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Larde debate
benefícios da extracção
mineira
Munícipes repudiam
fiscalização
de viaturas de
particulares
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Wamphula Fax
Nampula, 22 de Setembro de 2017 . Ano XV .Edição número 2926
Director: Jerónimo C. Júnior
O SEU JORNAL DE CONFIANÇA
PROPRIEDADE DA COOP-NORTE JORNALISTAS ASSOCIADOS, SCRL
E x e c u t i v o s
aprendem sobre
liderança ética
Jovens chamados
a contribuir
NAMPULA VAI TER NOVA ZONA RESIDENCIAL URBANA
F
oi lançada a primeira
pedra do projecto de
urbanização e construção
da denominada
Modern Town Nampula,
um conjunto habitacional que
vai albergar 1.800 residências
numa área de sete hectares, localizada
a sensivelmente oito
quilómetros do centro urbano
da terceira maior cidade do país,
avaliado, numa primeira fase,
em cerca de nove milhões de
dólares americanos.
O lançamento do projecto
que foi presidido pelo governador
de Nampula, Víctor Manuel
Borges, vai contemplar a
edificação de moradias tipos 2,
3 e 4,e será executado por uma
empresa chinesa e pelo Fundo
de Fomento de Habitação, cujos
custos de venda ao cidadão, irão
variar de acordo com a oscilação
cambial, mas que deverá situar-
-se entre os 80 e 120 mil dólares,
dependendo do tipo escolhido.
Numa cerimónia muito
concorrida, que contou com a
presença do presidente do município
da cidade, Mahamudo
Amurane, o governador da
província pediu aos residentes
da Unidade Comunal de Namuatho,
onde o projecto está a
ser implantado, no sentido de
colaborarem empenhadamente
neste programa do governo
de Moçambique que definiu a
construção de casas de baixo
custo.
Para o presidente do município
de Nampula, Mahamudo
Amurane, este projecto vem ao
encontro do desenvolvimento
que a cidade está a conhecer e
que implica a criação de melhores
condições habitacionais para
os munícipes, tendo enaltecido
a iniciativa do governo central,
sublinhando que a concepção
do espaço onde vai ser erguida
a futura zona residencial foi literalmente
acarinhada pela edilidade.Wf
Momentos do lançamento da primeira pedra da Modern Town Nampula
LARDE DEBATE BENEFICIOS DA EXTRACÇÃO MINEIRA
A organização não
g o v e r n a m e n t a l
moçambicana Livaningo,
pioneira no país
no tratamento dos assuntos
ligados à gestão sustentável
do meio ambiente, recursos
naturais e bem-estar das comunidades
onde está a ocorrer
a respectiva exploração,
promoveu recentemente no
distrito de Larde, província
de Nampula, um encontro
de reflexão sobre os desafios
e perspectivas para o desenvolvimento
das populações
abrangidas no projecto da
multinacional Kenmare, de
extracção de areias pesadas
na localidade de Topuito.
No encontro, a Livaningo,
em parceria com outras
duas organizações moçambicanas
sediadas na província
de Nampula, nomeadamente
Kulima e AENA, debateram
publicamente com vários segmentos
da sociedade local,
entre estudantes, académicos,
sector público e privado,
sobre a contribuição da
indústria extractiva para o
desenvolvimento sustentável
e integrado das comunidades
do distrito de Larde, onde actua
a empresa Kenmare, na
perspectiva da sua responsabilidade
social e dos 2,75 por
cento das respectivas receitas.
Os objectivos específicos
do debate visavam uma reflexão
sobre os benefícios e
perspectivas das comunidades
reassentadas, no contexto
do seu desenvolvimento
sustentável e integrado, para
além de difundir os mecanismos
de alocação dos 2,75
por cento das receitas geradas
pela extracção mineira às comunidades
locais.
