ARSÉNIO HENRIQUES, CONTINUO À ESPERA DA RESPOSTA!
Para mim tinha muita vantagem a nomeação do meu amigo e colega de profissão e de turma Arsénio Henriques para o cargo de assessor de imprensa do Presidente da República. Vantagem porque, sendo ele um jornalista da minha geração, da turma de 2000-2003 na Escola de Jornalismo, acreditei piamente que iríamos juntos tentar unir os esforços para agirmos no sentido de promover o fortalecimento da liberdade de imprensa e de expressão bem como do direito à informação, condição essencial para uma cidadania activa, consciente e responsável, tendo em conta os desafios que se impõem na nossa comunicação social hoje, cercados que estamos pelos G 40s e companhia limitada. Para além de ser jornalista, exerço as funções de director executivo da Associação Moçambicana de Jornalismo Judiciário, dádiva de Deus, o que oferece largas oportunidades no âmbito da advocacia em prol do acesso à informação na justiça, da promoção da cobertura jornalística especializada, profissionalizada e sistematizada de assuntos de justiça, no apoio à democracia e boa governação, assim como na promoção dos direitos humanos e cidadania, da paz e da unidade nacional, da igualdade de género e dos direitos da criança. Foi nessa qualidade, de dirigente desta nossa associação de jornalismo judiciário, dádiva de Deus, que apresentei a V. Excia uma proposta no sentido de realizarmos, em parceria com a Presidência da República, um encontro de reflexão subordinado ao tema “ESTADO DE DIREITO, JUSTIÇA E DIREITO À INFORMAÇÃO”. Exercício similar foi feito com a Procuradoria-Geral da República, nossa parceria jus natura. Tens a proposta ai no teu e-mail há sensivelmente um ano. Como passa um ano sem que me tenhas dado uma resposta, tomo a liberdade de concluir que a tua nomeação para o cargo de assessor de imprensa do presidente Nyusi não tem vantagem nenhuma. Nem para mim, nem para o Presidente da República, nem para ninguém. Podia aqui dar por terminada a conversa, mas tem outra parte da história: o que mais me aborreceu foi que tu te tenhas comportado não como um facilitador da nossa luta em prol do direito à informação, da liberdade de imprensa e de expressão, mas como um dificultante, dado que ainda que eu tenha intercedido de outra forma, pedindo que me fornecesses o contacto do até então conselheiro do PR para a política e comunicação social, Dr. António Gaspar, levaste um mês a dar voltas de um lado para o outro até que, cansado da minha insistência, acabaste por me atirar na cara sem dó nem piedade o seguinte: “Aquele é conselheiro do PR, não posso te dar número dele de qualquer maneira”. Para ti eu sou um gajo assim “de qualquer maneira” só porque sou um rastaman desde a nascença. Lembraste de como te mandei passear ao telefone, dado que estava eu a submeter-te ao teste, a querer ver até que ponto tu ias nessa tua cena de barrar a humanidade de se reunir na Presidência da República e discutir com o Presidente da República temas relevantes da República, dado que conheço o Dr. António Gaspar há muito tempo e mesmo que não tivesse o contacto dele naquele momento não seria um pacóvio a ponto de acreditar que somente tu serias o portador do contacto dele em toda a República. Ser conselheiro do PR ou até mesmo ser PR não equivale propriamente a ser um Deus como pretendes fazer crer, embora agir em sentido contrário não quererá significar reduzir a importância do cargo. Tu como assessor de imprensa do PR deves te achar um Deus. Dirás que isto é um ataque pessoal, qual quê, sabes muito bem que nós somos bradas, apenas estou a lamentar a dor que me causaste, equivalente a uma joelhada entre as pernas nigga. Tendo sido empossado assessor de imprensa do PR, você esqueceu de um dia para o outro que o teu grande instrumento de trabalho era a tua base de dados como jornalista que conhece outros jornalistas e preferiu virar um burocrata que, no lugar de facilitar, dificulta a malta, prejudicando a humanidade inteira. Pessoalmente, duvido muito que tenhas feito chegar ao PR a nossa proposta de actividade, se é que no mínimo possas tê-la feito chegar ao Dr. António Gaspar. Limitaste-te a barrar-nos, barrando a humanidade. De qualquer forma, não deixarei de lhe dar uma oportunidade de responder a nossa proposta, mas desta vez espero que me respondas neste mesmo post, não te esqueças que somos amigos nesta mesma plataforma. Mas eu, pessoalmente, não só estou decepcionado pela baixa qualidade do serviço prestado, como também estou envergonhado com essa representação errada da nossa