Friday, September 22, 2017

O Conselho de Ministros reuniu ontem em Maputo, em Sessão Extraordinária, para aprovar a proposta do plano económico e social para o próximo ano de 2018

Ano 9 | número 2048 | Maputo, Sexta-Feira 22 de Setembro de 2017 Director: Fernando Veloso | Editor: Matias Guente | Propriedade da Canal i, lda Sede: Bairro Central, Av. Maguiguana, n.º 1049 | Casa n.º 65000 R/C | Registo: 18/GABINFO-DEC/2009 e-mail: graficocanalmoz@gmail.com | mtsgnt@gmail.com | Telefones: 823672025 - 823053185 Anuncie no Contacte-nos: canalipdfs@gmail.com ou graficocanalmoz@gmail.com Telefone: (+258) 82 36 72 025| (+258) 82 30 53 185 | (+258) 84 31 35 996 Publicidade Publicidade Maputo (Canalmoz) – O Conselho de Ministros reuniu ontem em Maputo, em Sessão Extraordinária, para aprovar a proposta do plano económico e social para o próximo ano de 2018. Ana Comuana, porta-voz do Governo, anunciou que o plano aprovado indica um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 5,3%, sendo esperados 4,7% para o corrente ano de 2017. “Devo referir que este crescimento esperado do PIB de 5,3% reflecte aquilo que é o desempenho global esperado a nível de todos os sectores de actividade”, disse Ana Comuana e acrescentou que o Governo está preocupado com o défice orçamental de 77 mil milhões de meticais, equivalentes a 9,7% do PIB, tendo sido de 10,7% em 2017. Ana Comuana disse que, para suprir o défice, o Governo vai recorrer ao crédito interno, em 2,3% do PIB, ao crédito externo, em 5,4% do PIB, e a donativos externos, em 2,6% do PIB. O volume de exportações esperado em 2018 é de 4122 milhões de dólares norte-americanos, tendo sido de 3463 milhões de dólares em 2017. Quanto a metas, o Governo diz que, para 2018, no segmento de colecta de receitas de Estado, espera-se a arrecadação de 222 860 milhões de meticais, equivalentes a 22,5% do PIB esperado. A ní- vel da despesa do Estado, espera- -se uma despesa de 300,740, 3 milhões de meticais, equivalentes a 30,3% do PIB projectado. Ana Comuana explicou que o plano aprovado foi elaborado tendo em conta o nível de desempenho dos quatros principais sectores económicos definidos pelo Governo, nomeadamente a agricultura, a energia, as infra-estruturas, o turismo, e também os sectores sociais (educação e saúde). A título de exemplo, Ana Comuana disse que, para o sector da agricultura espera-se um crescimento de 4,4%; para a indústria extractiva, de 3,8%; para o sector financeiro e de seguros, de 4,5%; eletricidade e gás, 7%; turismo, 5%, educação, 3,7%; saúde, 3,6%. O plano económico e social é um documento de gestão econó- mica do programa quinquenal do Governo, que, neste caso, se refere ao quarto ano do mandato do Governo dirigido por Filipe Nyusi. Ana Comuana explicou também que a sua elaboração teve em conta o contexto macro-económico nacional e internacional, em que, a nível internacional, as expectativas são optimistas e apontam para um crescimento do PIB global em 3,6%, particularmente estimulado pelas tendências dos preços das mercadorias no mercado internacional. Ana Comuana disse que, a nível nacional, espera-se também um crescimento do PIB, em 5,3%, espeEfeito da suspensão da ajuda externa Governo aprova Orçamento de 2018 com défice de 77 mil milhões 2 ano 9 | número 2048 | 22 de Setembro de 2017 www.canalmoz.co.mz Afirma que, se forem tomadas em conta as posições da bancada parlamentar da Frelimo na Assembleia da República, é possível prever o desfecho das discussões sobre as dívidas ocultas no Congresso do partido Frelimo. Publicidade rando-se que seja de 4,7% em 2017. Desaceleração da inflação em 18% Ana Comuana informou que, a ní- vel do indicador macro-económico de inflação, espera-se uma desaceleração, de 18% no ano 2017 para 11,9% de média anual para 2018. No que que diz respeito às reservas internacionais líquidas, o Governo diz que espera-se que possam cobrir entre três a cinco meses de importação de bens não sectoriais. Ainda ontem, o Governo também aprovou, a proposta de lei que que aprova o Orçamento Geral do Estado para 2018, que é um documento de apoio do plano económico e social de 2018. Os objectivos traçados são a