Foi nesse sentido que
representantes das comunidades
representativas de
Topuito defenderam o estabelecimento
de mecanismos
conducentes ao fortalecimento
do diálogo e cooperação
público/privada/comunitária,
através dos comités de gestão
de recursos naturais e desenvolvimento
local.
Aliás, a nova lei de minas
e de petróleo, aprovada em
2014, estabelece que uma percentagem
das receitas geradas
pela extracção mineira ou petrolífera
deve ser canalizada
para o desenvolvimento das
comunidades das áreas onde
se localizam os respectivos
empreendimentos, tendo o
governo estabelecido, para o
efeito, 2,75 por cento das receitas.
Nesse contexto, aquelas
organizações, passados dez
anos que a Kenmare explora
areais pesada na localidade de
Topuito, entenderam levar à
debate os ganhos e desafios da
indústria extractiva que ocorre
naquela região costeira da
província de Nampula.Wf
A Kenmare extrai areias pesadas em Moma há sensivelmente 10 anos
Wamphula Fax 22 de Setembro de 2017
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SOCIEDADE
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MUNÍCIPES REPUDIAM FISCALIZAÇÃO DE CARROS DE PARTICULARES
Alguns munícipes
residentes na cidade
de Nampula
manifestaram, através do
nosso jornal o seu veemente
repúdio face à inconsequente
fiscalização de que têm sido
objecto, de há uns tempos
para cá, as viaturas de particulares
por parte dos agentes
da Polícia Municipal.
“Não estarão os agentes em
causa a exceder as suas atribuições?
Interrogam, abespinhados,
os denunciantes, que
insinuam que estes «excessos
horripilantes» cometidos
gratuita e abusivamente pela
Polícia Municipal, que chegam
a exigir a apresentação
amiúde (pasme-se!) da carta
de condução, livrete, ficha de
inspecção, entre outros documentos,
estejam alinhados às
crónicas extorsões com que
os seus “pseudo-colegas” infernizam
diária e impiedosamente
os automobilistas.
Segundo relato de Hermí-
nio Paulo, há dias foi mandado
parar por um grupo de
agentes da Policia Municipal
que, depois, lhe exigirem livrete
do carro, carta de condução,
ficha de inspecção, seguros
e manifesto.
«Eu não neguei entregar
os documentos pedidos, mas
fiquei embasbacado e, então,
não resisti a observar-lhes
que aquela tarefa não era da
sua competência… seguiu-
-se um bate-boca que durou
uma imensidão de minutos e
acabou por me fazer perder o
avião em que devia embarcar
para Maputo, onde deveria
apanhar outro rumo à África
do Sul, onde me espera uma
consulta urgente.Veja só o
meu grande azar! E só me largaram
quando exibi a minha
carteira profissional de jurista…
Urge, pois, que quem
de direito ponha cobro a estas
anarquias extorsionárias.
Aliás, o senhor presidente do
Concelho Municipal precisa
de ”colocar o guizo aos gatos”,
disciplinando-os, pois, como
convém”- disse Paulo.
Outra munícipe citadina,
que não quis ser identificada,
disse que a polícia Municipal
da cidade de Nampula, tem
estado ultimamente a agir
fora da sua alçada.
“O meu marido disse-me
que, há dias, foi interpelado
por agentes da Policia Municipal
que lhe exigiram documentos,
facto que, segundo
me confessou, quase desencadeou
uma briga entre as partes”-
contou-nos ela.
Já um outro munícipe,
identificado simplesmente
por Izaquel, afirmou que a
Polícia Municipal não tem
nenhum direito de exigir documentos
aos automobilistas
privados e o que está a acontecer
resulta de motivações
obscuras, ganância para, arvorados
em autoridades rodoviárias,
extorquir dinheiro
aos incautos, que não conhecem
as leis de trânsito» -rematou
Izaquel.
A nossa reportagem tentou,
mas sem sucesso, ouvir a
reacção da vereação da Polícia
Municipal e fiscalização, através
do respectivo porta-voz.
