O NASCIMENTO DO COMITÉ REVOLUCIONÁRIO DE MOÇAMBIQUE (COREMO)
Nota: O Comité Revolucionário de Moçambique, foi um partido nacionalista moçambicano, com sede em Lusaka (Zâmbia) que entre 1965-1974, lutou contra o regime colonial português, sobretudo na província de Tete.
De 24 a 31 de Março de 1965 realizaram-se em Lusaka, Zambia, conversações tendentes à unificação dos partidos políticos moçambicanos. As reuniões foram presididas por R. T. SIKASUKA, membro do Parlamento da Zâmbia e secretariadas por A. J. K. Kangwa, subsecretário da UNIP para os assuntos pan-africanos. Estiveram presentes às conversações, os seguintes representantes (da FRELIMO, MANC E UDENAMOs):
1. FRELIMO (Dr. Eduardo Mondlane e A. Sithole);
2. UDENAMO-MONOMUTAPA (Adelino Gwambe e Calvino Mahlayeye)
3. MANC (Peter Simbi e M. S. Kambezo)
4. UDENAMO-MOÇAMBIQUE (Paulo Gumane e Z. G. Sakupwanye) .
Inicialmente, todos os membros presentes, com excepção dos representantes da FRELIMO, concordaram na dissolução de todos os partidos políticos e na organização de um Comité Revolucionário, com uma constituição própria e sob nova chefia.
Embora não fosse fácil chegar à conclusão acima indicada, depois de prolongadas discussões, ficou assente que a tarefa de libertar moçambique estava acima da identidade da organização e que a união era mais importante do que o nome que viesse a tomar a organização daqui nascida. Os elementos da Frelimo, defenderam o principio de que não era necessário dissolver este agrupamento e que os outros é que se deviam unir a ela. Em face da recusa, os representantes da Frelimo foram convidados a abandonar a reunião.
Depois da retirada destes, foi decidido criar o MOZAMBIQUE REVOLUTIONARY COMMITTEE (COREMO)/COMITÉ REVOLUCIONÁRIO DE MOÇAMBIQUE e convidar a UNAMI e a MANU a filiarem-se naquele. No dia 31 de Março foi assinada a Declaração da União, assinada por membros de três partidos políticos:
1. União Democrática Nacional de Monomutapa (UDENAMO)
Hlomulo J. C. Adelino Gwambe (Presidente Nacional)
Calvino U. Z. Mahlayeye (Secretário nacional) e
John G. J. Bande (Secretário Organizador Nacional)
2. Congresso Nacional Africano de Moçambique (MANC)
Peter K. Simbi (Presidente Nacional interino (o presidente de facto, Peter Balamanja, fora preso e deportado),
Mathew S. Kambezo (Secretário dos Negócios Pan-Africanos e
John J. Chaziya (Secretário Nacional)?
3. União Democrática Nacional de Moçambique (UDENAMO)
Paulo José Gumane (Presidente nacional)
Fanuel Guidion Mahluza (Secretário Para a Defesa e Segurança)
Zarica J. Sakupwanya (Secretário Para os Negócios Exteriores)
Foram testemunhas ao acto:
4. R. T. Sikasuka (Membro do Parlamento) e secretário parlamentar do gabinete do vice presidente da República da Zâmbia;
5. A. J. K. Kangwa (Secretário da Conferencia e subsecretário para os assuntos pan-africanos da UNIP (então Partido governante da Zâmbia).