consolidação fiscal, nomeadamente a melhoria de arrecadação das receitas para o Estado, a contenção da despesas pública e a reforma do sector empresarial. A Sessão Extraordinária do Conselho de Ministros foi convocada especificamente para debater o Orçamento. Expectativa de reatamento do financiamento do Estado pelo G14 Os jornalistas perguntaram a Ana Comuana se, para o Orçamento do próximo ano, o Governo espera algum apoio directo ao Orçamento da parte do grupo de parceiros que o ano passado decidiu suspender a sua ajuda devido aos escândalos das dívidas ocultas. Ana Comuana transmitiu a ideia de que tudo é possível, porque o Governo tem estado a negociar com sucesso o esclarecimento das dívidas e a retomada do financiamento pelos parceiros do G14. “É um serviço nacional de dívida que está em pleno funcionamento e que está em negociação, por isso não posso antecipar-me aos seus resultados. As fontes do financiamento resultam dos acordos multilaterais e bilaterais. Não posso dizer se virá deste ou de outros. Nós contamos com todos. Os europeus têm estado a financiar projectos e acho eu que vocês estão a acompanhar a dinâmica das conversações, diálogo e os resultados do trabalho que temos feito, e tudo aponta para um bom desfecho, pois o Governo está a fazer tudo para a recupera- ção da economia”, explicou Ana Comuana. (Eugénio da Câmara) Maputo (Canalmoz) – O economista Carlos Nuno Castel-Branco diz que a Assembleia da República agiu contra a solução do problema no assunto das dívidas ocultas. Recorde-se que a bancada parlamentar da Frelimo aprovou a inscrição das dívidas na Conta Geral do Estado de 2014 e na Conta Geral do Estado de 2015. Muito recentemente, a Frelimo disse que o Conselho Constitucional não tem competência para se pronunciar sobre o pedido de declaração de inconstitucionalidade das dívidas submetido àquele órgão por organizações não-governamentais. Comentando sobre o que se pode esperar do Congresso da Frelimo, que vai realizar-se na próxima semana, quanto ao assunto das dívidas, Castel-Branco afirmou que sendo a Assembleia da República maioritariamente composta por deputados da Frelimo, é de esperar que os mesmos tenham um peso no Congresso desse partido. Castel-Bran- “Dívidas ocultas” Castel-Branco diz que Assembleia da República agiu contra a solução do problema 3 ano 9 | número 2048 | 22 de Setembro de 2017 www.canalmoz.co.mz Publicidade 4 ano 9 | número 2048 | 22 de Setembro de 2017 www.canalmoz.co.mz Publicidade Publicidade co fez estas declarações, ontem, à margem da conferência do IESE. “Se o parlamento for uma amostra daquilo que será o Congresso, eu não tenho muitas esperanças”, disse o Castel-Branco e acrescentou que “o parlamento agiu Maputo (Canalmz) – O Governo de Moçambique veio a público ontem, quinta-feira, esclarecer o que considerou ser uma má interpreta- ção que está a ser feita pelo público sobre das alterações em curso na legislação sobre a importação de viaturas e bebidas alcoólicas, tendo em vista melhorar o nível das taxas cobradas actualmente. A explicação foi dada por Ana Comuana, ontem, à margem da Sessão Extraordinária do Conselho de Ministros. Em geral, o Governo diz que não há motivos para a sociedade moçambicana se alarmar com as medidas, porque visam proteger a indústria e o mercado nacionais. “Quaisquer medidas que são tomadas nunca são tomadas de contra a solução do problema”. Castel-Branco lembra que a Assembleia da República legalizou as dívidas e diz que, com a legalização da dívida e com a emissão do parecer segundo o qual o Conselho Constitucional não tem competência para ânimo leve, são sempre resultado de estudos e têm sempre um objectivo”, disse Ana Comuana e acrescentou: “Retirar a isenção do carapau congelado é estimular o consumo do produto nacional, porque as pessoas passam a consumir produtos nacionais mais frescos”. Respondendo a uma pergunta do nosso jornal, Ana Comuana explicou também: “Agravar a taxa de importação de veículos com mais de sete anos de uso é proteger os moçambicanos, é dizer ‘não tragam, não gastem as vossas economias’ trazendo viaturas que podem ter muito pouco para dar em termos de vida