Friday, May 20, 2016

Marcelino dos Santos: de menino de Lumbo a fundador da Frelimo

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Antigo combatente completa 87 anos
Marcelino dos Santos faz hoje 87 anos. As marcas da idade são indisfarçáveis: além do corpo que precisa de apoio para se locomover, a fala pausada e as perdas de memória sinalizam a longevidade de um dos mais completos combatentes pela independência.
Mas há memórias que subsistem à idade e em Marcelino o exemplo é Lumbo, lá onde está enterrado o seu cordão umbilical. “Ainda tenho muitas e boas lembranças de Lumbo. Foi lá onde eu nasci, onde ouvi os primeiros ruídos do mundo através das águas do mar. São realidades que nunca se apagam da memória”, diz Marcelino.
No entanto, Lumbo não é necessariamente a terra de origem da família Dos Santos. O pai, um operário dos Caminhos-de-Ferro, foi transferido de Lourenço Marques para aquela zona continental da Ilha de Moçambique, na actual província de Nampula. Aliás, Marcelino iniciou os estudos primários em Lumbo, mas viria a terminar em Lourenço Marques, onde também fez aEscola Industrial, antes de rumar para Portugal, em 1949. Se a sua condição de misto o poupou da discriminação racial em Lourenço Marques, o mesmo já não se pode dizer em relação a Lisboa, onde sentiu a dor do racismo. “Em Portugal, conheci muita gente de Cabo Verde, de Angola e de Moçambique. Mas como eram moçambicanos brancos, a convivência com eles foi difícil”, lembra.
Além das aulas no Instituto Superior Técnico, havia sempre espaço para discutir a situação política em Portugal com colegas das colónias. “Entre nós, tínhamos decido que todo aquele que tivesse oportunidade de abandonar Portugal devia fazê-lo, pois era um país fascista e não era fácil comunicar com o resto do mundo”, conta. Mas a forja dos ideais de justiça e liberdade, dos sentimentos nacionalistas, foi a Casa dos Estudantes do Império, onde se criou uma “atmosfera revolucionária”. Através do poder das letras, sobretudo da poesia, despontam na Casa dos Estudantes os futuros líderes revolucionários das antigas colónias portuguesas, como Amílcar Cabral e Agostinho Neto. Fora das portas da Casa havia o apoio do Partido Comunista Português, lembra Marcelino, que mais tarde fugiu para França, na companhia de outros estudantes africanos. “Escrevi uma carta aos meus pais a informar que estava a sair de Portugal e não me preocupei muito com a resposta”.

Frelimo, Marxismo, Socialismo
A idade já não lhe permite grandes intervenções, mas as convicções mantêm-se intactas: Frelimo, marxismo, socialismo. “Eu tive uma formação marxista. Se vocês pudessem ter formação marxista, hoje, seriam grandes companheiros na luta que estamos a ter para fazer desenvolver o nosso país”, defende, com risos pelo meio. E são risos de quem hoje se sente sozinho neste sonho que embalou a revolução nos anos imediatamente a seguir à independência, alcançada em 1975. Talvez seja por conta da “formação marxista” que, volvidos cerca de 41 anos da independência, o nome da família Dos Santos, apesar de toda a influência política, raramente aparece nas estruturas accionistas das empresas ou a apadrinhar as parcerias público-privadas.

Aos seus olhos, o desafio actual é ter um partido (Frelimo) com capacidade de visão e organização, e capaz de aceitar as decisões do povo. E deixa um pedido especial: “não se esqueçam que, durante a nossa luta, fomos apoiados por muitos países, muitos camaradas. e quando nós estamos com esses camaradas, o nosso dever é agradecer, porque eles contribuíram para que nós pudéssemos crescer”.

Comments


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Fragil e senil, Marcelino dos Santos, um dos piores tiranos da Frelimo, é hoje uma figura patética que até nem mesmo consegue andar. Nesta sua época de fraqueza fisica e debilidade mental, o homem que era inflexivel, inemocionado, cruel, carrasco, e matador que apareceu em fardamento militar com o Magarila Machel a humilhar Uria Simango, Paulo Gumane e outros prisioneiros politicos da Frelimo em Nachingwea antes de matarem os prisioneiros, é uma figura patética e humilhada por sua vez pelos vestigios de idade e das muitas doenças que assolam o seu corpo.
Disseram-me tambem que Marcelino dos Santos sofre da SIDA por ter brincado e fornicado muitas catorzinhas.
Os hindus tem uma maneira de descrever uma situaçao dificil e dura como a que o pobre Marcelino dos santos hoje atravessa: karma. Ha sempre o castigo de ordem cosmica para os duros de coraçao. Lembro me daquele dia quando o cercamos no chamado Instituto moçambicano em 1968 e como disse no meu livro-memoria Daring to Survive, "quando o batiamos e empurravamos em todas as direcçoes, podia-se ver o terror nos olhos dum homem que ele proprio era um terrorista para aqueles que caiam nas suas maos."
No livro ele é tambem mencionado como tendo sido detido e bem chamboqueado pela policia tanzaniana juntamente com Joaquim Chissano e a americana Betty King em casa da qual Eduardo Mondlane morreu como resultado da explosao dum engenho explosivo que ele tentava abrir depois de recebe-lo numa encomenda armadilhada seja dos correios, segundo a versao original dada pelos tanzanianos, ou seja do escritorio da Frelimo, segundo a Frelimo mais tarde.
No passado o facinora rogou a jornalistas do meu pais para nao me escutarem. E depois o manguço e o amigo dele Joaquim Chissano, como presidente, enviaram me mensagens para eu regressar a Frelimo ou formar o meu proprio partido se nao quizesse mais a Frelimo e ir viver em Moçambique visto que ja havia democracia (com Afonso Dhlakama como pai da democracia. Ri me a bem rir da piada dos dois imbecis.

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