A 18 de Junho de 1965 foi apresentado o primeiro staff do conselho provisório do novo partido, composto por:
1- Hlomulo J. Chitofo GWAMBE Presidente Nacional
2- Peter K. SIMBI Vice-presidente
3- Paulo José GUMANE Secretário Geral Nacional
4- Mahlatini NGOME Vice-secretário geral Nacional
5- David SAMAMBERE Secretário Financeiro Nacional
6- Absalam Titus BAHULE Vice-secretário Financeiro Nacional
7- Fanuel Guidion MAHLUZA Secretário da Defesa nacional
8- John G. J. BANDE Vice-secretário da Defesa Nacional
9- Vasco Campira A. MBOYA Director Nacional da Informação e Cultura e Serviços Sociais
10- Mazunzo M. BOBO Vice Director Nacional da Informação e Cultura e Serviços Sociais
11- Joseph NYANKHOMBE Secretário Nacional
12- Jose CHITEGI Secretário Organizador Nacional
13- Mathews KAMBEZO Director Nacional para Assuntos Pan-africanos
14- Amos SUMBANE Secretário Administrativo nacional
15- Calvino U. Z. MAHLAYEYE Director Nacional das Relações Exteriores
16- Joaquim A. MAWAWA Director Nacional da Liga da Juventude
17- Stella GEZANI Directora Nacional da Liga da Juventude Feminina
18- Zarica J. SAKUPWANYA Secretário plenipotenciário nacional
Edson Magalo, Sairosse Osteni, Ramilo Da Cila Faduwek e 49 outras pessoas gostam disto.
Comentários
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Amilcar Vera-Cruz López História perdida ou ocultada?
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Eusébio A. P. Gwembe Nem perdida, nem ocultada, Amilcar Vera-Cruz López!
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Lucas Henrique Matine Mas deve se qual razão para se ocultar?
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Eusébio A. P. Gwembe Lucas Henrique Matine reescrevemos continuamente a história mediante as inquietações do presente emergidas sobre os factos (mesmos factos, frise-se) do passado. Não creio que se tenha ocultado algo, mas o mais certo é que nem toda a informaçáo está disponível em Moçambique o que dificulta o ofício dos historiadores a quem cabe a responsabilidade de redigir a História.
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Lucas Henrique Matine Com muita razão! Mas a verdade é que se nós sabemos um pouco ou mal o nossa passadnm
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Alvaro Guimaraes Convenientemente esquecida caro Eusebio
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Mateus Mateus Jr. Pecou porque na altura não havia internet senão tudo estaria ON-LINE mas também a história é feita pelos vencedores "V".
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Vitorino David Bem haja Eusébio A. P. Gwembe. Estas informaçoes Sao boas para todos. Espero que Traga.mais para o Bem DA unidade nacional
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Alcidio Do Rosario Eram quantos partidos com designação UDENAMO's?
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Eusébio A. P. Gwembe Eram dois (um dirigido por Adelino Gwambe, com sede em Kampala e outro de Paulo Gumane, com sede no Kairo. Para diferenciar diz-se UDENAMO-Moçambique e UDENAMO-Monomutapa, respectivamente.
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Alcidio Do Rosario Grande novidade, sou um apaixonado pela história mas desta não sabia.
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Mateus Mateus Jr. Será que não houve copy & pass? Qual o movimento que surgiu primeiro?
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Helton Klinsman Qual dos UDENAMOs feliou-se à FRELIMO?
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Alcidio Do Rosario Tendo em conta a história, creio que foi a do Adelino Gwambe.
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Andre Jorge Chifeche Esta de dois UDENAMO'S nao sabia.
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Eduardo Domingos Crapulas da frelimo nunca falarao disso.
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Muzila Wagner Nhatsave Desculpa Eduardo , veja bem as datas antes de falar. A reuniao aconteceu em 1965, 3 anos apos a fundaçao da frelimo, e um ano do inicio da luta armada. essa reuniao foi para unificaçao da frelimo e outras forças nacionalistas que existiam. Porque carga de aguas devia a frelimo falar no assunto. ela ja havia sido constituida. peço as pessoas para lerem bem antes de tirarem conclusoes. Lupagire leia bem.
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Eusébio A. P. Gwembe Mas por que tem que ser a Frelimo a falar disso, Eduardo Domingos?
