Monday, November 4, 2013

Guebuza é um inocente sacrificado em nome de muitos

Guebuza é um inocente sacrificado em nome de muitos

Acusar Guebuza de ser o promotor de um Estado de Guerra para perpetuar-se no poder é um erro. Ele já disse estar de saída, dito confirmado pela primeira-dama. Erro confesso quando os exemplos recentes mostraram a sua paciência quando o exército e a polícia eram amedrontados, humilhados e assassinados, sem que ele, na qualidade de comandante em chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, desse também a autorização que Dhlakama dera a seus homens: se se sentirem atacados ataquem também, vocês sabem onde encontrarem as armas». Para mim, em toda esta História, Guebuza é um inocente que carrega a culpa de muitos compatriotas e dirigentes da Frelimo, incluindo os da Administração de Chissano. Chissano, não pode ser visto como campeão da paz, quando deixou que o actual problema de dois exércitos tivesse barbas brancas. Suas palavras recentes, segundo as quais ele enganou Dhlakama, são reveladoras de muita coisa. E pior do que isto, é o silêncio dele, neste momento angustioso. Duas perguntas foram-me feitas ontem, por um amigo de longa data: a primeira, se era eu o autor deste artigo aqui cujos ecos, mais do que eu imaginara, já se fazem sentir um pouco por todo o país, a segunda, se eu desejava revogar ou defender o que afirmara naquele artigo. Respondi à primeira afirmativamente. Quanto à segunda, escrevi inúmeros comentários sobre pontos de vista muito diferenciados mostrando o perigo que a existência de dois exércitos representa num Estado que se presuma de Direito. Em primeiro lugar, nalguns, discuti a humilhação sofrida pelo povo protagonizada ante FIR (Força de Intervenção Rápida) e pôde até afirmar que esta atitude policial daria mais legitimidade as acções da Renamo, caso esta ripostasse, porque ai o povo veria uma polícia que, ao invés de defender humilha, a ser também humilhada. O exemplo de Moxungue foi revelador daquela profecia, quando um grupo de polícias foi aniquilado pela Renamo sob pretexto de que «já estava cansada de tanta humilhação e que, doravante, assim seria: levou, deu».
 
