Horas depois do avião da EgyptAir ter caído no Mediterrâneo com 66 pessoas a bordo, na passada quinta-feira, outro pode ter escapado por pouco a um acidente, na Grécia.
A intervenção de dois caças da Força Aérea Grega pode ter evitado um fim trágico para as 140 pessoas a bordo do avião 767-400 da Delta Air Lines, que ia da Alemanha para o Kuwait.
Os pilotos terão entrado na Região de Informação de Voo (FIR) de Atenas às 19.10 de quinta-feira - hora local - sem se identificarem, de acordo com declarações das autoridades, que vieram confirmar relatos da imprensa grega. Os vários apelos que as torres de controlo de Itália e da Grécia enviaram ao voo DL-8957 ficaram sem resposta durante uma hora.
As suspeitas de ataque terrorista ou sequestro fizeram com que o incidente tivesse sido imediatamente encaminhado pelas autoridades da Aviação Civil Grega para o Ministério da Defesa. Seguindo o protocolo militar, às 19.49 horas, dois aviões de combate F-16 intercetaram o avião Delta perto da ilha Aegean de Santorini.
Foi na tentativa de fazer contacto visual com os pilotos do avião, que os F-16 deram conta de que estes estavam sentados em posição normal mas, possivelmente, a dormir. E, se nem os sinais de luz puseram fim ao sono profundo dos pilotos, só os assistentes de bordo é que, ao baterem na porta da cabine, o conseguiram. Os pilotos do avião, que estaria em piloto automático, contactaram as autoridades gregas às 19.55 e saíram do FIR de Atenas às 20.10 horas, uma hora depois de as torres de controlo terem percebido que havia algo errado.
As autoridades gregas terão enviado uma carta à Delta Air Lines a solicitar custos de combustível e taxas de conveniência pagos.
O incidente ocorreu horas depois da EgyptAir Airbus A320, que ia de Paris para o Cairo, ter desaparecido dos radares nas primeiras horas de quinta-feira.
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