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Mira Taimo quero teu sinal
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Eduardo Domingos Entao so sabe de grupos reaccionarios? A frelimo ensina que coremo foi movmento reaccionario mas a historia recusa
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Buanamade Lupagire Sendo assim, FRELIMO nao surgiu com a uniao dos movimentos?
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Eusébio A. P. Gwembe Depois da união, surgiram problemas logo em Outubro de 1962 com a tentativa da destituição de Mondlane. Mas antes, em 27 de Julho, antes do Primeiro Congresso, houve um encontro secreto entre os dirigentes da UDENAMO e da MANU do qual resultou o chamado COMITÉ SECRETO DA RESTAURAÇÃO DA UDENAMO (COSERU)
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Buanamade Lupagire Thanks, pelo esclarecimento Eusébio A. P. Gwembe.
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Andre Murripa Caro Eduardo Domingos, a Histónia de Moçambique não deve ficar refém da Frelimo. Cabe aos historiadores escreverem a história de Moçambique.
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Andre Murripa Caro Eusébio, Mondlane e Sithole são citados como estando presente nestas conversações. Será que os dois não assinaram os documentos finais?
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Eusébio A. P. Gwembe Não assinaram o documento final em virtude de lhes ter sido pedido para que se retirassem, mas na lista de presenças chegaram de assinar.
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Vitorino David Caro André Murripa, se bem entendi no texto do post do ilustre Eusébio A. P. Gwembe, Eduardo Mondlane e Sithole, teriam sido convidados a abandonado a sala em virtude de não terem concordado com a dissolução da Frelimo e advogavam que os outros Movimentos se juntassem a ela
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Andre Murripa Bastante interessante!!! Então pode-se dizer que Mondlane instrumentalizou-se em conseguir cristalizar e consolidar a UNIDADE NACIONAL. Por isto e por outros factos, acho que Mondlane é que é o verdadeiro PAI DA MOÇAMBICANIDADE. Ele de facto concebeu a NAÇÃO, mesmo que não tenha assistido o seu nascimento. Por exemplo, Amílcar Cabral é considerado o PAI das nacionalidades guinnense e caboverdiana, mas não as proclamou.
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Gabriel Muthisse O COREMO foi, depois dirigido por Gumane. Quem acha que estes dados são inteiramente novos, e estão a vir pela primeira vez com o amigo Eusébio, é porque não se interessa pela história nacional.
O que muitos de nós temos de saber, é que nem todos os factos históricos aparecem nos livros de história do currículo escolar. Nem tal seria possivel!!!! Os interessados em história devem procurar os factos em trabalhos científicos como Teses académicas, publicacoes en revistas de especialidade e outros recursos. Também deve haver o hábito de visitar o Arquivo Histórico.
Sem isso, sempre que algum pesquisador, como Eusébio A. P. Gwembe, publicar factos históricos, alguém ha-de aparecer a acusar os de sempre de terem mentido. Porque acha-se que todos estes factos deveriam estar no livro de história do 5° Ano de escolaridade!!!! Em nenhum país do mundo é assim.
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Amilcar Vera-Cruz López Eu sempre tive dúvidas da frente de Tete. Será que não houve oportunismo da frelimo ao afirmar que apenas esta frente era perpetuada pela frelimo?
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Eusébio A. P. Gwembe Alguma vez a Frelimo afirmou isso ou é uma indução? Ainda não li algo que me ajude a perceber o seu raciocínio
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Gabriel Muthisse A FRELIMO nunca afirmou isso. É sabido que o COREMO teve algumas acções em Tete. O que a FRELIMO tem dito é que essas acções eram terroristas. Não se baseiavam na mobilização popular. Por isso mesmo, afirma a FRELIMO, não eram sustentáveis.