  • Aurélio Bull Guebuza Este texto não tem assinante. É obra de que anjo?
  • Tomás Queface No final do texto aparece Pedro. Mas quero acreditar que foi o proprio Eusebio quem escreveu. Esta excelente do ponto de vista de argumentacao. Ha uma profunda diferenca entre esses o Eusebio bloguista e o Eusebio do Facebook.
  • Eusébio A. P. Gwembe Assumo-o. O P. do meu nome é Pedro.
  • Aurélio Bull Guebuza O Impressionante neste texto é que o autor inocenta o AEG e acusa compatriotas dirigentes da frelimo e com grande destaque ao Chissano mostrado que é mais bajulador do Guebuza que camarada da frelimo
  • Eusébio A. P. Gwembe Obrigado, Aurélio Bull Guebuza, por ter notado a ausência da assinatura, que acabo de colocar. Quanto a ser ou não bajulador, não me importo. As responsabilidades, penso eu, não são partilhadas. Chissano tem o grande bolo da culpa e possivelmente, esperto que é, fez isso para continuar sombra deste. E penso queste deve acabar com este problema de uma vez por todas para, de seguida, nós como povo, lutarmos para disciplinar as nossas forças de segurança. A humanidade caminha para a perfeição e nós não somos excepção.
  • Chande Puna Tentativa de lavar a imagem de um Senhor que nem merece que eu mencione o seu nome. Escovismo no seu melhor
  • Dereck De Zeca Mulatinho Eusebio concordo contigo embora ache que não existam culpados, a do Chissano foi uma fase, um estilo que foi necessário para aquela altura. Chissano foi igualmente diabolizado pelos seus detratores os mesmos que hoje o vêm como exeplo de liderança entre outras coisas. Penso que está na hora de se parar com chantagens da ala militar da Renamo, partir-se para situação de exercíto único. Politica faz com o povo e parlamento.
  • Antonio A. S. Kawaria Ainda não acabei de ler o teu artigo Eusébio A. P. Gwembe, mas como tentas lavar a imagem de Guebuza sabendo que 1) Foi chefe das negociacões de Roma por parte do governo de Chissano? 2) Sabendo, como Joao Cabrita afirmou aqui, que Guebuza nem dizia tudo a Chissano o que se discutia em Roma? 3) Sabendo que neste diálogo que falhado, a questão militar e despartidarizacão das instituicões públicas estavam agendadas, mas Guebuza investiu na guerra?
  • Eusébio A. P. Gwembe Antonio A. S. Kawaria, em face das revelações de Chissano sou levado a pensar que Guebuza chegou ao acordo mesmo discordando de algumas coisas, simplesmente porque o outro era mais mais. Não tenho provas de que Guebuza não dizia tudo o que decorria em Roma, mas os factos mostram que a um que engana o outro não se lhe deve dizer todas as verdades; por isso Guebuza procedeu bem e acho que Guebuza não investiu na Guerra como pretendem fazer crer. Deu tempo suficiente a Renamo para se redimir e ainda, creio eu, o tempo não está esgotado. O problema é não nos darem ouvidos e acharem que os alertas que lançamos, de forma isolada, são o c´lo do lambebotismo. Não! Nós também almejamos um Moçambique em Paz.
  • José de Matos Eusébio A. P. Gwembe, com que entao apoias as aldrabices que Guebuza contava a Chissano ?
  • Antonio A. S. Kawaria Eusébio A. P. Gwembe, não foste aos meus pontos, sobretudo no que diz respeito ao actual processo de diálogo. Mas que Guebuza investiu sempre em guerra e meios de repressão e ainda não só contra a Renamo, isso é sabido.
  • Eusébio A. P. Gwembe Antônio, parto do princípio de que Chissano deixou nos um exército vergonhoso, vivendo penosamente na penúria e sem meios de trabalho. Guebuza veio devolver a dignidade perdida ao exército assim como deu robustez governativa no país. Fale nos também dos investimentos que ele fez em infraestruturas
  • Eusébio A. P. Gwembe Zé, o estilo cauteloso, calculista e até certo ponto inteligente do PR apóia-me nas análises
  • Antonio A. S. Kawaria Amigo Eusébio A. P. Gwembe, não há como lavar a imagem de Guebuza. Podemos afirmar que ele se enganou por um ambiente que ele próprio criou. Um ambiente de falta da verdade. Armando Guebuza estava na direccão da Frelimo durante todo esse tempo de Chissano. Era membro da Comissão Política, Chefe da banca da Frelimo na AR, e, depois teve dois anos para preparar a sua subsituicão a Chissano. Era tudo isso um instrumento para discutir o cumprimento integral do AGP, mas como ele mesmo sabia que havia criado uma forca a revelia do AGP, com objectivos oculto, entao deixou ele que as coisas continuassem assim e investiolu em tornar a Renamo e outros partidos da oposicão em insignificantes. Mas ainda há quem não sabe que esse foi e é nocivo à Frelimo.
