OFundo Monetário
Internacional (FMI)
considera fundamental
o preenchimento
das lacunas de informação
existentes na auditoria internacional
às dívidas ocultas e a responsabilização
dos autores dos
encargos, para um novo programa
de assistência ao país.
O FMI reiterou a sua posição,
através de Gerry Rice, porta-voz
e director do Departamento de
Comunicações da entidade, na
conferência de imprensa que
deu recentemente na sede da organização
em Washington.
“Dar passos para suprir as lacunas
de informação e fortalecer
a transparência e assegurar a
responsabilização será crítico para
progressos em direcção a um novo
programa. Pelo que é aí onde estamos
em relação a Moçambique”,
afirmou Gerry Rice.
O FMI, observou, entende ser fundamental
que as autoridades mo-
çambicanas forneçam a informação
em falta e as duas partes têm discutido
a possibilidade de um novo
programa já há algum tempo.
Na ocasião, o director do Departamento
de Comunicações do FMI
assinalou a necessidade da divulgação
do relatório completo da auditoria
forense internacional, como
sinal de transparência.
“Houve a divulgação de uma auditoria
sobre algumas das despeResponsabilização
é crucial para
novo programa - FMI
Dívidas ocultas
sas de Moçambique e estamos
encorajados com o facto de ter
sido finalizada auditoria forense
internacional, agora gostaríamos
de ver a publicação do relatório
completo”, afirmou Gerry Rice.
Apesar de ainda ser tratado
como confidencial pela Procuradoria-Geral
da República e pela
firma de investigação Kroll, que
realizou a auditoria, o relatório
completo tem sido divulgado
pelos meios de comunicação social.
O relatório diz respeito a dívidas
de mais de dois biliões de
dólares avalizados pelo anterior
Governo moçambicano a favor
de três empresas públicas ligadas
à pesca e segurança marítima.
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