geração. O direito à informação flui melhor entre amigos, mas também é uma questão de serviço público. Não responder à nossa proposta durante sensivelmente um ano não vai de acordo com os desígnios de uma sociedade de informação e de conhecimento. Não sei o que o presidente Nyusi vai pensar quando lhe chegar aos ouvidos que tu estás há um ano sem nos responder a um expediente que te enviamos na tua qualidade de assessor de imprensa, mas acredito que ele não vai gramar nada dessa cena Bay. Tenho saudades do tempo em que vinhas aqui nas barracas do Xipamanine me pagar uns copos. Nessa altura não havia tanta burocracia nem burocratismo muito menos burrocratismo. Lá porque a gente ainda prefere ficar aqui nas barracas do Xipamanine a beber uns copos numa boa com a malta do que nos metermos na política não quer dizer que a gente não pensa. E se queres mesmo saber, acho que o Presidente Nyusi tem andado muito mal informado nos últimos tempos e quando nós tentámos ajudar de alguma forma, como republicanos que somos, lá vens tu barrar os processos. Não é para isso que a malta te paga o salário. Nós pagamos os impostos para garantir o funcionamento da máquina mano, bem como garantir a celeridade dos procedimentos administrativos. E não sei o que andas a fumar para não compreenderes isso. Ou será que tu achas que nós não temos feitio para coordenarmos um encontro de reflexão na Presidência da República sobre temas candentes da República. Não gramas de rastas? Talvez seja isso. Para já, não sei o que o Anselmo Sengo, o Jose Luis Gonzaga Jeque, o Ivo Tavares, o Moisés Wetela, o António Mondlane e a Arlete, nossos colegas de turma, vão dizer disso tudo. Se quiseres mesmo saber, tenho a mesma patente do presidente Filipe Nyusi enquanto comandante-em-chefe das Forças de Defesa da Liberdade de Imprensa e de Expressão, uma dádiva de Deus, pelo que continuo sem saber porque ando a perder tempo contigo do que ir directamente falar com o meu homólogo, que muito facilmente saberá compreender que a grande esperança para a nossa comunicação social, actualmente chafurdada na lama, não reside na repetição do discurso presidencial, uma filosofia patusca que caracterizou os últimos 10 anos da nossa governação, mas sim numa capacidade de abertura para novas ideias e novas abordagens. No seu discurso alusivo à tomada de posse do Primeiro-Ministro, Ministros e Vice-Ministros, proferido a 19 de Janeiro de 2015, o presidente Filipe Nyusi disse que “este governo deve ser muito comunicativo com o povo. Os membros deste governo devem encarar o acesso à informação como um direito de cidadania consagrado na Constituição da República e na lei. A nossa acção deve ser alicerçada nos mais altos princípios da ética governativa, como a transparência, a integridade, o primado da lei, a imparcialidade, a equidade e a justiça social”. Oh Senito, agindo assim estás a colocar em causa a segurança do Estado pah. Não era teu hábito dormir na sala de aulas, mas desta vez acho que andaste maningue distraído que não percebeste muito bem que o discurso do camarada Nyusi não é para ser guardado na gaveta, mas sim para ser praticado à risca. Se preferires debater isto pessoalmente, ainda vais a tempo de aparecer aqui no Xipamanine, falaremos enquanto bebemos uns copos numa boa. Até podemos chamar o Anselmo Sengo para se juntar à mesa, acho que lhe interessa este assunto. Mande os meus cumprimentos à senhorita Sheila sua esposa, tínhamos marcado um almoço de família que nunca mais chegamos a realizar, lembras-te? Quando eu dei o meu testemunho no julgamento do economista Carlos Nuno Castel-Branco e do jornalista Fernando Mbanze, acusados de crimes contra a segurança do Estado por causa de um certo escrito, o juiz João Guilherme perguntou a Dra. Sheila se tinha alguma pergunta a me fazer e ela disse que “não, não tinha nada a perguntar”, dado que eu tinha sido claro no meu testemunho, tendo dito àquele tribunal que aquele processo contra aqueles pobres homens é um atentado contra a liberdade de imprensa e de expressão e uma ameaça ao Estado de Direito e Democrático, dado que não se pode limitar a crítica política, ainda que ela seja uma crítica severa, impiedosa e mordaz com alguns temperos de humor e sátira que fazem bem ao espírito e a alma. Deixando cá de cantigas, continuo à espera da resposta à nossa proposta de realização daquele evento em parceria com a Presidência da República brada. Tens quinze dias, a contar a partir da data da publicação deste texto! O direito à informação é um direito de cidadania. E a Luta Continua!