Pois que, como quase sempre
acontece à nossa reportagem,
O mesmo não estava no
seu posto de trabalho (isso
durante todo o dia de 4ª feira
e manhã de ontem).
Entretanto, fomos informados
que os agentes da Polícia
Municipal podem autuar
nos casos em que o automobilista,
motociclista, ciclista
ou peão não observarem o
disposto no código das posturas
municipais, concretamente
proceder à mudança
de óleos e abastecimento de
viaturas em plena via pública,
verter ou espalhar lubrificantes
e combustíveis, sobre os
pavimentos, reparar, lavar e
estacionar a viatura sobre o
passeio ou placa divisória das
faixas de rodagem.
É igualmente admitida a
autuação dos agentes da Policia
Municipal quando, eventualmente,
alguém destruir
qualquer semáforo, sinal vertical
e horizontal. Wf
Por parte da Polícia Municipal
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GOVERNAÇÃO PARTICIPATIVA
Os munícipes são de opinião que a policia Municipal excedeu suas atribuições
EXECUTIVOS APRENDEM SOBRE LIDERANÇA ÉTICA
Gestores de diversas
organizações, participaram
há dias
num seminário sobre a importância
da liderança ética nas
organizações, que teve como
orador o administrador delegado
do Instituto de Ética da
África do Sul, Deon Rossouw.
O seminário esteve centrado
na identificação dos valores
éticos que devem nortear às
organizações na sua interac-
ção com os demais intervenientes.
Conforme explicou o director
executivo do IODmz, David
Seie, o seminário propôs-
-se consciencializar os líderes
para a necessidade de agirem
com ética e integridade no seu
quotidiano.
“Qualquer líder tem de liderar
com base em princípios
éticos. Temos visto no País
que muitos não têm dado importância
aos valores da ética
e isso tem um impacto negativo,
tanto para o empresariado
como para a sociedade.
Há muitas empresas a falir, a
despedir trabalhadores devido
à ausência de uma liderança
orientada por valores éticos”,
disse David Seie.
Por seu turno, o orador,
Deon Rossouw, referiu-se à
importância da observância
ética por parte dos gestores
das empresas. “A ética é vital
para o bom desempenho de
qualquer organização. Se a
organização negligenciar este
aspecto não atingirá os resultados
desejados”.
“A sua não observância tem
efeitos nefastos no desempenho
da empresa, na vida dos
trabalhadores, dos clientes e
da sociedade”, acrescentou o
administrador delegado do
Instituto de Ética da África
do Sul, que também chamou
à atenção para a necessidade
de os gestores de organizações
não liderarem ou relacionarem-se
com os seus subordinados
com recurso à intimidação,
mas sim baseados em
valores éticos, tais como o respeito
e a integridade.
“A liderança ética é uma
condição prévia para a sustentabilidade
de uma organização.
Os gestores que lideram
as suas organizações de
uma forma ética aumentam
o sucesso e a sustentabilidade
das suas organizações. Igualmente,
garantem que os seus
funcionários, clientes e fornecedores
se mantenham leais
e comprometidos com a sua
organização”, concluiu Deon
Rossouw.Wf
De várias empresas
David Seie, Director Executivo do Instituto
de Directores de Moçambique
Participantes do evento
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SOCIEDADE
JOVENS CHAMADOS A CONTRIBUIR
O Fórum Sustentável
de Moçambique
realizado na capital
do país, esta semana, pela
Comunidade Global Shapers
de Maputo e sob os auspícios
da Organização das Nações
Unidas (ONU), concluiu que
os jovens devem contribuir
com o seu saber, inovação
e criatividade para a implementação
dos 17 Objectivos
de Desenvolvimento Sustentável
(ODS), determinados
pela Organização das Nações
Unidas (ONU) para transformação
do mundo até 2030.
