Desde o fim do apartheid que o ANC governava a capital. Um candidato da Aliança Democrática, Solly Msimanga, venceu as eleições.
Pretória, a capital sul-africana, está oficialmente a ser dirigida por um mayor da oposição desde sexta-feira. É a primeira vez que o Congresso Nacional Africano (ANC) perde o controlo da capital desde que chegou ao poder em 1994, no seguimento dos maus resultados registados pelo partido histórico de Nelson Mandela nas eleições municipais no início de Agosto.
Solly Msimanga, candidato da Aliança Democrática (DA), o principal partido da oposição na África do Sul, foi eleito esta sexta-feira para dirigir o município de Tshwane, que engloba a capital de Pretória - sem votação, visto que nenhum outro candidato se apresentou contra ele. Nas eleições de 3 de Agosto, a Aliança Democrática obteve 93 lugares (de 214) contra 89 do Congresso Nacional Africano e 24 dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF).
Solly Msimanga, candidato da Aliança Democrática (DA), o principal partido da oposição na África do Sul, foi eleito esta sexta-feira para dirigir o município de Tshwane, que engloba a capital de Pretória - sem votação, visto que nenhum outro candidato se apresentou contra ele. Nas eleições de 3 de Agosto, a Aliança Democrática obteve 93 lugares (de 214) contra 89 do Congresso Nacional Africano e 24 dos Combatentes pela Liberdade Económica (EFF).
Na quarta-feira, os EFF, de Julius Malema, anunciaram que votariam no candidato da Aliança Democrática em Tshwane. O ANC não apresentou candidato na sexta-feira - a votação já estava matematicamente perdida. É a primeira vez desde o fim da ditadura do apartheid que a capital sul-africana não é liderada por um político do ANC.
“A mudança chegou a Tshwane. Não sejam maus perdedores, eu penso que podem aprender uma coisa ou duas em termos de humildade”, lançou o novo mayor, Msimanga, de 36 anos, aos vereadores do ANC, que perturbaram o início do seu discurso, transmitido pela televisão. “As pessoas de Tshwane estão cansadas de corrupção, cansadas de ver milhões desaparecerem. Decidiram o que queriam para a sua cidade e não era o mesmo dos anos anteriores”, acrescentou Msimanga, que cresceu em Atteridgeville, em Pretória.
O ANC, partido do ex-Presidente Nelson Mandela, sofreu um revés sem precedente durante as eleições municipais de 3 de Agosto, registando o menor número de votos da sua história, a nível nacional, menos de 54%. Na sequência destas eleições, apenas conseguiu maioria absoluta numa das seis maiores metrópoles do país, Durban.
Na quinta-feira, um bastião simbólico da luta anti-apartheid foi também oficialmente derrubado às mãos da DA. Em Nelson Mandela Bay, sexta metrópole do país que engloba a cidade industrial de Porto Elizabeth, foi Athol Trollip, um antigo agricultor branco da região, o eleito presidente de câmara, tendo recebido o apoio de vários pequenos partidos. De acordo com um correspondente da AFP, vários elementos do ANC tentaram, sem sucesso, perturbar as eleições de quinta-feira.
Tshwane e Nelson Mandela Bay juntam-se à Cidade do Cabo, governada pela DA há dez anos. O mesmo pode acontecer na segunda-feira em Joanesburgo, a maior cidade do país, que pode eleger um mayor da DA, com o apoio dos EFF. O partido de Malema explicou na quarta-feira que o seu apoio não significa um governo de coligação com a DA. Os mayors eleitos devem então encontrar pontos de concordância, caso a caso, com os EFF.
Em Rustenburgo, onde se localiza a cidade de Marikana – que se tornou conhecida pela morte de 34 mineiros em greve, pela polícia, em 2012 – as eleições sofreram perturbações, na sexta-feira, segundo o site sul-africano News24. Os apoiantes dos EFF e do ANC entraram em confronto com a câmara municipal, onde o partido no poder conseguiu manter uma estreita vantagem, graças a uma coligação.
Vários analistas encontraram a explicação para o declínio do ANC nos escândalos de corrupção em torno do segundo mandato do Presidente Jacob Zuma. No entanto, o partido excluiu nos últimos dias qualquer possibilidade de afastamento do chefe de Estado sul-africano.
“A mudança chegou a Tshwane. Não sejam maus perdedores, eu penso que podem aprender uma coisa ou duas em termos de humildade”, lançou o novo mayor, Msimanga, de 36 anos, aos vereadores do ANC, que perturbaram o início do seu discurso, transmitido pela televisão. “As pessoas de Tshwane estão cansadas de corrupção, cansadas de ver milhões desaparecerem. Decidiram o que queriam para a sua cidade e não era o mesmo dos anos anteriores”, acrescentou Msimanga, que cresceu em Atteridgeville, em Pretória.
O ANC, partido do ex-Presidente Nelson Mandela, sofreu um revés sem precedente durante as eleições municipais de 3 de Agosto, registando o menor número de votos da sua história, a nível nacional, menos de 54%. Na sequência destas eleições, apenas conseguiu maioria absoluta numa das seis maiores metrópoles do país, Durban.
Na quinta-feira, um bastião simbólico da luta anti-apartheid foi também oficialmente derrubado às mãos da DA. Em Nelson Mandela Bay, sexta metrópole do país que engloba a cidade industrial de Porto Elizabeth, foi Athol Trollip, um antigo agricultor branco da região, o eleito presidente de câmara, tendo recebido o apoio de vários pequenos partidos. De acordo com um correspondente da AFP, vários elementos do ANC tentaram, sem sucesso, perturbar as eleições de quinta-feira.
Tshwane e Nelson Mandela Bay juntam-se à Cidade do Cabo, governada pela DA há dez anos. O mesmo pode acontecer na segunda-feira em Joanesburgo, a maior cidade do país, que pode eleger um mayor da DA, com o apoio dos EFF. O partido de Malema explicou na quarta-feira que o seu apoio não significa um governo de coligação com a DA. Os mayors eleitos devem então encontrar pontos de concordância, caso a caso, com os EFF.
Em Rustenburgo, onde se localiza a cidade de Marikana – que se tornou conhecida pela morte de 34 mineiros em greve, pela polícia, em 2012 – as eleições sofreram perturbações, na sexta-feira, segundo o site sul-africano News24. Os apoiantes dos EFF e do ANC entraram em confronto com a câmara municipal, onde o partido no poder conseguiu manter uma estreita vantagem, graças a uma coligação.
Vários analistas encontraram a explicação para o declínio do ANC nos escândalos de corrupção em torno do segundo mandato do Presidente Jacob Zuma. No entanto, o partido excluiu nos últimos dias qualquer possibilidade de afastamento do chefe de Estado sul-africano.
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