quinta-feira, 4 de agosto de 2016

II. PORQUE JULGO QUE AS ACTUAIS NEGOCIAÇÕES ENTRE O GOVERNO E A RENAMO NÃO TERÃO BONS RESULTADOS?


Re: Porque a improvisação é o cinismo são a mãe do insucesso. Nenhuma das partes em contenda possui um plano publicamente conhecido.
Uma das características que marcou e ainda marcam as negociações entre o governo e a Renamo é o secretismo e o minimalismo. Secretismo porque pouco se conhece o conteúdo e os pressupostos com que se chega aos acordos. Minimalismo porque para além do que se sabe – a Paz – nada mais. Quando a 4 de Setembro de 2014 assinaram-se os acordos de cessação das hostilidades, os moçambicanos vibraram de alegria ao ouvir Dhlakama dizer que “a Lei Eleitoral aprovada era das melhores e que a partir daquela altura o país teria as melhores eleições multipartidárias de sempre”. Veio a EMOCHIM e foi; vieram as eleições e cá estamos de novo em guerra, em crescendo.
• A constituição dos termos de referência para os mediadores aconteceu à porta fechada. O resultado foi um documento hostil aos próprios mediadores, que se viram obrigados a custear as suas próprias despesas para nos ajudar a alcançar a Paz.
• O orçamento ractificativo não demonstra nenhum compromisso para com a Paz. Imaginemos que de facto este ano, os acordos entre as partes resultem num compromisso alargado e mais forte. Com que linha orçamental se procederá a desmilitarização da Renamo? Ou se julga que este seria um processo sem custos? Qual é a provisão orçamental que será destinada ao novo pacote de entendimentos entre o governo e a Renamo? A falta deste tipo de antevisões demonstra pelo menos ausência de um compromisso, de um plano concreto para a Paz. E se/quando a Paz chegar, o estado terá que envolver-se em manobras de desvio de aplicações, abrindo espaço para um amplo campo nebuloso de corrupção e descaminho (ir)responsabilizável do dinheiro do povo.
SÍNDROME DE ESTOCOLMO
Síndrome de Estocolmo ou síndroma de Estocolomo é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor.
A síndrome recebe seu nome em referência ao famoso assalto de Norrmalmstorg do Kreditbanken em Norrmalmstorg, Estocolmo que durou de 23 a 28 de agosto de 1973. Nesse acontecimento, as vítimas continuavam a defender seus raptores mesmo depois dos seis dias de prisão física terem terminado e mostraram um comportamento reticente nos processos judiciais que se seguiram. O termo foi cunhado pelo criminólogo e psicólogo Nils Bejerot, que ajudou a polícia durante o assalto, e se referiu à síndrome durante uma reportagem (Sherwood, 2006).
Temos um grave problema neste país que é o primado da violência sobre outras formas de resolução de conflitos. Este estágio prolongado de convivência com os agressores minimizou as nossas perspectivas de Paz ao ponto de nos transformar em maiores cúmplices desta guerra. Cada vítima apoia o agressor com quem vive. Não há pontes, nem comunicação. Se está em Maputo, a culpa é de quem apoia a Renamo lá em “Gorongosa” ou “nas redes sociais”. Se está em Gorongosa, a culpa são destes tipos de Maputo que mandam os soldados para a qui. O resultado é uma sociedade dividida e polarizada que insiste nas mesmas metodologias falhadas nos últimos 20 anos.
QUEREMOS PAZ, QUE PAZ?
