Thursday, March 30, 2017

Juiz que bloqueou ‘travel ban’ recusa voltar atrás com a decisão

Presidente Trump


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Depois de Derrick Watson ter dado início ao bloqueio da ordem presidencial, a administração pediu-lhe para reduzir o âmbito do bloqueio. Watson recusou e mantém o bloqueio até se resolver o processo.
Getty Images
O juiz havaiano que bloqueou o novo travel ban de Donald Trump recusou, esta quarta-feira, voltar atrás com a decisão, prolongando o bloqueio por tempo indefinido enquanto o processo que iniciou não ficar terminado. Depois de Derrick Watson ter dado início ao bloqueio da decisão presidencial, a administração pediu-lhe que reduzisse o âmbito do bloqueio para cobrisse apenas a parte da ordem que se refere à emissão de vistos a imigrantes de seis países de maioria muçulmana, argumentando que a política de refugiados não teria um impacto significativo no Havai.
No início do mês, o estado do Havai interpôs um processo contra esta ordem executiva, argumentando que afetaria a economia daquele estado, muito dependente do turismo – outros estados norte-americanos seguiram esta medida. Além disso, o procurador-geral havaiano, Douglas Chin, que é o autor do processo, explicava que “20% da população do Havai nasceu no estrangeiro, 100 mil não são cidadãos americanos”.
Agora, Chin afirmou que o prolongamento da medida garante os direitos constitucionais dos cidadãos muçulmanos em todo o país. O procurador-geral do Havai recordou ainda as palavras de Trump, que disse que a nova ordem executiva era uma versão “diluída” da ordem original, revogada em janeiro.
A administração Trump argumenta, por seu turno, que a ordem executiva serviria para proteger a segurança nacional, uma vez que o tribunal havaiano apenas se referiu a preocupações relativas ao turismo e aos estudantes. Um dos procuradores da administração Trump, Chad Readler, referiu que desde 2010 foram recebidos 20 refugiados no Havai, considerando que se trata de um número pequeno.
“Na opinião de quem?”, questiona o juiz Derrick Watson, argumentando que manter a ordem executiva de Trump seria atacar os direitos dos muçulmanos nos EUA. Por enquanto, a aplicação da ordem executiva está proibida em todo o território americano.

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