANTO A MENSAGENS
O discurso contém um conjunto de mensagens a maioria das quais directamente dirigidas aos congressistas, membros do partido e aos moçambicanos em geral. Foi um discurso cujo objectivo central foi de activar os cidadãos para acção.
Algumas mensagens interessantes que consegui reter
a) Combate a corrupção: a mensagem dirigida ao público nacional, internacional e até aos próprios congressistas.
Num contexto internacional quase hostil marcado pelo bloqueio internacional e perante o imperativo de modernizar o partido e a economia, o Presidente Nyusi comparou o combate a corrupção a Luta pela Libertação Nacional. De resto, uma comparação bem conseguida se partimos do pressuposto segundo o qual só com a boa-governação é que os países poderão prosperar.
b) “As eleições para os órgãos são uma pequena parte da agenda do Congresso”: Paira um ambiente de grande ânsia com relação a eleição de novos ocupantes para diferentes órgãos do partido Frelimo. Conhecendo a Frelimo como é, e para que não se perca o foco, o Presidente decidiu alertar os congressistas para não debitarem todos esforços apenas neste ponto. Na verdade, e ligado ao ponto anterior, circulam nomes de alguns ambiciosos sedentos em ocupar cargos na comissão politica etc. Estes, não poupam recursos financeiros para cooptar e comprar mentes e votos. Foi a esses a que o Presidente se dirigiu também.
c) Ética política. Também ligado ao ponto B, o Presidente chamou atenção para a urgência de conciliar a actividade política à ética; um valor que, na sua opinião, é fundamental para a sobrevivência de um partido como a Frelimo bem como a sua continuação como partido de mudanças e gestor das mesmas.
Existem muito mais mensagens que o Presidente Nyusi quis passar, incluindo a necessidade de ouvir o outro, circulação de ideias e acima de tudo a unidade entre o Partido Frelimo e o povo bem como a centralidade do membro da Frelimo como embaixador e porta-voz do ideal do partido. Não posso dissertar sobre todos eles, até porque não cabe reproduzir as 21 paginas do seu discurso numa postagem.
Se tivesse que dizer em uma linha o que o Presidente Nyusi fez na abertura do Congresso, diria que ele preparou os membros da Frelimo para as mudanças necessárias, incluindo sobre a descentralização, refrescamento das estruturas do partido e reorientação de paradigmas de gestão do estado e do governo. Aliás, a dado passo ele afirma que não basta fazer mais do mesmo para abordar os desafios. É preciso fazer diferente também.
Há, para terminar, uma afirmação que me parece magistral e corporiza o resumo por mim feito. O Presidente Nyusi acabou de acrescentar uma perspectiva interessante ao nível dos paradigmas de liderança e governação: dois meses depois de ele ter tomado posse, afirmou à margem de uma reunião que manteve com algumas organizações da sociedade moçambicana, que GOVERNAR É RESOLVER PROBLEMAS. Desta vez, ele acrescenta uma perspectiva preventiva, afirmando que governar é TAMBÉM NÃO PERMITIR QUE TAIS PROBLEMAS SURJAM. Bem, aqui cabe como uma luva na mão a sua perspectiva de combate a corrupção e ao “banho” de consciência para a compra de votos.
PS: Marcelino dos Santos, Feliciano Gundana, heróis vivos da nação moçambicana. Meu respeito e minha vénia. Gostei o facto de o PR ter dedicado uma secção a eles. E outros “beijinhos” distribuídos (Joaquim Chissano, Armando Guebuza). Reconhecimento aos perecidos entre congressos…actos nobres.
PS1: esta foi apenas uma apreciação técnica a estrutura e conteúdo. Uma espécie de guia de leitura ao discurso do Presidente Nyusi. Poderei comentar criticamente a cada uma das ideias. O congresso está apenas no início. Quando tiver o discurso em formato electrónico irei partilhar aqui mesmo.
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