Infelizmente, a única coisa séria que esta a acontecer neste país é a guerra. Nos pontos de agenda em debate, não vejo nada sério capaz de nos trazer uma Paz eterna. Na primeira parte desta série sugeri a reformulação do primeiro ponto de agenda da Renamo para possibilitar uma maior flexibilidade na abordagem dos verdadeiros problemas que grassam este país. Os dois pontos subsequentes em debate também não são sérios ou no mínimo, estão mal formulados. O Governo colocou na mesa das negociações a desmilitarização/desarmamento da Renamo enquanto a Renamo colocou a questão da integração dos seus militares nas hostes do Estado. Estas propostas não passam de sugestões chantagistas e de mútua acomodação. Já aconteceu isso no passado; a Renamo já recebeu dinheiro para transformar-se num partido político mas não o fez. O Governo sabia da existência das armas e dos homens armados da Renamo ao longo dos últimos 16 anos mas não se preocupou em resolver o assunto. Desta vez, parece que voltarão a perscrutar os mesmos caminhos, com desembolsos avultados e não publicitados para acomodar as mesmas pessoas, nos mesmos moldes dos dos anos da ONUMOZ.
Se por um lado a desmilitarização da Renamo representa um imperativo para a Paz, é sobretudo no sistema político e no sistema eleitoral que devem incidir os esforços dos moçambicanos:
1. Revisão constitucional
2. Revisão do sistema eleitoral
3. Alargamento da descentralização e da municipalização
Os soldados da Renamo são pessoas. Não vão acabar. Só “acabarão” quando tiverem outras coisas a fazer. E o próprio Dhlakama só ficará sossegado quando sentir o aproximar de um efectivo sistema democrático inclusivo, onde cada um ganha mediante o seu esforço e não mediante a pertença ou não de um dos lados políticos.
SIM, urge uma trégua imediata para que o debate continue. Mas devemos ter em mente que o que temos na mesa das negociações é mesmo uma entrada e não o prato principal.
Pode o governo aceitar todas as precondições da Renamo: integrar seus homens armados e nomear os governadores. Tais medidas seriam de pouca dura. Nas eleições a seguir, Dhlakama e a Renamo continuariam insatisfeitos.
Porquê?
• Primeiro porque já aconteceu antes. Nos primórdios dos anos da Paz, a Renamo tinha administradores distritais por si indicados nomeados para os distritos “sob sua influência”. Estes administradores governavam na base das leis de Moçambique. A pouco e pouco, Dhlakama e a Renamo aperceberam-se que aqueles administradores já não respondiam os comandos deles mas às leis de Moçambique. Da mesma forma que no âmbito do AGP, o Chefe do estado-maior adjunto Mateus Ngonhamo muito claramente distanciou-se da Renamo quando Dhlakama tentava manipulá-lo. Isto poderá acontecer de novo. A acomodação não resolver o problema do país. Apenas minimiza-os.
• Segundo, porque se estes forem nomeados, estarão a mercê do Programa do governo moldado pela Frelimo. Responderão ao Presidente Nyusi. Qualquer que for o resultado, será obra de Nyusi e da Frelimo e não da Renamo. Por outra, a nomeação terá apenas resolvido problemas materiais e de orgulho pessoal de Dhlakama e não do país em si.
• O que quero dizer com isso? Quero com isso afirmar que a não ser que as condições legais mudem, pouco valerá nomear governadores em províncias onde a Renamo ganhou, ou seja, revisitar as três propostas por mim colocadas acima.
Para terminar, o próprio governo parece-me menos sério com relação ao plano de desmilitarização. Não apresenta nenhum roteiro de seguimento muito menos uma alternativa ao plano falhado aquando das negociações do Centro de Conferências Joaquim Chissano - plano, orçamento, calendário, etc. - dando a sensação de estar a querer queimar tempo.
Até agora, o modelo das negociações adotado parece-se com o daquele casal que se devem e que para cobrar, vão batendo nas crianças. E porque tudo o que as crianças anseiam é a Paz, aceitam qualquer solução, desde que haja Paz em casa. Só que nós não somos crianças da Renamo, nem da Frelimo, muito menos de Nyusi ou Dhlakama. Haja respeito, somos cidadãos, seus patrões.
• Existem assuntos que a Renamo hesita em discutir porque espera um dia ganhar eleicoes e governar nos mesmos moldes exclusivistas: descentralização, poderes do PR, sistema eleitoral, etc.