Para mim tinha muita vantagem a nomeação do meu amigo e colega de profissão e de turma Arsénio Henriques para o cargo de assessor de imprensa do Presidente da República. Vantagem porque, sendo ele um jornalista da minha geração, da turma de 2000-2003 na Escola de Jornalismo, acreditei piamente que iríamos juntos tentar unir os esforços para agirmos no sentido de promover o fortalecimento da liberdade de imprensa e de expressão bem como do direito à informação, condição essencial para uma cidadania activa, consciente e responsável, tendo em conta os desafios que se impõem na nossa comunicação social hoje, cercados que estamos pelos G 40s e companhia limitada. Para além de ser jornalista, exerço as funções de director executivo da Associação Moçambicana de Jornalismo Judiciário, dádiva de Deus, o que oferece largas oportunidades no âmbito da advocacia em prol do acesso à informação na justiça, da promoção da cobertura jornalística especializada, profissionalizada e sistematizada de assuntos de justiça, no apoio à democracia e boa governação, assim como na promoção dos direitos humanos e cidadania, da paz e da unidade nacional, da igualdade de género e dos direitos da criança. Foi nessa qualidade, de dirigente desta nossa associação de jornalismo judiciário, dádiva de Deus, que apresentei a V. Excia uma proposta no sentido de realizarmos, em parceria com a Presidência da República, um encontro de reflexão subordinado ao tema “ESTADO DE DIREITO, JUSTIÇA E DIREITO À INFORMAÇÃO”. Exercício similar foi feito com a Procuradoria-Geral da República, nossa parceria jus natura. Tens a proposta ai no teu e-mail há sensivelmente um ano. Como passa um ano sem que me tenhas dado uma resposta, tomo a liberdade de concluir que a tua nomeação para o cargo de assessor de imprensa do presidente Nyusi não tem vantagem nenhuma. Nem para mim, nem para o Presidente da República, nem para ninguém. Podia aqui dar por terminada a conversa, mas tem outra parte da história: o que mais me aborreceu foi que tu te tenhas comportado não como um facilitador da nossa luta em prol do direito à informação, da liberdade de imprensa e de expressão, mas como um dificultante, dado que ainda que eu tenha intercedido de outra forma, pedindo que me fornecesses o contacto do até então conselheiro do PR para a política e comunicação social, Dr. António Gaspar, levaste um mês a dar voltas de um lado para o outro até que, cansado da minha insistência, acabaste por me atirar na cara sem dó nem piedade o seguinte: “Aquele é conselheiro do PR, não posso te dar número dele de qualquer maneira”. Para ti eu sou um gajo assim “de qualquer maneira” só porque sou um rastaman desde a nascença. Lembraste de como te mandei passear ao telefone, dado que estava eu a submeter-te ao teste, a querer ver até que ponto tu ias nessa tua cena de barrar a humanidade de se reunir na Presidência da República e discutir com o Presidente da República temas relevantes da República, dado que conheço o Dr. António Gaspar há muito tempo e mesmo que não tivesse o contacto dele naquele momento não seria um pacóvio a ponto de acreditar que somente tu serias o portador do contacto dele em toda a República. Ser conselheiro do PR ou até mesmo ser PR não equivale propriamente a ser um Deus como pretendes fazer crer, embora agir em sentido contrário não quererá significar reduzir a importância do cargo. Tu como assessor de imprensa do PR deves te achar um Deus. Dirás que isto é um ataque pessoal, qual quê, sabes muito bem que nós somos bradas, apenas estou a lamentar a dor que me causaste, equivalente a uma joelhada entre as pernas nigga. Tendo sido empossado assessor de imprensa do PR, você esqueceu de um dia para o outro que o teu grande instrumento de trabalho era a tua base de dados como jornalista que conhece outros jornalistas e preferiu virar um burocrata que, no lugar de facilitar, dificulta a malta, prejudicando a humanidade inteira. Pessoalmente, duvido muito que tenhas feito chegar ao PR a nossa proposta de actividade, se é que no mínimo possas tê-la feito chegar ao Dr. António Gaspar. Limitaste-te a barrar-nos, barrando a humanidade. De qualquer forma, não deixarei de lhe dar uma oportunidade de responder a nossa proposta, mas desta vez espero que me respondas neste mesmo post, não te esqueças que somos amigos nesta mesma plataforma. Mas eu, pessoalmente, não só estou decepcionado pela baixa qualidade do serviço prestado, como também estou envergonhado com essa representação errada da nossa geração. O direito à informação flui melhor entre amigos, mas também é uma questão de serviço público. Não responder à nossa proposta