  • Raul Novinte Nao entendo como que um negociador de paz possa ser um invistidor de guerra!...
  • Issmail Cassamo Tentando lavar a cara ou limpar a imagem do tio patinhas?ele esta mais sujo que nunca,agora culpar o chissano e o MDM por algumas situaçoes é grave,criou instabilidade que aguente ate a sua saida,esta fujindo com a seringa no rabo.
  • Angela Maria Serras Pires Too late, nao ha lavagem possivel, factos sao factos
  • Eusébio A. P. Gwembe A Frelimo não é Guebuza nem Guebuza é a Frelimo. Se ele criou-nos um problema nocivo saberemos resolvê-lo e não necessitamos de lições de nossos adversários. Até porque ficamos deveras espancados quando estes adversários nos pretendem ajudar na solução como se estivessem interessados no nosso bem.
  • Angela Maria Serras Pires O bem do pais nao pode estar hipotecado a um ser que acumulou milhoes, ignorou o povo, ignorou a oposicao, so quer estatuas e pontes quando somos o 3 povo mais miseravel do mundo, por favor nao nos apelidem de patetas, tenham dignidade, so vos estao a enganar a vos proprios, ninguem nas ruas gosta dele, assusta o odio que tem vindo a crescer do lado do povo castigado pela doenca, miseria e sem esperanca
  • Eusébio A. P. Gwembe Mesmo Cristo, Ângela, também tinha inimigos em todo o lado, aliás, foi ele quem disse que aquele que com ele partilhava talheres seria o seu traidor. Se Guebuza estivesse a dar ouvidos aos principais apóstolos deste país muita coisa estaria parada.
  • Antonio A. S. Kawaria Eusébio A. P. Gwembe, a questão de seguranca afinal é da Frelimo ou do país e todos os mocambicanos?
  • Angela Maria Serras Pires Puxa preferes a violencia que existe? Raptos, g20, guerra, tudo porque ele quer ser dono de tudo e de todos? Sabias que o teu boss nunca teve uma reuniao com os doadores? Demonstra ingratidao e falta de visao, se nao gosta deles nao coma do prato
  • Eusébio A. P. Gwembe O problema da segurança devia ser de todos os moçambicano. Mas infelizmente está sendo apenas resolvido pela Frelimo quando os outros se limitam a apelar pelo diálogo sem deixarem de ofender e diabolizar o PR e tentando evitar condenar s acções da Renamo. Este é o principal erro dos outros, santificar a parte mais violenta.
  • Chande Puna Eusébio A. P. Gwembe, o problema e que a borrada foi feita pela frelimo, agora querem que quem limpe a vossa asneira? Acho bom que a frelmo esteja a fazer isso, afinal e o dever dela. Quanto ao diabolizar, é o minimo que podemos fazer. Ele é ganancioso, arrogante, cinico e corrupto. Nao quero com isso dizer que as acções da Renamo sejam correctas mas voces estão agora a provar do vosso veneno. A Renamo estev quieta durante muito tempo ate voes terem começado a provoca la, agora aguentem o cheiro e deixem de usar o povo como escudos
  • Alvaro Guimaraes Eusébio A. P. Gwembe nao se pode afirmar que so a frelimo esta com guebuza.O presidente da republica tem um papel importante na solucao da embrulhada politica criada pela radicalizacao de posicoes entre os 2 partidos armados. O que o povo pede eh que o presidente da republica intervenha com competencia e sabedoria para estabilizar este Pais. Os sectores que hostilizam guebuza sao uma minoria neste grupo. Agora lhe posso afirmar que numericamente o maior numero de cidadaos que tenho ouvido a hostilizar o PR conheco os como membros do Partido que todos nos conhecemos
  • Alvaro Guimaraes Portanto o que afirma Eusébio A. P. Gwembe nao eh generalizavel. Na minha provincia nao eh como diz
  • Alvaro Guimaraes Seria se calhar interessante estudar e tipificar os cidadaos que exprimem opinioes negativas, senao insultuosas contra o presidente da republica em funcoes. Os resultados seriam avassaladores e a conclusao certamente seria que a larga maioria deste grupo serem militantes/proximos do partido que nos governa desde a independencia
  • Joao Cabrita Já reparou, Eusébio A. P. Gwembe, que o percurso de meio século de existência da Frelimo pautou-se sempre pelo conflito? Primeiro, como movimento de libertação, e depois como partido dirigente, os conflitos sucederam-se uns atrás dos outros. Temos mais um conflito entre mãos que se vem avolumando desde 1994, arrastando, tal como os anteriores, outros mais, ou menos, graves.