• Existem assuntos que a Frelimo hesita em discutir com receio de ver o seu poder diluir-se: descentralização, poderes do PR, sistema eleitoral, etc.
Estes dois “cabeçudos” concordam neste ponto, curiosamente e a sua indisponibilidade em discutir a descentralização é que perpetua esta instabilidade. E isto é histórico, desde a tentativa da redacção da terceira constituição. E é justamente este nó que deve ser desfeito.
Actualmente, a Frelimo está disponível em “satisfazer Dhlakama e seus homens”, desde que tal não toque no “nosso poder, já ganho”. “O resto, veremos…lá mais a frente”.
Por sua vez, a Renamo está disposta em receber qualquer coisa a troco destas acomodações imediatistas enquanto vai se organizando para a vitória eleitoral. A teoria geral da Renamo é escangalhar o aparelho do estado através da introdução de seus homens em todas as esferas de decisão. No fundo, trata-se da bi-partidarização do Estado sem garantias de que tal se torne mais democrática e inclusiva. E temos visto isso na Assembleia da República: quando é para punir o MDM, a Renamo e a Frelimo unem-se. É por causa deste tipo de comportamento que Moçambique está em guerra.
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68 Comments
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Alcides Maricane Recomendo Ler e perceber...Só queremos a PAZ
Fernandes Muchanga "Na luta de dois elefantes o capim é que sofre"
Nelson Junior Eu diria o seguinte: em poucas palavras: nada de bom eh de esperar destes acordos por que os dois partidod sao formados de lideres politicamente fracos, intelectuamente mediocres,moralmente nulos e acima de tudo, sejam os lideres que os partidos em si tem caractaristicas mafiosas...dizia um colono branco: nao vale a pena dar a independencia a estes negros pois iniciarao a matar-se uns aos outros...dito e feito....
Bento Bembele Meu canarada! O negro por natureza é vingativo, ambicioso, egoista, prepotente e maldoso.
Nelson Junior Ps!...e o tal colono dizia mais: que os lideres africanos pensam so com penis e com o dinheiro....e tinha razao!
Tony Ferreira Eu só sei que estamos tramados com estes dois beligerantes, até que aja entendimento entre os dois nós zé povinho vamos morrendo.
Ed Mazive que tal forçar o entendimento?
Tony Ferreira O povo tem sempre uma palavra a dizer em casos destes e acredito que já tem havido essa acção, agora se é suficiente para que os visados percebam que já chega isso é outro assunto.
Efraimo Neves Excelente colocação, mas estes problemas todos já sabemos queremos soluções, quais os caminhos imediatos a seguir
Egidio Vaz Acho que o senhor não leu bem. Heheheh. Será que não viu nenhumas?
Efraimo Neves Apenas vi alguns toques, mas nada profundo, irmão
Egidio Vaz Você tem algumas?
Efraimo Neves Hehehe, quer me apanhar ném
Egidio Vaz É que eu apresentei propostas de fundo
Benjamim F. Malate Realmente o diálogo devia cingir-se no debate desses 3 pontos enumerados, porque esse pontos é que são a causa dos problemas dos Moçambicanos, depois de alcançados consensos aqui deve-se debater o ponto da integração social dos HAR, e da acomodação dos caprichos do líder, porque é lógico que dessa história ele quer sair com benefícios materiais.
Dyne Silver Está lá encima:

Revisão Constitucional;
Revisão do Sistema Eleitoral; e
Alargamento de descentralização e da municipalização.
Efraimo Neves Por exemplo : falou da descentralização e Municipalização e não detalhou como é que isso deve ser feito.
Ps: eu acho que todos os distritos deviam ser municipalizados e a área que circunscreve o distrito devia conscidir com a área de jurisdição da edilidade.
Quanto à desconcentração dos poderes do PR, ele devia deixar de nomear e exonerar (o PGR, o presidente do Conselho Constitutional, presidente Tribunal administrativo, Governador do Banco do Banco de Moçambique, Presidente do Tribunal Supremo, passando esses a serem nomeados dentro dos seus pelouros e serem indigitados pelo PR.
