Caso de Sucesso
Não há dúvidas que o Canal de Moçambique se converteu numa lança em África no marasmo da imprensa nacional, rivalizando com os consagrados, no que tange à cobertura mediática, como por exemplo, o jornal SAVANA, que tem por detrás, uma linha accionista notável e generosa publicidade com lugar cativo; ou mesmo o jornal NOTÍCIAS, que tem como accionista maioritário o Banco Estatal que nunca vai a falência, oficinas de impressão próprias, além de ser leitura obrigatória de todos os organismos estatais do Rovuma ao Maputo, com assinaturas mensais cativas e também anúncios públicos.
A tudo isto, tem respondido o Canal de Moçambique com um jornalismo agressivo, sem espinhas, onde por vezes, a verdade parece mentira e vice-versa. Verdade mordaz mesmo são as suas fontes absolutamente credíveis. Diria até mais, militantemente jornalísticas.
E tudo isto é rebatido num cenário antagónico, ao nível das hostes do partido do poder, que de tanto descredibilizar a leitura do semanário, tornaram-se no seu maior agente de propaganda.
E o resultado aí está. Cinquenta meticais a edição semanal, mais 10 que os da concorrência; mais 4 ou 5 dólares na edição electrónica, e um conteúdo fast-food que se pode ler em apenas 15 minutos, tudo bem misturado, com mãos de mestre cuca, eis a iguaria mais popular do jornalismo moçambicano, que até conseguiu tirar partido das redes sociais como o Facebook e Twitter, ao contrário dos imobilistas da velha máquina de escrever, que até já pedem hoje carteira profissional de veterania para não irem para o desemprego.
Caso de sucesso, este jornal, que lê cirurgicamente a mente do moçambicano comum, e dava uma ou duas boas teses de Mestrado na UEM, se não fosse rotulado de Canal RENAMO pelos eclipsados intelectuais do Governo.
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