útil, que podem custar mais com a sua manutenção e, de uma maneira geral, que até podem representar algum prose pronunciar sobre o assunto, “o parlamento está a proteger pessoas, proteger procedimentos em ordem a proteger a estabilidade interna do partido, em vez de proteger a sociedade moçambicana e a economia moçambicana”. (André Mulungo) blema do ponto de vista ambiental”. Ana Comuana afirma que todas essas medidas foram ponderadas. “Estamos a dizer às pessoas que passem a comprar viaturas que circularam menos e que podem, portanto, funcionar mais. Porquê pagar menos, hoje, uma viatura que, se calhar, venha a parar no dia seguinte?”, disse. E acrescentou: “Estamos a dizer que, em compensa- ção, o Governo vai considerar taxas relativamente mais reduzidas para viaturas novas, e isso sem dúvida é proteger o consumidor nacional”. Sobre o agravamento das tarifas na importação de roupas usadas, declarou: “A importação da roupa usada vai ser agrava em 25,00 meticais, e isso é também proteger a indústria Governo apresenta explicações sobre alterações de taxas de importação 5 ano 9 | número 2048 | 22 de Setembro de 2017 www.canalmoz.co.mz Publicidade nacional, é proteger o consumidor, no sentido de que tem a oportunidade de apostar mais na nossa capulana e não continuamente na roupa usada que, se calhar, foi admitida num determinado contexto do país, numa determinada fase de desenvolvimenMaputo (Canalmoz) – Foi inaugurada ontem na Matola a maior unidade de fabrico de pão no país. Trata-se da “Espiga D’Ouro”, uma empresa moçambicana que tem um accionista moçambicano e outro francês, detendo, cada um, 50% do capital social da empresa. A fábrica de pão entrará em funcionamento na primeira quinzena do mês de Outubro. Estiveram presentes na cerimónia: o Presidente da Republica, Filipe Nyusi; o ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela; o governador da província de Maputo, Raimundo Doma; o presidente do Conselho Municipal da cidade da Matola, Calisto Cossa; deputados da Assembleia da República, membros do Governo, representantes de partidos políticos, membros da Associação Mo- çambicana de Panificadores e gestores e trabalhadores da empresa. Durante a cerimónia, Nyusi destacou que a inauguração da maior panificadora do país acontece numa altura em que o sector da indústria alimentar enfrenta grandes desafios e que todos esforços para a sua expansão são bem-vindos. ”Um dos desafios está ligado ao nosso sistema de produção agrícola. Sem capacidade para satisfazer com regularidade a demanda da to do país, e hoje a realidade é outra”. Ana Comuana afirmou que estas medidas não devem ser tomadas de forma drástica. “Não podemos chegar hoje e dizer que já não há roupa usada. Não é isso. Mas deve ser paulatinamente, pormatéria-prima indispensável para o funcionamento deste tipo de indústria, apesar de algumas regiões do nosso solo pátrio disporem de condições agro-ecológicas para a produção de trigo, a nossa agricultura ainda não consegue fornecer trigo capaz de alimentar grande parte das nossas padarias”, disse o Presidente da República. Filipe Nyusi disse também que este tipo de empreendimentos económicos melhora a qualidade de vida dos moçambicanos fornecendo pão de qualidade e possibilita a criação de rendimento para as famílias moçambicanas. Num investimento de 500 milhões de dólares, aprovado pelo Centro de Promoção de Investimentos, a empresa foi criada com o objectivo de suprir as necessidades da procura do pão na cidade de Maputo e na província de Maputo. O presidente do Conselho de Administração da empresa “Espiga D’Ouro”, Hussein Ahmad, afirmou que o abastecimento do pão será feito em quantidade e qualidade suficiente para a população destas regiões. “A ‘Espiga D’Ouro’ surgiu como resultado da necessidade sentida pelo nosso grupo de aumentar a capacidade de oferta, em termos quantitativos e qualitativos, do pão que a nossa situação tem que ser igual à situação de qualquer outro país onde os cidadãos não dependem unicamente de roupa usada, vivem também ou dependem também de roupa nova”, disse Ana Comuana. (Eugénio da Câmara) que produzimos nas nossas instala- ções