São alguns exemplos que eu gostaria de ver detalhados pelo ilustreEgidio Vaz dado a sua influência e notoriedade na nossa comunidade académica e na sociedade em geral, porque parecendo que não influência de certa forma
Efraimo Neves Benjamim F. Malate, e Dyne Silver os pontos estão claros o problema está na execução como executa-los tendo em conta o passado
Benjamim F. Malate Primeiro há que mudar a agenda em debate, depois há que embutir na cabeça das duas partes que este é o melhor caminho para uma paz efetiva e duradoura para o país.Efraimo Neves basta que isso seja feito e haja vontade de ambas partes, a execução pode se desenhar um roteiro possível para se alcançar.
Caetano Alberto Mbuia Egidio Vaz ndakomerua kakamue na mafalanu "
Caetano Alberto Até agora, o modelo das negociações adotado parece-se com o daquele casal que se devem e que para cobrar, vão batendo nas crianças.
Caetano Alberto Estes dois “cabeçudos” concordam neste ponto, curiosamente e a sua indisponibilidade em discutir a descentralização é que perpetua esta instabilidade. E isto é histórico, desde a tentativa da redacção da terceira constituição. E é justamente este nó que deve ser desfeito.
Alito Gujamo TEMOS DUAS LINHAS COM ORIENTACOES DIFRENTES: a primeira e' que o expoente maximo(Nyusi) da ala do governo/FERLIMO monstra interesse com a paz, mas a sua base de sustentacao e' contrária as intencoes do seu chefe. A segunda, a sua base de sustentacao mo...See More
Nelson Junior Ps....se a riqueza em recursos naturais nos paises do Ocidente fortalece a soberania do Pais, cria a harmonia e a prosperidade dos cidadaos- nos paises dos negros essa riqueza so traz miseria, desuniao e guerras- realmente eh triste-Vejam os outros paises ricos em recursos naturais e tirem vossas conclusoes...eh triste
Dércio Tsandzana Mas, a questão da nomeação dos Governadores da Renamo por parte do Presidente não surgia na primeira análise como proposta para minimizar a crise, e hoje surge como não sugestão? Em quê devemos nos firmar?
Egidio Vaz Que problema resolve a nomeação de governadores?
Dércio Tsandzana Minimiza as pretensões armadas de ambos lados, enquanto ganhamos tempo para discutir uma PAZ efectiva que passa pela revisão do pacote eleitoral e aprofundamento da descentralização até às eleições de 2019. Devemos ter em conta que a Renamo só tem apetite de PODER.
Egidio Vaz Não minimiza. Isto é como exigências de bebê. Quer dormir, está com sono mas pede leite que não quer ou quer comida mas está com estomago cheio.
Dércio Tsandzana Então, qual é solução urgente para isto?
Alberto Ernesto Zico Ilustres, a governação das 6 províncias não pode ser caus para a FRELIMO visto k,a RENAMO já governou algumas autarquias mais não conseguiu mudar nada Expecto Beira gracas a deviz simango por isso diz em viva voz,entreguem as seis províncias k em 2019 estarão de volta. O país não tem dinheiro acham k vão ter proveitos?
Guilherme Noronha Alberto Ernesto Zico, a FRELIMO nao pensa assim. Para eles, se entregarem as 6 provincias, haverao paises que irao financiar a governacao da Remano nessas provincias. Veras todos esses que pedem auditoria forense a financiar a governacao da Renamao.....e em 2019 o resultado sera o inverso do que dizes. Isso a Freli n vai deixar acontecer!
Messias Uaissone Leio seus textos com cuidado. A politica em geral nao segue regras logicas (previsiveis). E se essa politica decorre em Mocambique, a previsibilidade e'menor ainda. Sobre a qualidade da paz, devo dizer que quem esta' na zona de conflito prefere uma paz fragil do que uma paz santa que nunca chega!