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Afonso Nassone Macaiele Uhm, cheira a esturro, eu acho que sendo moçambicanos que somos, vamos trazer ao de cima tudo que ajuda a construir uma pátria melhor, o que pode criar confusão, não sou apologista que nos entretemos em ocupar o tempo e gastar raciocínio com isso, eu acho que tudo o que pode levar a mas interpretações não interessa, vamos avançar com assuntos que possam servir de alavancas para fortificar o país, um bom filho faz isso a sua casa, não ajuda a destruir seja por que razão for, eu como moçambicano guardaria esses assuntos para uma altura de pais, onde o interesse seria conhecer os caminhos sinuosos da nossa independência. Neste momento interessa nos os caminhos que nos levam a PAZ, e não mais lenha na fogueira. Please
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Eusébio A. P. Gwembe Não entendi patavina, Afonso Nassone Macaiele!
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Antonio A. S. Kawaria Nem eu entendi bem o alcance do Afonso Nassone. Explique-te por favor!!!
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Metical Birira Jovo É por causa desses tipos como Anfonso Nassone que odeiam a história, não gostam d conhecer o passado que o jovens são antipatriotas.
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Andre Murripa Meu Caro Eusébio, procure também trazer-nos retratos atrás destes nomes sonantes na nossa história: Gwambe, Gumane, Sithole, Mmole, Nhagonga, etc. Nunca vi fotos destas pessoas.
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Gabriel Muthisse Não houve oportunismo nenhum na Frente de Tete. A FRELIMO esteve muito melhor preparada que o COREMO para a luta armada. É verdade que o COREMO teve algumas acções em Tete. Mas as acções da FRELIMO foram muuuuiuuuuito mais significativas.
Foram as acções da Frente de Tete que: (i) permitiram à ZANU lançar a luta armada para dentro do Zimbabwe, creio que em 1972; (ii) permitiram a extensão da luta armada para Manica e Sofala, sob o comando de Fernando Mathavele; (iii) permitiram a reabertura da Frente da Zambézia, sob o comando de Bonifácio Gruveta, através do Distrito de Mutarara; (iv) já em 1974, com base nas condições criadas por Tete, a FRELIMO já estava a infiltrar armamento e homens em Gaza e Inhambane.
Se isto é oportunismo, então que Viva e Oportunismo.
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Eusébio A. P. Gwembe O que existe na História é o acréscimo. Nem todos os documentos estavam ao dispor dos que elaboraram os primeiros manuais de História. Há documentos que só sairam dos arquivos passados 35 e 50 anos. Devemos é agradecer aqueles que, contando com poucos documentos ao seu dispor, nos disponibilizaram o conhecimento aceitável da História. Como diz Gabriel Muthisse, (Leitura e arquivos).
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Gabriel Muthisse E isso é sempre assim, Eusébio A. P. Gwembe. Em todos os países História se faz dessa maneira. Os dados não são libertos (ou disponíveis) ao mesmo tempo. E não há demérito nenhum nisso.
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Antonio A. S. Kawaria Mas que a omissão da parte da história sobre os movimentos nacionalistas foi propositada, isso foi. Disso é que não podemos duvidar. Há muitos casos bem visíveis que até fotos foram cortadas. Recordemos há bem pouco tempo foram homenageados muitos moçambicanos, mas quais? Será aquilo que se fez em quase todas as províncias não passou por um estudo passados mais de trinta anos? E se realmente existe em teses e arquivos históricos, porquê continuamos com uma história de exclusão?
Mas o que mais INTERESSA agora é que o nacionalismo não continue a se apropriar a um único grupo ou a apenas a quem pertence a um único grupo. Afinal, todos os grupos com facilidades ou com dificuldades lutavam pela independência de Mocambique.
