quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Coordenadora da ONU destaca paz como chave para o desenvolvimento

   


Márcia Freitas de Castro falava à imprensa

A coordenadora residente das Nações Unidas em Moçambique condenou, ontem, o uso de armas e “medidas drásticas” para resolver a crise política que o país atravessa e apontou a paz como “condição indispensável” para o desenvolvimento. “Condenamos todo e qualquer uso de armas e medidas drásticas para resolver este conflito, é preciso percebermos que as armas não agregam valor”, disse à imprensa Márcia Freitas de Castro, à margem da celebração, em Maputo, dos 71 anos da Organização das Nações Unidas (ONU).
Márcia Freitas de Castro considera que o país “atravessa um período complexo” e exortou o Governo e a Renamo a criarem a confiança necessária para que o diálogo político em curso se traduza no rápido alcance de um acordo de paz.
Para a coordenadora da ONU, a abertura para dialogar manifestada constantemente por ambas as partes é “um bom sinal”, no entanto, observou, “o calar das armas é urgente e indispensável”.
“É possível ter um processo negocial sem armas”, frisou, acrescentando que Moçambique é signatário de vários acordos internacionais para a protecção dos direitos humanos e é necessário que estes compromissos sejam respeitados.
Por seu turno, o ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, falando durante a cerimónia, disse que o Governo tem estado a fazer de tudo para que a paz seja restituída.
“A nossa intenção é que a paz seja duradoira”, afirmou, acrescentando que a solução para a crise política que opõe as forças do Governo e da Renamo passa, também, pelo envolvimento de todos os moçambicanos neste processo. “Queremos uma paz com pilares fortes”, reiterou o governante, observando que os moçambicanos precisam de “curar as suas feridas” e encontrar o caminho para a reconciliação.
Apesar dos casos de violência, o Governo e a Renamo voltaram ao diálogo, em Maputo, na presença de mediadores internacionais.

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