Filipe Sande "cabeçudos"
Prontos, a espera de III
Bendito Mazive Simeao Os dois partidos não são partidos nenhum são burladores do povo e nos cidadãos moçambicanos de olhos fechados sem ideias ficaremos sempre manipulados por estes assacinos
Novo Combatente De Moz A solucao para a paz eh a inclusao politica, economica, social e o fim da descriminacao politica.
Guilherme Noronha Como se faz essa inclusao?
Novo Combatente De Moz Reintegracao social e economica dos homens armados da Renamo, convivencia sa entre politico. Eliminar definitivamente a Frelimizacao do Estado, fazer a distribuicao da riqueza.
Varlido Jorge Mahoche compartilho contigo caro Egidio Vaz
Novo Combatente De Moz Segundo o politologo Joao Fereira por um lado o governo tem um discurso posetivista, mas no terreno faz o contrario. Questiona ainda: qual eh o medo de despartidarizar as instituicoes do Estado?
Inacio Fernando O FUndo da Paz ja tem previstas respostas quanto a desmilitarização da Renamo e ela propria subscreveu as condicoes. Falta vontade da Renamo em comprometer-se com a Paz porque ela não tem outra coisa a oferecer ao povo senao a guerra.
Carlos Edvandro Assis E o que a FRELIMO tem a oferecer? Opressao?
Benjamim Muaprato Esta é altura de voces que nos representam como Sociedade Civil e nós, os representados,sermos mais actores que espetadores. O que nos impede, afinal, para participarmos directamente naquele secretismo que perdura uma geraçao sem solução naquela sala?...See More
Fernando Sandramo Nenhum grupo ou Estado desenvolve quando escessivamente trata os seus coetaneo e compatriotas com escessivo nudez. Tem mais, nenhum pai delegou educacao do seu filho a vizinho e continuar em PAZ: pedimos dinheiro para escola, mas curricula tambem pedir???!!!! Pedimos dinheiro para curar doenca, medico tambem pedir???!!! Se sim, ate quando??!!!! Este pais.....ALLAH AKUBAR.....
Edmundo Banze Tem gente que gosta de aparecer!Como é que vais discutir com alguém que tá no cativeiro?O Egídio já expôs os pontos tragam ideias construtivas meus caros
Mondlane Dzowo O assunto da PAZ em Mocambique e mais Antropologico que meramente politico. A mente do povo mocambicano e que precisa, em primeiro plano, estar em PAZ.
Muchuquetane Guenjere Subscrevo Ilustre Egidio Vaz: "Uma das características que marcou e ainda marcam as negociações entre o governo e a Renamo é o secretismo e o minimalismo" e "O orçamento ractificativo não demonstra nenhum compromisso para com a Paz. Imaginemos que de...See More
Raul Junior camarada Egidio, como ha secretismo so podemos especular que a Paz que se pretende significa a divisao dos negocios na venda dos recursos do pa'is. E ponto final!
Manuel Gil Uane Eu sou da opiniao de que devemos rever a nossa constituiçao e termos instituiçoes de justiça capazes de garantir/fazer justiça sem olhar para a cor partidaria. Mas tambem temos que rever a lei dos partidos politicos, se possivel alterrar ate os proprios nomes dos mesmos deixando para traz os nomes que os mesmos trazem dos tempos de combate, seja qual tenha sido a causa do mesmo.
Julio Pinto Macitela Mario E.V. adorei o texto so pelo facto de usares a palavra "negociar" e nao ficaria feliz se usasses a palavra "dialogo" .
Ntumbuluka Mucavele Espero pelo terceiro porque depois do post julguei em algum momento haver parcialidade na sua colocação, entretanto este decipou qualquer que fosse dúvida, pois apresentou o que ganha e perde cada uma das partes envolvidas, a seriedade ou a falta dela em ambas partes nalguns casos, e principalmente os anseios e receios dos dois. Mas mais do que tudo isso, o desejo do povo moçambicano, a Paz.

Aspectos a realçar, o medo da revisão na lei eleitoral em ambas partes fere o vontade dos seus patrões.

