sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Administração da Electricidade de Moçambique teve aumento salarial de 60% auferindo cerca de 1 milhão de meticais mensais


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Escrito por Adérito Caldeira  em 04 Agosto 2017
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O Conselho de Administração(CA) da empresa pública Electricidade de Moçambique(EDM) aumentou as suas remunerações, durante o ano passado, em mais de 60 por cento auferindo, cada um dos sete administradores, cerca de um milhão de meticais mensais, num ano em que o aumento aumento salarial decretado pelo Governo para sector foi de 13,3 por cento.
“No decurso do exercício findo em 31 de Dezembro, as remunerações auferidas pelo Conselho de Administração ascenderam a 152.307.801 meticais” pode-se ler no Relatório e Contas de 2016 da EDM.
Este valor é repartido em 51.116.737 meticais pagos para a pensão dos membros do CA e 101.191.064 meticais relativos aos 12 meses de salários.
Comparativamente a 2015, em que os salários do Conselho de Administração totalizaram 62.729.133 meticais mais 31.512.014 meticais, o @Verdade apurou um aumento de 61% num ano em que o aumento decretado pelo Governo para sector de produção, distribuição de electricidade foi de 13,3 por cento.
No mesmo período a remuneração dos 3.892 trabalhadores da Electricidade de Moçambique cresceu somente 28 por cento.
O Conselho de Administração da EDM é presidido Mateus Magala que é co-adjuvado pelos Administradores Executivos Carlos Alberto Yum, Noel Joaquim Govene, Aly Sicola Impija e Maria de Fátima Serra Ribeiro Arthur. Fazem ainda para do órgão Edgar Cossa, como Administrador Representante do Governo, e Henrique Anuário, na qualidade de Administrador Representante dos Trabalhadores no Conselho de Administração.

O documento a que o @Verdade teve acesso não indica a remuneração individual porém, uma repartição equitativa do bolo, dá indicação que cada um dos sete membros do CA pode ter auferido cerca de 1,2 milhão de meticais por mês. Durante o ano de 2016 o salário mínimo no sector de produção, distribuição de electricidade foi de 5.402 meticais.
Recorde-se que estes aumentos salariais aconteceram num ano em que a estatal que detém o monopólio da distribuição de energia voltou a acumular prejuízos, pelo quinto ano consecutivo, desta feita 983.432.916 meticais, embora pelo segundo ano sucessivo tenha aumentado as suas tarifas.

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