terça-feira, 24 de novembro de 2015

Crimes e arrependimentos tardios

Crimes e arrependimentos tardios

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De acordo com a comunicação social, durante o 1º Semestre de 2015, perto de 750 pessoas morreram em acidentes nas nossas estradas e ruas.
Bem mais de um milhar sofreu ferimentos graves ou não, amputações, mortes na sequência do sofrido. Ninguém menciona ou prejuízos para a economia nacional sabendo que não fabricamos um pneu, um carburador, um tanque de combustível, um litro de tinta para pintar uma viatura.
Nas causas dos acidentes quatro essenciais:
1.             Excessos de velocidade;
2.             Álcool;
3.             Cansaço do condutor;
4.             Ausência de sinalização adequada.
Todos conhecem estas situações, dos condutores às autoridades policiais e responsáveis pelas ruas nas edilidades e pelas estradas. Parece que a matança e os atentados e prejuízos à economia saem baratos!
Mais baratos que bandas sonoras e olhos de gato nas rotundas, cruzamentos, desvios.
Mais baratos que a proibição de venda de bebidas alcoólicas nas lojas de conveniência nas estações de serviço, nos postos de abastecimento e nas barraquinhas nas imediações? Proprietários de camiões insurgem-se contra a medição das horas que o condutor passa ao volante. Muito bem! Qual o valor que paga ele ao motorista que morre ou fica estropiado? Como ficarão a família do desgraçado, ou das vítimas dos acidentes?
Não deveria haver responsabilidade penal e financeira das autoridades e agentes económicos coniventes com a incúria, negligência e indiferença?
Quanto tempo os cidadãos honestos e responsáveis deverão protestar contra a mortandade nas estradas? Falamos para orelhas surdas e dirigentes iletrados? Não deveriam intervir administradores de posto e distrito, directores distritais, provinciais e nacionais, deputados a todos os níveis? Se não o fazem para que servem?
O Islão antecedeu co cristianismo em mais de 500 anos no nosso país.
As mulheres islamitas jamais cobriram o rosto. O mussiro com que cobrem e embelezam o rosto mesmo durante os dias de boa canícula, sempre fez parte da sua cultura. As mulheres moçambicanas islamitas podem tapar o cabelo, mas jamais o fizeram para o rosto. Sempre vemos as suas belas caras.
O Senhor Ministro da Educação aprovou repetidas vezes a proibição das ditas burkas nas escolas, exames. Fê-lo e muito bem tal e qual os seus antecessores.
Ora se as burkas jamais fizeram parte da cultura islâmica milenária em Moçambique, por que razão deve-se aceitar que uns recém-vindos nos venham impor em nome dos seus usos e costumes mais que primitivos e retrógrados importados do Médio Oriente, Afeganistão, Paquistão? Pior ainda, dias chegados depois vários possuem um BI nacional! Mentira?
Num aeroporto, num avião, numa viatura, num restaurante, numa loja, num supermercado, na rua, num banco, por que razão devemos nós aceitar o que constitui um perigo para a segurança das pessoas e dos seus bens. Diversas vezes, protestei pessoalmente no aeroporto de Maputo junto da polícia pela presença de burkas!
Senhores Ministro e Vice-Ministro do Interior, Senhores Comandante-Geral e Vice-Comandante-Geral da PRM, Senhores comandantes da PRM, as burkas devem ser total e expressamente proibidas em Moçambique em todo e qualquer local público, na condução de viaturas.
Que regressem às suas terras aqueles que em nome das crenças e tradições estrangeiras e bem perigosas, querem atentar contra a segurança de todos os moçambicanos, de qualquer confissão, incluindo a islâmica, de qualquer tipo de opção filosófica. Façam isso nas regiões primitivas donde vêm.
Na minha terra natal há uma mesquita com perto ou mais de cem anos, jamais vi uma senhora islâmica com a cara tapada.
Trabalhavam nas lojas e noutros locais. Conhecíamos com que falávamos, cumprimentávamos Dona Fulana e Dona Beltrana, elas perguntavam-nos sobre os nossos pais, estudos, muitos dos seus filhos e filhas faziam parte dos nossos colegas de escola, liceu.
Com um certo espanto pela comunicação social todos tomaram conhecimento das declarações do antigo Primeiro-Ministro britânico e trabalhista, Tony Blair, contra as consequências nefastas da intervenção militar contra o Iraque.
Desculpa? Má informação dos serviços apropriados de inteligência! Quais? Os americanos, os britânicos, os portugueses, os espanhóis? Apenas bem informados os franceses com Chirac e o s alemães? Bem informado o Chefe do Estado português Jorge Sampaio que interditou a intervenção das Forças Armadas lusas, mas Durão Barroso, então Chefe do Governo, enviou a polícia que dele dependia.
O regime de Sadam Quantas pessoas assassinou no Iraque, Khadafi na Líbia, Assad pai e filho na Síria, o FNL na Argélia, os governos sucessivos da Nigéria? Num só mês não há mais mortandades nesses países que durante toda a vigência dos regimes ditos odiosos?
Os combatentes da luta de libertação argelina aniquilaram os facínoras, particularmente depois de eles cometerem atentados na França que os tolerava!
Qual o significado e efeitos das maravilhosas primaveras árabes? Essas primaveras não atingiram já a desgraçada República Centro-Africana? Onde vão parar essas tempestades primaveris? Quem apoiou as ditaduras sangrentas na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Uruguai, Nicarágua, Haiti, Venezuela? Quem protegeu Videla?
Fez bem a Rússia e bem fez a China em atacar os fundamentalistas sírios. Parece que no objectivo americano e de seus aliados não se encontra o fim das mortandades, mas apenas e exclusivamente o derrube de Assad.
Tristemente que só pensam no petróleo e gás os criadores de Al- QaedaExército Islâmico, terceira força na Síria que já entregou as armas recebidas a outros fundamentalistas. Então como é Senhor Tony Blair? Meros erros de inteligência ou apenas ganância?
Quem denuncia o primitivismo Saudita? A arrogância e agressividade do actual regime de Israel? Aliados fiéis das petroleiras e transnacionais? O que se passa no Médio Oriente? Na Palestina? Como se trata o expansionismo de Tel Aviv? O que acontece no Sahara Ocidental?
Onde se situam os grandes negociantes de armas que até as vendem a todo o tipo de fundamentalistas, traficantes de droga, ganguesters das mais variadas estirpes?
Não habitam eles nas grandes capitais da Europa e nos Estados Unidos, ou estão escondidos em Bagdad, Damasco, Cairo, Trípoli, Lagos, Cartum? Onde compram e transaccionam as armas ligeiras, médias, pesadas, foguetes antiaéreos, terrestres, onde depositam os fundos? Em que bancos? Quem escutou as conversas telefónicas do Presidente francês ou da chanceler alemã, creio que se mostra capaz de rastrear estas informações. Haja honestidade!
P.S. Apagou-se o André Nunes de Carvalho. Homenageia-se o Paulo Gerdes, também e merecido. Às suas memórias um abraço. Espero o dia que o campus principal da UEM se chame Fernando Ganhão que fundou a universidade moçambicana. Haja coerência e honestidade.
SV

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