Parabéns pelas colocações!
Dito Sambo Bem dito e já se vem dizendo, há interesses materiais individuais em jogo. No dia em que os políticos deixarem de pensar em si, suas alas e pensarem neste país aí sim. Uma coisa é certa o teatro no parlamento devia parar, diminuir se a teoria das bancadas e funcionar um parlamento com verdadeiros interesses do povo e o seu país. Rever instrumentos legais arrolados e pertinente, dinimuir poderes deste ou daquele, ainda é possível, mas diminuir o egoísmo político, o fanatismo, o populismo seria um passo para um moçambique uno. Já se disse que nos não somos filhos dos políticos, porque se refugiam em nos? Enquanto não defenderem os nossos interesses soberanos, como a paz, não tem direito de se pronunciarem em nosso nome. A terminar, a escola e fundamental para acompanhar o modernismo e muitos dos nossos políticos precisam de evoluírem nas suas visões para um Moçambique melhor. Mais não disse.
Isabel Paunde Efectivamente se estivesse em debate temas de interesse nacional, outros actores relevantes da sociedade estariam envolvidos. O que está em discussão e a partilha de moçambique a exemplo da conferência de Berlim onde foi feita a partilha de África. E como nos moçambicanos somos como somos seremos vítimas da nossa cobardia. Cada povo tem os líderes k lhes merece... o que vAi ser acordado será no interesse das duas partes e quando uma entender k esta em desvantagem.
Dulcidio Matusse Caro Igidio, era importante canalizar esse texto aos que estão na frente das negociações, sobretudo os mediadores estrangeiros. Julgo que desta forma, estarías a contribuir grandemente para o alcance de uma paz efectiva, duradoura e consensual. Bem hajam os amantes da paz que não se calam.
Bernardino Victoria Augusto Ilustre Vaz, este Pais enquanto for pensado como tem sido ate agora, na "logica de grupos" e com VISAO de Estado tambem formatada nessa logica, estaremos refens independentemente de quem esteja no Poder, por isso, concordo sim que o fundamento do nossoEstado e suas aspiracoes futuras tem que comecar com a revisao (reforma) Constitucional, porque aqui ha materia mais que suficiente para se discutir. Penso que as cedencias e os ganhos das conversacoes (negociacoes) deveriam permitir uma transicao do tipo de Democracia que temos para uma que os principios e instrumentos de um Estado Democratico e de Direito realmente funcionem. E numa avaliacao breve teria-se uma Constituicao que permite um processo de verdadeira Descentralizacao, uma Lei eleitoral mais actualizada, Orgaos de Estado e Instucionais eficazes e nao teriamos as FDS cacando os residuais da Renamo e seu lider. Pena que realmente a "portas fechadas" das conversacoes (negociacoes) impera a "logica de cada qual defender seu grupo" (excluindo as outras forcas vivas da nacao). Assim nao se chega a sitio algum.
Rosario Fome Ufff. Fikei tao embalado k nem tinha me apercebido k estáva no fim do texto. Aguardando a parte III.
Absalao Mussuei Depois de ouvir Salomão Moiane no Programa da STV. Acredito que existe uma luz no fundo do Túnel Mas passa que no chefe de estado seja chefe e visionário: Assumindo a proposta da RENAMO de Governação das 6 Províncias, aguardando uma retificação pontual da constituição da república para sua implementação. E como presidente da FRELIMO conter a insatisfação dos camaradas. até as próximas eleições para estudar como vão vencer. nas províncias que a RENAMO exige o poder. crei que Foi assim que chissamo pensou em Roma para alcançar a paz no país.
Renato Sale Optima visão aguardamos mais textos Dr. Abraço
Ad Leite Leite O PR já declarou sua incapacidade quando afimou que " se dependesse de mim a paz teriamos tido ontem" parece me que sua excelência respondia a publica passada do ilustre E. Vaz.
Por outro, não seria falta de compromisso ao permitir que os facilitadores sustentem as suas despesas.