durante sensivelmente um ano não vai de acordo com os desígnios de uma sociedade de informação e de conhecimento. Não sei o que o presidente Nyusi vai pensar quando lhe chegar aos ouvidos que tu estás há um ano sem nos responder a um expediente que te enviamos na tua qualidade de assessor de imprensa, mas acredito que ele não vai gramar nada dessa cena Bay. Tenho saudades do tempo em que vinhas aqui nas barracas do Xipamanine me pagar uns copos. Nessa altura não havia tanta burocracia nem burocratismo muito menos burrocratismo. Lá porque a gente ainda prefere ficar aqui nas barracas do Xipamanine a beber uns copos numa boa com a malta do que nos metermos na política não quer dizer que a gente não pensa. E se queres mesmo saber, acho que o Presidente Nyusi tem andado muito mal informado nos últimos tempos e quando nós tentámos ajudar de alguma forma, como republicanos que somos, lá vens tu barrar os processos. Não é para isso que a malta te paga o salário. Nós pagamos os impostos para garantir o funcionamento da máquina mano, bem como garantir a celeridade dos procedimentos administrativos. E não sei o que andas a fumar para não compreenderes isso. Ou será que tu achas que nós não temos feitio para coordenarmos um encontro de reflexão na Presidência da República sobre temas candentes da República. Não gramas de rastas? Talvez seja isso. Para já, não sei o que o Anselmo Sengo, o Jose Luis Gonzaga Jeque, o Ivo Tavares, o Moisés Wetela, o António Mondlane e a Arlete, nossos colegas de turma, vão dizer disso tudo. Se quiseres mesmo saber, tenho a mesma patente do presidente Filipe Nyusi enquanto comandante-em-chefe das Forças de Defesa da Liberdade de Imprensa e de Expressão, uma dádiva de Deus, pelo que continuo sem saber porque ando a perder tempo contigo do que ir directamente falar com o meu homólogo, que muito facilmente saberá compreender que a grande esperança para a nossa comunicação social, actualmente chafurdada na lama, não reside na repetição do discurso presidencial, uma filosofia patusca que caracterizou os últimos 10 anos da nossa governação, mas sim numa capacidade de abertura para novas ideias e novas abordagens. No seu discurso alusivo à tomada de posse do Primeiro-Ministro, Ministros e Vice-Ministros, proferido a 19 de Janeiro de 2015, o presidente Filipe Nyusi disse que “este governo deve ser muito comunicativo com o povo. Os membros deste governo devem encarar o acesso à informação como um direito de cidadania consagrado na Constituição da República e na lei. A nossa acção deve ser alicerçada nos mais altos princípios da ética governativa, como a transparência, a integridade, o primado da lei, a imparcialidade, a equidade e a justiça social”. Oh Senito, agindo assim estás a colocar em causa a segurança do Estado pah. Não era teu hábito dormir na sala de aulas, mas desta vez acho que andaste maningue distraído que não percebeste muito bem que o discurso do camarada Nyusi não é para ser guardado na gaveta, mas sim para ser praticado à risca. Se preferires debater isto pessoalmente, ainda vais a tempo de aparecer aqui no Xipamanine, falaremos enquanto bebemos uns copos numa boa. Até podemos chamar o Anselmo Sengo para se juntar à mesa, acho que lhe interessa este assunto. Mande os meus cumprimentos à senhorita Sheila sua esposa, tínhamos marcado um almoço de família que nunca mais chegamos a realizar, lembras-te? Quando eu dei o meu testemunho no julgamento do economista Carlos Nuno Castel-Branco e do jornalista Fernando Mbanze, acusados de crimes contra a segurança do Estado por causa de um certo escrito, o juiz João Guilherme perguntou a Dra. Sheila se tinha alguma pergunta a me fazer e ela disse que “não, não tinha nada a perguntar”, dado que eu tinha sido claro no meu testemunho, tendo dito àquele tribunal que aquele processo contra aqueles pobres homens é um atentado contra a liberdade de imprensa e de expressão e uma ameaça ao Estado de Direito e Democrático, dado que não se pode limitar a crítica política, ainda que ela seja uma crítica severa, impiedosa e mordaz com alguns temperos de humor e sátira que fazem bem ao espírito e a alma. Deixando cá de cantigas, continuo à espera da resposta à nossa proposta de realização daquele evento em parceria com a Presidência da República brada. Tens quinze dias, a contar a partir da data da publicação deste texto! O direito à informação é um direito de cidadania. E a Luta Continua!
1 comment:
Para quem não sabia, agora queimo este ativo da CIA.
O @ArsenioHenriques é "correspondente" da CIA, tenho contato do agente a quem ele responde.
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