Pela primeira vez a Arábia Saudita aprovou um orçamento com 173 mil milhões de US$ de deficite, e igualmente o Deutsche Bank fechou o ano com perdas.
A China nos últimos meses de 2015 várias vezes suspendeu a Bolsa de Valores. As diferentes moedas andam num zig-zag, o Rand está num deslize só igualado com o que aconteceu recentemente com o nosso Metical, idem para o Kwanza de Angola e os Kwachas que nos rodeiam.
Sim, o Banco de Moçambique travou a enorme derrapagem do metical mas, por quanto tempo? Interrogam-se as gentes se haverá dinheiro para pagar salários na segunda metade de 2016. Os preços muito baixos do petróleo, gás e carvão travam o desenvolvimento da indústria extractiva em Moçambique.
Uma nova pan-endemia, ZIKA transmitida por um novo tipo de mosquito já ameaça cerca de 4 milhões de mulheres grávidas na América Latina, já se estendeu para os Estados Unidos e surgiram casos na Dinamarca e Portugal. Tudo parece indicar que também se transmite sexualmente. Que controles sanitários eficientes existem nas nossas fronteiras, além de um fingimento para detectar se alguém está com febre? Onde ficamos no meio disto?
Dispararam os preços do milho, subiu o pão, pode agravar-se o custo dos My Love e chapas, onde fica o povo, o que vive do salário mínimo no meio disto tudo?
Exportamos troncos de árvores e carvão vegetal, produtos não processados, ninguém planta.
Apregoou-se um leader uma floresta, que na realidade significa um leader uma queimada e centenas de sacos de carvão vegetal. As medidas do Ministro Celso ainda fazem pouco ou nulo efeito porque muitas cadeias de interesses sórdidos manietam a eficiência da medida.
Quando nos princípios do século XX a regra entre produtores de petróleo e as empresas exploradoras estabelecia o chamado fifty-fifty, a Argélia negociou e mudou 55% para o país produtor e a OPEP seguiu o novo modelo. O que fizemos nós? Os pretensos sabe-tudo que decidem fizeram o país ficar com 0%, mais os cobres que pessoalmente receberam. Até isentamos as empresas de impostos e ficamos com 0% da propriedade. Quem ganhou com isso? As comichões nos bolsos de alguns? Quem responde pelas negociatas que lesam a Pátria que cantamos amada?
O que se passa com a pesca do atum e os barcos? Quem fez o negócio e como, quem procura sacudir o capote? Barcos inapropriados no respeitante à pesca no Canal de Moçambique? Embarcações sem tripulação ou com robots a tripular? Parados os barcos pagam-se e todos ganhamos?
Perguntem ao antigo Secretário de Estado das Pescas, Tenreiro de Almeida, como fez para comprar barcos de pesca, como preparou previamente as tripulações e nos estaleiros com equipas capazes mandou fazer as modificações necessárias para o mar em que iriam fazer as fainas. Perguntem se os barcos não se pagaram a si próprios e se não deram lucros. Fez isso no final dos anos 70 do século passado e esquecemos? Deitamos para o lixo o conhecimento e a sabedoria?
Como financiamos o pequeno e médio produtor agrícola? Onde processamos o milho e trigo da Angónia, Tsangano e Milanje? No Malawi, porque a fábrica de Ulongwé nova em folha há 5 anos que nunca trabalhou, idem para a fábrica de processamento de arroz em Namacurra que recentemente o Presidente Nyusi visitou.
Quem beneficia e onde param os fundos para o desenvolvimento distrital? Nalgumas famílias de chefes locais e nos vendedores de bebidas!
Como e onde pode viver um casal jovem de recém-licenciados? Para onde vão os fundos para a habitação?
Alguém pagou as pilhagens publicamente denunciadas na INATER, no INSS e outras instituições? Quem foi preso, julgado e condenado por esses crimes?
Falo de Tete e outras províncias. Em Tete havia pelo menos dois voos diários para Maputo, para além de passageiros levavam carne de cabrito, peixe fresco do rio. Respeitavam-se os horários e por isso os passageiros e os clientes da carga. A LAM reduziu para um e com horários mais que aleatórios.
De Tete voava-se para Joanesburgo diariamente. Agora deve-se ir à Beira, aeroportos reabilitados ou construídos de raiz deixam de ser internacionais, no interesse de quem? Para ir à África do Sul torna-se mais barato e rápido para uma pessoa em Tete ir ao Malawi. Querem isso mesmo a LAM e a empresa dos aeroportos?
Que negociatas por detrás destas manigâncias? Quem se aproveita delas? A LAM, os Aeroportos de Moçambique, os passageiros?
Senhor Ministro Mesquita ouça o nosso clamor, por favor. Ponha tento no descalabro, coloque gente que sabe de aviação à cabeça da LAM, não se deixe levar pela cantilena do privado é mesmo bom, vamos privatizar.
Já nos esquecemos da Air Corridor? Até nos brindava com voos Halal, fazendo-nos voar em aviões velhos, sem horário e qualquer respeito pelo passageiro. Faliu porque devia falir.
Privados sérios, sim, malabaristas e vigaristas não, já existem o mais que suficiente.
Já não menciono os preços exorbitantes para ir de Maputo a Tete, Lichinga, Quelimane, Nampula, Pemba. Mais caro esse bilhete que um voo da Qatar ou Emirates para a Europa.