O evento, que juntou, em
Maputo, jovens, académicos
e representantes da sociedade
civil, discutiu questões relacionadas
com implementação
dos ODS no nosso País.
Na hora de fazer o balanço
da realização do Fórum, Fei
Manheche, representante da
Global Shapers de Maputo,
referiu que o evento foi bastante
positivo, na medida em
que os intervenientes debateram
activamente os desafios
dos ODS inseridos na “Agenda
2030”.
“Debatemos diversos aspectos
relacionados com os
ODS, sobretudo atinente à
forma dos jovens e a sociedade
civil poderem contribuir
para o alcance dos mesmos”,
explicou Fei Manheche,
acrescentando que, no evento,
foram também discutidas as
normas que devem ser observadas
pelos cidadãos para
o cumprimento da “Agenda
2030”.
Entretanto, a principal
mensagem transmitida no
evento, de acordo com o representante
da Comunidade
Global Shapers de Maputo,
incidiu sobre a necessidade
da assunção dos jovens como
principais actores na implementação
dos ODS.
“Os jovens constituem
peça fundamental para o
cumprimento dos 17 objectivos
porque são dotados de
capacidade de inovação e de
decisão sobre aspectos susceptíveis
de ajudar a sociedade
a desenvolver”, vincou
Fei Manheche, assegurando
que, no Fórum Sustentável de
Moçambique, ficou também
evidente de que o sucesso da
“Agenda 2030” não depende
apenas do governo.
“Os jovens e a sociedade
civil têm uma grande responsabilidade
para o alcance dos
ODS em 2030, sobretudo dos
três principais objectivos que
elegemos para o debate,designadamente
para as áreas de
saúde, educação e emprego”,
observou.
O oficial de mobilização
social das Nações Unidas em
Moçambique, Ney Cardoso,
contextualizou, por sua vez, a
adopção dos ODS, a 1 de Janeiro
de 2016, referindo que
“o processo de criação de um
conceito de desenvolvimento
sustentável decorre desde
1983, com a criação da 1ª comissão
sobre o meio ambiente
e desenvolvimento ao nível
das Nações Unidas”.
Prosseguindo, Ney Cardoso
vincou que a ONU espera,
com estes objectivos, alcan-
çar, até 2030, o desiderato de
um mundo melhor para todos.
“Desejamos ver as nossas
vidas melhoradas e os nossos
direitos respeitados”, referiu.
No entanto e a propósito
do Fórum Sustentável de Mo-
çambique, o oficial de mobilização
social das Nações Unidas
no nosso País salientou
que o alcance dos ODS passa
pelo fortalecimento dos governos
nacionais e da sociedade
civil.
“A ONU dá suporte técnico
para que os ODS sejam
implementados efectivamente.
Seja através da capacitação
de organizações, da criação
de espaços de diálogo e do
fortalecimento da sociedade
civil, para que esta tenha uma
voz mais robusta, bem como
o apoio à outros projectos específicos
relacionados com os
17 objectivos”, assegurou.
Por sua vez, Eliana N’Zualo,
gestora do evento e membro
da Comunidade Global
Shapers, na intervenção de
encerramento, deixou transparecer
expectativas optimistas.
Afirmou que “a nossa ambição
é grande, temos muitos
desafios, mas também temos
a vantagem de sermos muitos
os jovens em Moçambique.
Cabe a cada um dos presentes
criar um efeito multiplicador
para o envolvimento de todos
os jovens.”
Importa referir que a Comunidade
Global Shapers é
uma iniciativa do Fórum Económico
Mundial, composta
por uma rede internacional
de 459 comunidades dispersas
em vários países do mundo,
incluindo Moçambique.
Tem a incumbência de, ao
criar e desenvolver projectos
de impacto na sociedade, trabalhar
em prol dos Objectivos
de Desenvolvimento Sustentável.
(fds)
Objectivos de Desenvolvimento Sustentável
Participantes do fórum sustentável de Moçambique
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