As Forças Democráticas da Síria são dominadas por formações curdas, como as Unidades de Proteção Popular (YPG)
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Beirute:
De acordo com a informação recebida dos representantes das Forças Democráticas da Síria, começou uma operação de libertação de Raqqa, a terceira maior cidade da Síria e “capital” do califado proclamado pelo grupo terrorista Estado Islâmico.
A operação foi iniciada simultaneamente de três flancos sob o comando das unidades Ehrar Rakka e Liva Tahrir, formadas por habitantes de Raqqa e que fazem parte das Forças Democráticas da Síria. Diz-se que da operação de libertação da cidade, que está sob controle do EI já por 2,5 anos, participam cerca de 12 mil combatentes.
As Forças Democráticas da Síria realizam bombardeios contra as posições do Estado Islâmico no norte de Raqqa utilizando artilharia pesada. Além disso, as posições dos jihadistas estão sendo bombardeadas por aviões da coalizão internacional. A população civil foge das hostilidades em direção da cidade de Deir ez-Zor.
Tackır Kobani, representante das Forças Democráticas da Síria, disse à agência russa de notícias Sputnik que as forças estão realizando a ofensiva do lado do povoado de Eyn Issa, com apoio da aviação da coalizão antiterrorista na região.
As Forças Democráticas da Síria são dominadas por formações curdas, como as Unidades de Proteção Popular (YPG). Algumas fações árabes foram incluídas de propósito para que as Forças Democráticas da Síria não fossem consideradas como um exército invasor curdo.
O grupo terrorista Estado Islâmico (proibido na Rússia e reconhecido como terrorista pelo Brasil) autoproclamou-se “califado mundial” em 29 de junho de 2014, tornando-se imediatamente uma ameaça explícita à comunidade internacional e sendo reconhecido como a ameaça principal por vários países e organismos internacionais. Porém, o grupo terrorista tem suas origens ainda em 1999, quando um jihadista de tendência salafita, o jordaniano Abu Musab al-Zarqawi, fundou o grupo Jamaat al-Tawhid wal-Jihad. Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a se fortalecer até se transformar, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque.
A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.
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