No intuito de combater o terrorismo, e de se precaver contra ele, a Alemanha inclui num pacote de medidas urgentes uma que a França já deixara cair: a perda da nacionalidade para combatentes jihadistas. Se outras medidas de segurança podem fazer sentido (como “criminalizar a apologia do terrorismo”), a perda de nacionalidade não se entende. O ministro alemão do Interior propõe que “cidadãos alemães que combatam com milícias terroristas noutros países e lá participem em operações, se têm dupla nacionalidade – e apenas neste caso –, percam a cidadania alemã”. O problema é que pode haver alemães (sem dupla nacionalidade) a cometer tais crimes. E a Alemanha não pode fechar os olhos a isso. Os 820 alemães que, segundo a AFP, foram combater para a Síria e Iraque em nome do Daesh, deviam, caso seja esse o caminho, ser julgados como alemães, não como “estrangeiros” ou marcianos. Porque não há nacionalidades isentas de crimes.
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