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Gabriel Muthisse Onde houve omissão? Que factos foram omitidos? Aqueles factos que Antonio A. S. Kawaria não conhece é porque um malvado os escondeu? O que não está nos livros de história da quinta classe é porque alguém teve intenção de corta-los do conhecimento público? Repito, história de um país não se procura, principalmente, nos livros didáticos do ensino primário ou secundário. Por exemplo, os factos que Eusébio traz aqui eu já os conhecia
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Antonio A. S. Kawaria Meu amigo Gabriel Muthisse, o facto não é de eu conhecê-los ou não, mas não ter sido permitido a conhecê-los e foram mesmo omitidos e muitos continuam a ser omitidos e ignorados pelo vencedor. Disso sabemos. Mocambique será ainda grande se repararmos esses erros.
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Gabriel Muthisse Devia dar exemplos. Professor que o amigo Tony é, sabe que qualquer afirmação, sobretudo dessa dimensão, deve ser justificada com factos.
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Antonio A. S. Kawaria Reparemos, os monumentos espalhados em todo o país, e, construídos nos últimos anos, que história nos trazem? Quem vai me convencer que esses velhos que participaram em algumas reuniões ou na liquidacão dos outros nacionalistas, OS ESQUECERAM?
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Gabriel Muthisse Quer gostemos, quer não, a independência foi conquistada por esses que foram homenageados quando completaram 40 anos da sua morte. Podemos, alguns, não gostar deles. Mas esses sao os factos.
Outros estiveram no princípio. Mas logo nos meses seguintes desertaram. E foram fundar vários Partidos que acabaram por ter uma actuação muito marginal na luta. Outros foram até lá para 1968/69/70 mas acabaram, também, por não ir até ao fim. Desertaram. Não têm como ser homenageados da mesma maneira que os vencedores.
Outros fundaram movimentos nas décadas 20; 30; 40 e 50. Só que esses movimentos nao cresceram e não abalaram o colonialismo. Sem dúvida que merecem ser conhecidos. E merecem ser homenageados. Tenho a certeza de que, à medida que os factos forem sendo sistematizados, essas personalidades serão louvadas na historiografia nacional.
Repare, amigo Antonio A. S. Kawaria, que a nossa história não é apenas constituída pelos que fundaram Partidos Políticos. O nacionalismo moçambicano nasceu também nas igrejas, nos movimentos culturais e nas associações cívicas. Nem todos esses processos foram sistematizados. Ainda não o foram.
A mim me parece lógico que os historiadores tenham dado primazia ao movimento que, no imediato, trouxe a independência. E esse movimento, quer gostemos, quer não, foi a FRELIMO. Mas não acredito que algum historiador acredite que a história de Moçambique se esgote na FRELIMO.
Ademais, quantos historiadores tínhamos nas primeiras décadas? Felizmente, hoje temos um grupo relativamente mais numeroso, alguns dos quais, como Eusébio A. P. Gwembe, estão a fazer doutoramento
Nem todas as insuficiências de conhecimento do nosso percurso se devem a gente malvada
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Antonio A. S. Kawaria Tua opinião, meu amigo Gabriel Muthisse e com as tuas razões. Ainda bem que mais partes da história serão ainda conhecidas.
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Gabriel Muthisse Partes da história de todos os países do mundo estão ainda a ser conhecidas. Nem toda a história do Egipto, uma sociedade com mais de 5 milénios, é conhecida. Muitos factos, acontecidos há muitos milénios atrás, estão ainda a ser revelados. E isso não se deve a uma vontade subjectiva de escamotear factos.
No nosso caso, os factos mais conhecidos, nos primeiros anos da nossa independência, eram aqueles ligados à FRELIMO. Por razões óbvias. Toda a gente se lembrava da data da sua fundação (era anualmente celebrada), toda a gente conhecia a data do início da luta armada (essa data era comemorada ainda durante a luta), todos conheciam as datas dos congressos e das sessões do CC, todos conheciam os nomes dos comandantes tombados, as datas e os locais de caída... Parece-me lógico que os poucos historiadores que tínhamos, se tenham concentrado na sistematização desses factos, para os quais existiam registos frescos e disponíveis.
Agora vão sistematizar outros factos, maia dispersos
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