- Orador: Manuel Zeca Bissopo
Função: Secretário-geral do Partido
Data: 25 de Novembro de 2013
Quero através deste meio saudar a todos moçambicanos pela coragem e determinação na luta que têm feito contra a má governação do regime da Frelimo neste País. As recentes manifestações pacíficas nas Províncias de Maputo, Sofala, Zambézia e Nampula levadas a cabo pela Sociedade Civil contra a onda de raptos e violência política fomentada pelo governo da Frelimo, não só carimbaram a lógica dos argumentos da Renamo e do Presidente Dhlakama, de que chegou a hora do povo reagir para repor o estado de Direito em Moçambique, mas também demonstraram o grande sentido pelo respeito à Democracia. Por isso vai o nosso grande agradecimento a todo povo Moçambicano.
Igualmente quero saudar e agradecer a todos Munícipes das 53 autarquias que se abstiveram em votar acatando o apelo da Renamo, bem como aqueles que foram votar, pois temos a consciência de que a maioria votou contra os candidatos da Frelimo como expressão de vingança ao regime do dia o que levantou um certo nervosismo da Frelimo que lhe levou a disparar armas em plena campanha eleitoral e na fase de apuramento, casos de Beira, Quelimane e Mocuba.
Estava com o Presidente no dia do ataque, dia 21 de Outubro de 2013, ele saúda a todo povo moçambicano, bem como todo corpo diplomático acreditado em Moçambique.
Ele me mandou para aqui, para explicar aos moçambicanos que está bem e dentro em breve voltará a falar para o seu precioso povo.
Foi bom a Frelimo ter mandado atacar Satungira porque aquilo constituiu uma grande prova dos argumentos que o meu Presidente dizia que não podia sair de Satungira senão a Frelimo atacaria. Os seus argumentos não eram percebidos, mas o ataque veio a provar.
Não houve muitos danos humanos porque o Presidente estava presente. Retirou- se da sua residência para evitar danos humanos. Saiu a andar e deixou todos os seus bens. As casas e a
sala de conferências foram queimadas.
0 bom é que o Presidente está bem de saúde. O azar é de termos perdido o Chefe de Mobilização Nacional, o Deputado Milaco na sequência dos bombardeamentos de armas pesadas.
Quero a vossa colaboração, tal como sempre o fizeram desde a fixação do Presidente em Gorongosa para o esclarecimento ao mundo das actividades políticas da Renamo e do
Presidente da Renamo.
O Presidente não saiu para nenhum País. Ele está dentro do País e acompanha atentamente o desenrolar dos acontecimentos da vida política, económica e social do País. A Renamo e seu Presidente não quer a guerra e dentro de alguns dias o Presidente voltará a falar ao país e ao mundo através dos vossos serviços de imprensa porque ele não é pessoa que pode ficar muito tempo sem falar convosco.
Estamos dispostos a voltar para as conversações, apesar de não ter havido avanço desde Maio deste ano. Discutíamos a lei eleitoral embora a Frelimo tenha ignorado tudo. O grupo da Renamo voltará à mesa com mediadores e observadores nacionais e estrangeiros.
Porquê não as NAÇÕES UNIDAS, a SADC, UNIÃO EUROPEIA, que são promotores de grandes investimentos no nosso País não podem intervir como intervieram no Zimbabwe, Malawi,
grandes Lagos e outros países da região? Quase todos os países da região usam os nossos Portos. Se a Frelimo não quer negociar seriamente que nos diga para toda gente saber.
As recentes Eleições provaram que a Renamo e seu Presidente têm razão nas suas exigências.
Daí que é imperioso que o princípio de paridade na CNE e STAE, bem como os seus membros de apoio os membros das mesas de voto devem obedecer tal principio, pois, só assim será possível garantir que voto expresso figure no edital de apuramento contrariamente ao que se assistiu nas recentes eleições.
Muito obrigado.
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