Lisboa - O Chefe da Casa de Segurança do PR, general Hélder Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, foi flagrado na passada quarta-feira, na cidade do Móxico, a exibir no busto, um passe do partido MPLA, o que constitui violação do artigo 207 da constituição angolana que proíbe os militares no activo de participarem em actividades políticas e de usarem símbolos partidários.
Fonte: Club-k.net
"Kopelipa" viola constituição exibindo símbolos de partido político
O responsável militar encontrava-se a acompanhar a caravana do Presidente da República, José Eduardo dos Santos que neste dia realizou uma visita de Estado aquela província do leste do país, onde teve lugar a reunião semanal do Conselho de Ministro.
O acto de agressão a constituição, por parte deste general do exercito angolano mereceu já reações e condenações, sendo que o ativista Humberto Caetano terá sido um dos primeiros a levantar o debate questionando se “JES foi ao Móxico na qualidade de Presidente da Republica, ou na qualidade de Presidente do MPLA”.
“O chefe da segurança do PR, general Kopelipa está a usar um passe do MPLA, como podemos ver na fotografia”, o que no entender deste activista, isto revela que “O Presidente JES e o MPLA até hoje não conseguem deixar de ministrar o Estado com o MPLA”
De lembrar que esta não é a primeira vez que este general no activo apanhado em ações partidárias. O caso mais mediático aconteceu a 31 de Julho de 2012, em que o mesmo apareceu no lançamento da campanha do MPLA, com uma camisola com as cores da bandeira do partido que sustenta o regime.
Em de Novembro de 2013, o comandante do exército das FAA, general Lúcio Amaral alertou que as FAA são, nos termos da Constituição da República e da Lei, rigorosamente apartidárias. “Isto significa que os militares do Exército estão proibidos a pertencerem em actividades político-partidárias, muito menos em ostentarem símbolos ou insígnias de partidos políticos”.
Um peso e duas medidas: O Caso do Tenente Osvaldo Caholo
O caso do general Vieira Dias "Kopelipa" em exibir passe do partido político, MPLA, aconteceu precisamente na mesma semana em que o Tribunal da Região Militar de Luanda anunciou julgamento para breve do tenente das FAA, Osvaldo Sérgio Correia Caholo que está a ser acusado pela Procuradoria Militar de ser militante do Bloco Democrático.
Osvaldo Caholo, licenciado em relações internacionais faz parte do grupo de presos politicos acusados pela Procuradoria do general João Maria de Sousa de planear, no ano passado, um atentado contra a vida do Presidente José Eduardo dos Santos.
Incialmente foi acusado pelo Tribunal Provincial de Luanda de furto de um documento militar confidencial que “o Serviço de Inteligência Militar, através do general António José Maria, enviara ao Presidente da República, na qualidade de comandante em chefe das FAA”. Na acusação, o juiz Januário Domingos mencionava que “o referido documento foi apreendido pelo serviço de investigação criminal na casa do próprio réu”.
Porém, ao transferirem o caso para a esfera judicial militar, alteraram a acusação contra si, e vai agora ser julgado e acusado de suspeitas de pertencer a um partido político.
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