Efectivos da Polícia Nacional, apoiados por helicópteros da Força Aérea Nacional, repeliram, hoje, de forma brutal, a manifestação convocada pela UNITA, em memória dos activistas Alves Kamulingue e Isaías Cassule.
“Por volta das 9h00, eu estava defronte ao Cemitério da Santana, ponto de concentração da manifestação, quando, a partir do cordão de segurança da Polícia Nacional, os agentes fizeram os primeiros disparos contra os manifestantes e atingiram-me com dois tiros no pé direito”, revelou, ao Maka Angola, Feliciano Malundo Mayungulo, de 40 anos.
Segundo Feliciano Mayungulo, outros manifestantes evacuaram-no, de imediato, para um centro médico no Rangel que se recusou a prestar-lhe os primeiros socorros. Acabou por ser assistido na Clínica Sanide, no Bairro Popular.
O pai de sete filhos e funcionário numa empresa de tecnologias de informação, reiteirou a sua decisão de se ter juntado ao protesto. “Fui à manifestação porque é uma causa do povo. Não podemos continuar a ser assassinados e espoliados sem reagirmos. Não aceito que os meus compatriotas Cassule e Kamulingue tenham sido torturados, executados e atirados, como comida, aos jacarés pelas forças de segurança”, disse.
Alves Kamulingue e Isaías Cassule foram raptados em Maio de 2012 por forças policiais e de segurança. Segundo detalhes revelados por fontes da secreta angolana à imprensa, e até agora não desmentidos oficialmente, os dois activistas foram torturados, executados e atirados aos jacarés, como método de eliminar as provas.
“Não é isso que nos vai matar. Já não podemos ficar calados. Vou continuar a apoiar e a participar das causas de defesa do povo angolano. A minha família tem de entender”, reiteirou Feliciano Malundo Mayungulo.
O ferido indicou ainda que um jovem, não identificado, também foi baleado no mesmo local, a seguir ao seu alvejamento.
Por sua vez, o representante do Partido de Renovação Social, Joaquim Nafoia, descreveu como agentes da Polícia Nacional atacaram o grupo de perto de 15 líderes da oposição, dos quais se incluiam o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, David Mendes (Bloco Democrático).
“O Samakuva estava a pedir aos manifestantes para dispersarem, de modo a evitar que a Polícia continuasse com os actos de violência. Antes, tínhamos conversado com oficiais da própria polícia e estes simularam o afastamento dos anti-motins”, explicou Joaquim Nafoia.
“De forma traiçoeira, lançaram várias granadas de gás lacrimogéneo contra nós, e canhões de água. O Samakuva, o vice-presidente da UNITA, Ernesto Mulato, o Sediangani Bimbi, cairam intoxicados”, descreveu Nafoia, que resistiu, cambaleante, ao ataque.
Há dois dias, o porta-voz da Polícia Nacional, Aristófanes dos Santos, disse publicamente que o papel da corporação se resumia à manutenção da lei e da ordem. Explicou também que havia tensões devido a uma contra-manifestação organizada pelo MPLA e apelou ao cancelamento de ambas as manifestações.
A Polícia Nacional garantiu a segurança da marcha do MPLA, e reprimiu, violentamente, a tentativa de manifestação convocada pela oposição. Não se registaram quaisquer incidentes entre os militantes dos partidos, mas apenas a brutalidade policial.
Maka Angola continuará a monitorar a situação e a documentar os casos de feridos e detidos que, segundo informações preliminares, são às dezenas.
“Por volta das 9h00, eu estava defronte ao Cemitério da Santana, ponto de concentração da manifestação, quando, a partir do cordão de segurança da Polícia Nacional, os agentes fizeram os primeiros disparos contra os manifestantes e atingiram-me com dois tiros no pé direito”, revelou, ao Maka Angola, Feliciano Malundo Mayungulo, de 40 anos.
Segundo Feliciano Mayungulo, outros manifestantes evacuaram-no, de imediato, para um centro médico no Rangel que se recusou a prestar-lhe os primeiros socorros. Acabou por ser assistido na Clínica Sanide, no Bairro Popular.
O pai de sete filhos e funcionário numa empresa de tecnologias de informação, reiteirou a sua decisão de se ter juntado ao protesto. “Fui à manifestação porque é uma causa do povo. Não podemos continuar a ser assassinados e espoliados sem reagirmos. Não aceito que os meus compatriotas Cassule e Kamulingue tenham sido torturados, executados e atirados, como comida, aos jacarés pelas forças de segurança”, disse.
Alves Kamulingue e Isaías Cassule foram raptados em Maio de 2012 por forças policiais e de segurança. Segundo detalhes revelados por fontes da secreta angolana à imprensa, e até agora não desmentidos oficialmente, os dois activistas foram torturados, executados e atirados aos jacarés, como método de eliminar as provas.
“Não é isso que nos vai matar. Já não podemos ficar calados. Vou continuar a apoiar e a participar das causas de defesa do povo angolano. A minha família tem de entender”, reiteirou Feliciano Malundo Mayungulo.
O ferido indicou ainda que um jovem, não identificado, também foi baleado no mesmo local, a seguir ao seu alvejamento.
Por sua vez, o representante do Partido de Renovação Social, Joaquim Nafoia, descreveu como agentes da Polícia Nacional atacaram o grupo de perto de 15 líderes da oposição, dos quais se incluiam o presidente da UNITA, Isaías Samakuva, David Mendes (Bloco Democrático).
“O Samakuva estava a pedir aos manifestantes para dispersarem, de modo a evitar que a Polícia continuasse com os actos de violência. Antes, tínhamos conversado com oficiais da própria polícia e estes simularam o afastamento dos anti-motins”, explicou Joaquim Nafoia.
“De forma traiçoeira, lançaram várias granadas de gás lacrimogéneo contra nós, e canhões de água. O Samakuva, o vice-presidente da UNITA, Ernesto Mulato, o Sediangani Bimbi, cairam intoxicados”, descreveu Nafoia, que resistiu, cambaleante, ao ataque.
Há dois dias, o porta-voz da Polícia Nacional, Aristófanes dos Santos, disse publicamente que o papel da corporação se resumia à manutenção da lei e da ordem. Explicou também que havia tensões devido a uma contra-manifestação organizada pelo MPLA e apelou ao cancelamento de ambas as manifestações.
A Polícia Nacional garantiu a segurança da marcha do MPLA, e reprimiu, violentamente, a tentativa de manifestação convocada pela oposição. Não se registaram quaisquer incidentes entre os militantes dos partidos, mas apenas a brutalidade policial.
Maka Angola continuará a monitorar a situação e a documentar os casos de feridos e detidos que, segundo informações preliminares, são às dezenas.
No comments:
Post a Comment