As informações são de reportagem do Valor.
"A defesa da operação chefiada pelo juiz federal Sergio Moro foi o mote inicial para a convocação do protesto há pouco mais de um mês. O pretexto, na ocasião, era genérico e não tinha como alvo a reforma eleitoral. Até porque as articulações entre os líderes das maiores bancadas ainda estavam em fase embrionária. A oposição dos movimentos de rua às mudanças nas regras eleitorais ganhou corpo no último domingo após encontro entre os principais grupos.
Na reunião, ficou acertada a necessidade de afinar o discurso contra a lista fechada, a anistia ao caixa dois e a criação de um fundo bilionário para o financiamento de campanhas. Os manifestantes temiam um ato esvaziado sem uma agenda conjunta e pré-definida. O último protesto destes grupos, realizado em 4 de dezembro, teve menos adesões do que as edições anteriores, que chegaram a reunir até dois milhões de pessoas.
A partir da reunião dos manifestantes, a reforma política passou a ser apontada pelas lideranças dos movimentos de rua como uma ameaça à continuidade da operação sob responsabilidade de Moro. "Falar em apoio a Lava-Jato beira o pleonasmo. Trata-se da base da pirâmide. É algo tão óbvio entre praticamente toda a população que era capaz que os brasileiros deixassem de sair às ruas por isso", diz Carla Zambelli, líder do NasRua."
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