Ernesto Nhaule Parabéns ilustre pelo bom exercício da academia. Pena que seu pensamento não xega aos protagonistas...
Alberto Mussana Gente cabecuda, arrogante e extremista. Isto chama se incapacidade governativa. Se as agendas partidarias estao acima e sobrepoem se a agenda do pais, entao esses dirigentes nao servem. Isto e, mais vale o pais afundar para salvar a honra de um partido. Ta bem, mas a que lembrar que se existe algo soberano, e o povo. Fazemos tanta confusao, mas no dia que o povo se levantar, podem ter a certeza, que vao entender que nao valeu a pena agir assim. Mocambique e o unico pais no mundo que tem potencial para se erguer em 5 anos e alavancar a economia regional, mas nossos dirigentes ignoram isso.
Agostinho Victorino Candido Comparti-lho esta msg por concordar que é necessário deixar a vontade do grupo de lado e colocar o todo em primeiro lugar. Quando se ataca um transporte público, aquém queremos, atingir. Que culpa tem as crianças que ficaram órfãs por esta partilha de poder, não existe outra forma de cobrar. É urgente tomarmos uma posição activa e neutra. Os ataques da renamo sao tbm reacção de uma acção, mas que peca por repercutir no elo mas fraco.
Janeiro Romao "Só que nós não somos crianças da RENAMO nem da FRELIMO"
Francisco Jose Estes Posts do EV podiam ser Cartas Abertas para os eternos beligerantes e suas cabecilhas. Dá gosto em ler...
Tomás Guimarães Mano Egidio Vaz que tal depois da terceira carta apunlicar isto nos jornais de maior circulaçao no pais estas linhas foram bem escritas embora que akguns teimosos vao ler torto
Pita Fundice O problema central para mim e porque a guerra dos dezasseis anos terminou sem vencedores. Aquilo chama-se empate. Os dois lados contunuam a nao se temerem. Para mim o Sindrome de Estocolomo torna-se invalido. O povo que e que geralmente entra no tal sindrome. Pois quem fica temendo o outro nao sao os beligerantes, mas sim a populacao. O medo e horror deve atingir as partes em conflito. Por isso defendo que e Mocambique so teremos paz se haver vencidos nos confrontos.
Rogerio Antonio Este segundo texto parece-me interessante em relação ao primeiro, parabéns meu caro.
Chacate Thinker " [...]nós não somos crianças da Renamo, nem da Frelimo, muito menos de Nyusi ou Dhlakama. Haja respeito, somos cidadãos, seus patrões" Egidio Vaz e' mesmo outro nivel! Much respect dude! Hoje estarei atento `a sua intervencao na companhia dos grandes G40. Hehehehehehehehehe!!!!
Rogerio Antonio Estará aonde?
Efraimo Neves Chacate Thinker no linha aberta?
Rogerio Antonio Acho que é melhor deixar-lhe, parece que não está afim de partilhar onde e' que o Egidio Estará mais logo.
Chacate Thinker Só agora vi vossas mensagem. Penso que já viram onde estava o Egidio Vaz ontem a noite.
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Marcos Luis Rabo Perceptível a sua mensagem Egidio Vaz. Isso é uma ferida que não cura em sena chamamos de Chironda cha N'jinda.
Jojoch Filha UNAY CAMBUMA , ,devia ler estes lindissimos Textos ....
Joaquim Tredua Tredua O meu avo sempre me disse: Quando a criança queima na bariga, a mae por razoes nenhumas pode nem deve queimar atraz(no cólo). se nao, ninguem tera que caregar nem ser caregado.
Nelsoncarlos Tamele Assim querendo dizer ok?
Joaquim Tredua Tredua simples: enquanto as partes tem mesmos defeitos que é a "luta pelo tacho"ninguem estara em condiçoes de manter paz neste pais.
Adelino Buque Boa reflexão caro E. V. Só existe um se não, aqueles que decidem não gostam de ler!