comerciais. Apercebemo-nos tratar-se de um produto de enorme procura por parte dos consumidores, cuja oferta se mostrava deficitária”, afirmou Hussein Ahmad. Segundo a Organização Mundial da Saúde, Moçambique ainda apresenta um consumo de pão abaixo do recomendado. A construção desta fábrica resulta da experiência de comercialização do pão no “Premier Super Spar” e de um conjunto de estudos que apontam para uma fraca distribuição de pão, incluindo nas cidades de Maputo e Matola. Para o seu funcionamento, em toda a sua cadeia de produção e distribuição, a unidade criará 1200 postos de trabalho, incluindo directos e indirectos, e vai fazer formação e contratar de jovens. A nova fábrica terá quatro linhas de produção, capazes de produzir cerca de dois milhões e meio de pães por dia, nas variedades de baguete, pão redondo e pão de forma. A empresa tem actualmente quatro linhas diárias, com capacidade para a produção de 860.000 pães redondos, 135.000 pães de forma e, na sua primeira fase, vai criar 800 postos de trabalho, distribuídos em três turnos. (Eugénio da Câmara) Maior fábrica de pão vai funcionar em Outubro Visite o nosso facebook www.facebook.com/ 6 ano 9 | número 2048 | 22 de Setembro de 2017 www.canalmoz.co.mz para o Fim de Semana de 22 a 24 de Setembro Agenda cultural e social Publicidade CINEMA 22 de Setembro (sexta-feira) • Encerramento do ciclo de cinema espanhol, às 19h00, no Teatro Avenida Maputo. Entrada livre. • Filme “Elvis e Madona”, às 17h00, na sede da “Pathfinder”, no Xai-Xai. Entrada livre. PINTURA 22 de Setembro (sexta-feira) • Exposição de Nelly Guambe, “Inquietude”, no Núcleo de Arte. DANÇA 22 de Setembro (sexta-feira) • Congresso internacional de dan- ça afro-latina em Moçambique, às 17h00, no “Vicios Kizomba”. PROGRAMAS PARA CRIANÇAS 23 de Setembro (sábado) • “Sábados das crianças” (cinema e desenho), às 10h00, no Centro Cultural Franco- -Moçambicano. Entrada livre. ENTRETENIMENTO 22 de Setembro (sexta-feira) • Mika Mendes em actuação na cidade da Beira. Entrada: 800,00mt • “Drena no verao pinga no pontu”, às 19h30, na Praia da Costa do Sol. • “Festa das 40tonas”, às 22h00, no “Club 317”. Entrada: 500,00mt. • Sessão de lançamento do primeiro festival internacional de kizomba, salsa, semba, bachata e “afrobeat” em Moçambique, no Casino do Hotel Polana. 23 de Setembro (sábado) • Música com “WakaMbira”, “Jealers B” e Ivo Machel, às 15h00, no Centro Cultural Franco- -Moçambicano. Entrada livre. • Banda “M’laio”, às 18h00, no Café-Bar “Gil Vicente”. Entrada: 200,00mt. • “Black Sensation”, às 21h00, em frente ao Mercado Central de Maputo. • “Full moon party”, na cascata de Ressano Garcia. Entrada: 100,00mt. • Festival da Ponta do Ouro, às 18h30, Zitundo. • “Journey to Bilene”, às 21h00, no Ferroviário do Bilene. 24 de Setembro (domingo) • Lehman Pinto, às 18h00, no Nú- cleo de Arte. Entrada: 200,00mt. PALESTRAS, SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS 22 de Setembro (sexta-feira) • I Seminário sobre identidade & estilo (uso do cabelo “afro), às 17h00, no Centro Cultural Moçambicano-Alemão. Entrada livre. 23 de Setembro (sábado) • Seminário “Experiência inesquecivel”, às 15h00, na Faculdade de Educaçao Física e Desporto da Universidade Pedagógica. MODA 22 de Setembro (sexta-feira) • “Showroom & Pop Up Shop”, às 15h00, no Centro Cultural Franco-Moçambicano. Entrada livre. 23 de Setembro (sábado) • “Casting” de modelos no “Club317”. OUTRAS ACTIVIDADES 22 de Setembro (sexta-feira) • Entrega de prémios aos vencedores da Feira do Livro de Maputo, pelo Conselho Municipal da cidade de Maputo, às 11h00, na escadaria dos Pa- ços do Conselho Municipal. • Evento cultural “ISArC Criativo”, às 13h00, no Instituto Superior de Artes e Cultura. • Sessão “Critical Mass – Nocturno”, por ocasião do Dia Mundial sem Carros, às 17h00, no Conselho Municipal de Maputo. • “Poetas D’alma”, en “Noite de poesia de combate”, às 18h00, no Centro Cultural Franco-Moçambicano. 23 de Setembro (sábado) • Celebração do aniversário da “Machaka”, às 15h30, no Campinho da Mafalala. Entrada livre. Visite o nosso facebook www.facebook.com/

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