Uma classe Business na Air France para ir de Joanesburgo para Lisboa via Paris custa mais barato que a económica da TAP de Maputo para Lisboa! Não escrevo sobre a qualidade do serviço, quer da LAM quer da TAP. Refeições sempre iguais e de má qualidade.
Por quanto tempo devemos ainda suportar os cortes de energia para manutenção das linhas eléctricas? Cortes no fim-de-semana, nas festas, nos dias em que queremos reunir a família e o calor aperta?
Nos outros países não se faz manutenção das linhas?
Quando foi a calamidade do Domoina que destruiu centenas de torres, do PCA aos administradores, dos directores aos quadros todos foram repor as torres derrubadas. Ninguém ficou sentado no escritório. Todos sabiam electricidade, fizeram carreira dentro dela, ninguém caíra para postos de direcção num paraquedas lançado por parentes e padrinhos.
Num Domingo se alguém desejar enviar um telegrama ou Fax para um distrito sem internet, como faz? Serviços essenciais que fecham nos Domingos, feriados, dias com ponte. Servem a quem esses serviços?
Com edifícios com 20 andares ou mais em Maputo, que bombeiros, que escadas e camiões cisternas, que equipamentos vão salvar? Em que capitais provinciais há bombeiros, salvo nos aeroportos cujas viaturas estão equipadas apenas para socorrerem aviões. Deixar arder bens e pessoas, depois fazerem-se comunicados necrológicos de lamentações.
Como nos organizamos para a tempestade, onde estão os coletes e barcos de salvação da economia? Nos cofres e contas externas de alguns. Não sou pessimista. A Vitória Organiza-se, esquecemo-nos?
P.S. O chamado G40 perdeu uma batalha recentemente. Será que já perdeu a guerra e por isso cessará de conspirar, caluniar e insultar directamente ou por comunicação social submissa? Estará essa gentalha ainda convicta que manda na Justiça, na opinião, no pensamento das gentes honradas desta terra? Apoiemos Nyusi na limpeza em que se empenhou.
SV
Boa Tarde digníssimo senhor Sérgio Vieira, fiquei perplexo ao ler o seu comentário
Eu conheço o senhor desde os anos 70 do pretérito século, sempre me acostumou um carácter diferente e uma postura que só Deus sabe, sabendo eu a sua linha ateísta, perdoe me por falar do omnipotente. Penso que tudo o que está acontecer hoje, o senhor foi um dos que preparou a terra, semeou e colheu muitos frutos. Os remanescentes são os que dão dores do estômago aos pombos de Moçambique. Lembro me nos providos do acordo de Nkomati, o senhor veio à FACOTRAV para mobilizar os alunos para aderirem ao acordo. Na altura, todos nós estávamos moldados de forma a usar a expressão Bandidos armados, referendo se aos rebeldes da Renamo. Eu disse na minha inocência, que não via de bons olhos o acordo a assinar com a África do Sul do apartheid. O senhor vociferam, ameaçou me é muito mais. No meu entender, o acordo devia ser assinado entre o governo e a Renamo
Aliás o que veio à acontecer oito anos depois. Lembro me que no dia seguinte aparecer dois indivíduos da figurada Snasp, gendarmia cujo chefe supremo era exactamente o senhor, Coronel Sérgio Vieira, (nhakulha nhemba ambaebwa, nhakutaya abade ambaebwa lini). Dispenso a tradução, porque o coronel é muana Washington kunhungwe. Se realmente renasceu está de parabéns nkulu. É sabido de que a Província de Tete mudou, de feminista estrema para renamista moderada. Por fim, tenho 4 filhos nas universidades do País, rogo a tidos que não gostaram que me poupem a vida, pelo menos até ao fim da educação destes, estou convicto de que se forem bem sucedidos, servirão a nossa pátria
1 comentário:
Boa Tarde digníssimo senhor Sérgio Vieira, fiquei perplexo ao ler o seu comentário
Eu conheço o senhor desde os anos 70 do pretérito século, sempre me acostumou um caracter diferente e uma postura que só Deus sabe, sabendo eu a sua linha ateísta, perdoe me por falar do omnipotente. Penso que tudo o que está acontecer hoje, o senhor foi um dos que preparou a terra, semeou e colheu muitos frutos. Os remanescentes são os que dão dores do estômago aos pombos de Moçambique. Lembro me nos providos do acordo de Nkomati, o senhor veio à FACOTRAV para mobilizar os alunos para aderirem ao acordo. Na altura, todos nós estavamos moldados de forma a usar a expressão Bandidos armados, referendo se aos rebeldes da Renamo. Eu disse na minha inocência, que não via de bons olhos o acordo a assinar com a África do Sul do apartheid. O senhor vociferam, ameaçou me é muito mais. No meu entender, o acordo devia ser assinado entre o governo e a Renamo
Aliás o que veio à acontecer oito anos depois. Lembro me que no dia seguinte aparecer dois indivíduos da figurada Snasp, gendarmia cujo chefe supremo era exactamente o senhor, Coronel Sérgio Vieira, (nhakulha nhemba ambaebwa, nhakutaya abade ambaebwa lini). Dispenso a tradução, porque o coronel é muana Washington kunhungwe. Se realmente renasceu está de parabéns nkulu. É sabido de que a Província de Tete mudou, de feminista estrema para renamista moderada. Por fim, tenho 4 filhos nas universidades do País, rogo a tidos que não gostaram que me poupem a vida, pelo menos até ao fim da educação destes, estou convicto de que se forem bem sucedidos, servirão a nossa patria
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