Ajm Selemane Onde está o poder do povo?
Fauzio Mussagy Fernandes O povo perdeu o poder, a chance e a oportunidade de vencer... Vamos às urnas jovens desfazer aquele parlamento e 3 partes tirar a maior desses dois partidos são causadores de confusão na sociedade
Renas Simiao Nao concordo muito que a renamo nao tena se desmilitarizado apôs a guerra dos 16 anos.
Desmilitarizou se sim e ficou com um número significativo de armas para a guarda dos seus dirigentes.
Para um militar nao precisa ter arma para lutar. Aranja, aranca.
O mais importante não é que haja uma reintegração económica, poitica e social dos homens da renamo.
Fazer de Moçambique um estado democratico.
"Lavar" todas as mentes moçambicanas.
Moçambique é grande.
Tem lugar para todos.
Não é preciso empurar ninguém.
Heleno Bombe se está em Maputo a culpa é de quem apoia a Renamo lá em Gorongosa ou nas redes sociais, se esta em Gorongosa a culpa são destes tipos de Maputo que mandam os soldados para aqui. o resultado é uma sociedade dividida e polarizada. clap clap clap
Alberto Joaquim Tudo pra dar certo ta ai as visoes de filhos k amam este pais. Forca mano EV.
Bento Bembele Há que não perder de vista. Os históricos de nachingueira querem passar para o outro lado "morte natural" ainda com o poder nas maos. Depois, ai, mocambique que se vire. O Camarada Filipe Nhusy está feliz, é jovem quer governar por muitos anos, basta a guerra continuar por muitos anos e longos anos, pois não haverá condições para eleições. Dizem que a Dhlakhama que se dane, se nao lhe conseguir eliminar por via militar, vai desaparecer de forma natural la no Mato. O terreno está fértil, há muitos jovens descontentes que podem engrossar as fileiras em ambos os lados: FDS v/s Guerrilheiros. E os nossos generais vão facturando, pois descobriram que com a guerra os militares são valorizados e ganha-se muito dinheiro. ISTO É ÁFRICA.
Ofelia Da Silva Tomas Egidio devia trazer este teu post nas suas aparições em rádios, televisões e imprensa. Porque, importante mesmo é haver sistemas eficazes de eleições para que ninguém reclame o que seja.
Ivan Chihale Camarada Egidio Vaz...excellent leitura dos factos.
Ivan Chihale Devias fazer ouvir sua voznas radios e tvs
Jose Elias Sheffer Tenho uma profunda admiracao pela forma em que o Dr. Egido tem articulado as suas reflexoes sobre o teatro que o estado mocambicano impoe aos mais fracos... Parabens Dr...
Josue Mucauro Culpado de tudo isso é assembleia da república, que em vez de discutir assuntos e ter uma solução consultada na base(onde foram eleito ), discutem pessoas e não trazem nada de novo, e ficou uma AR previsível, onde tudo que vem do governo a FRELIMO aprova e a RENAMO reprova, resultado temos que criar grupos de governo e da renamo para negociar fora do parlamento o destino do país, e a dita casa do povo fica a espera do resultado para " promulgar" enquanto devia ser ela a resolver, crítica mos muito nhussy e dhlakama em vez de criticar mos as chefes da bancadas. A constituição não pode ser mais importante que a paz, não vejo o porque de não partir mos para modelo sul Áfricano, mais nas próximas eleições.
Manuel Bila falta o verdadeiro amor a patria
Gervasio Silverio caro egidio, se um dia os companheiros ditos policos no sentido restrito do termo te respeitarem ou, pelo menos respeitarem seu argumento, neste mesmo dia, estaremos gozando dos direitos democraticos. contudo, pena, escreves e comentas pra mim. para eles, es um autentico covarde por despertares ate ao ultimo cidadao. adoro seu trabalho. boa noite
Jose Elias Sheffer Nao acredito que o dr. Egidio seja Covarde. talves o Gervasio que nem a cara mostra. Essa e agrande covardia humana...
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