    E já reparou que há sempre um bode expiatório a que os dirigentes da Frelimo vão jogando mão? Ontem o racismo de Gwengere, o tribalismo de Kavandame, a ambição de Simango. Depois o inimigo interno – o agente de muitas coisas – da CIA, do imperialismo, da burguesia, dos donos das casas conquistadas pelo povo, dos latifundiários. Até se criou o personagem Xiconhoca e publicou-se o Como Age o Inimigo. Inimigo das conquistas revolucionárias (hoje privatizadas). A seguir os moleques de Smith e dos Bothas. O inimigo constante e permanente. Omnipresente.

    De repente, desapareceram racistas, tribalistas, xiconhocas, burgueses internos e externos. E agora de movo bandos armados. À falta de Bothas, Malans e Smiths, começam a vasculhar mãos externas. Mãos que manipulam Alice Mabota e Lourenço do Rosário, "Depois de Santundjira" (vd DOMINGO de hoje).

    Concordo plenamente consigo – não se trata de um problema de Guebuza. Mas de regime. De regime da Frelimo. Ontem com Machel e Chissano. Porventura, amanhã com outro, se a continuidade não for estancada. E tudo gira em torno de uma única coisa – o poder. O poder eterno, vitalício. O poder do ‘ou eles, ou nós’. Alternância de poder não existe no vocabulário dos detentores do poder. É um anacronismo, uma excrescência.
  • Eusébio A. P. Gwembe Na verdade, Cabrita, alternância passa longe dos nossos lábios, em parte porque nunca trabalhamos para insucessos, em parte porque a alternância de Moçambique somos nos próprios, com os nossos erros de que Quelimane é um exemplo mais eloquente. Mas nós, diferentemente dos outros sabemos reconhecer a derrota e facilmente entregamos o poder. Portanto, o problema não é o poder mas os nossos interesses que por extensão são os interesses fo povo. Mesmo o livro sagrado disse que não se pode entregar aos porcos o que é reservado para crianças. O poder conquista-se.
  • Joao Cabrita Eusébio A. P. Gwembe, um outro tema. Sinto-me alarmado. No jornal DOMINGO, que, é pacífico, reflecte os pontos de vista do regime, leio que "facilitadores como Lourenco do Rosário são como prostitutas à venda. Devem ser procurados e presos por acobertarem inimigos da democracia."

    Como deve estar recordado, no passado as prostitutas – e os prostitutos – foram enviados para o Niassa. Acha que o Prof. Dr. Lourenço do Rosário corre esse perigo ?
  • Eusébio A. P. Gwembe Não corre nenhum perigo, Cabrita. É uma chamada de atenção para que se posicione como um verdadeiro árbitro. Aliás, por meio de propaganda barata sabemos que os independes de hoje podem ser os candidatos presidenciais de amanhã como se provou recentemente nalgum partido. Não queremos produzir candidatos a custa do sofrimento do povo e não vamos reeditar mais as páginas negras da nossa história.
  • Antonio A. S. Kawaria Eusébio A. P. Gwembe, não achas que a postura do autor daquele texto é suja e inaceitável?
  • Joao Cabrita Um pouco aliviado, Eusébio A. P. Gwembe. Pouco, pois estou na dúvida qual dos dois - o articulista ou o Gwembe - é que está mais autorizado a falar em nome do regime. Todavia, desejo ardententemente que o discípulo de Stalin que escreve para o oficioso DOMINGO seja apenas mais um louco à solta.
  • Eusébio A. P. Gwembe Antonio, é um ponto de vista e como tal nunca pode ser inaceitável. Há que olharem-se os argumentos avançados
  • Eusébio A. P. Gwembe Aliás, só para recordar-vos, poderei trazer os artigos que diabolizavam D. Jaime, publicados neste mesmo Domingo. E Jaime ficou na História
  • Antonio A. S. Kawaria Eusébio A. P. Gwembe, aquilo não é ponto de vista, mas um acto extremista e perigoso.
  • Chande Puna Quando vem da Frelimo é um ponto de vista se fosse de um independente ou de alguem que não pensa igual aos "escovas" seria inaceitavel e severamente criticado. Interessante

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