Luanda – O tabu existe em tudo que diz respeito ao Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos. Tabu sobre a sua verdadeira origem, assim como sobre a sua verdadeira formação académica.
Fonte: Club-k.net
No que concerne a sua origem, diz-se ter nascido no bairro Sambizanga em Luanda; o que quer dizer que ele é Kaluanda e pertence à etnia Kimbundu.
No entanto, José Eduardo dos Santos nasceu em 1942 e neste tempo o Bairro Sambizanga parece que não existia. Será que nasceu no mato?
Quanto a sua formação académica, diz ser formado em Engenharia dos Petróleos numa Universidade em Baku, na antiga URSS (União das Republicas Socialistas e Soviéticas).
Acontece que nos anos 80, um jornalista de origem Zambiana, Siyanga Malumu, que trabalhava na revista Jeune Afrique, em Londres, Grã-Bretanha, veio à Angola pesquisar sobre a vida de José Eduardo dos Santos, recentemente e escolhido para substituir o falecido António Agostinho Neto ao cargo de Presidente do MPLA e da República Popular de Angola.
O jornalista apresentou-se na sede do MPLA-PT (MPLA-Partido do Trabalho). O autor deste artigo foi indicado pela ANGOP (Agencia Angola Press) onde era jornalista para acompanhar o referido repórter durante o tempo da sua estadia e na sua reportagem em Angola. Ambos foram à província do Kwanza Sul, na cidade de Ngunza, onde foram recebidos pelo comissário provincial, Armando Ndembo, no palácio provincial.
O comissário provincial indicou um dirigente do Comité Provincial do MPLA do Kwanza sul para acompanhar os jornalistas provenientes de Luanda, principalmente o Zambiano Malumu. Este dirigente partidário do MPLA cujo nome não é citado por medida de protecção estará ainda em vida e chegou a pertencer ao Comité Central da sua formação política.
Informou aos jornalistas que vão juntos de carro ao município do Waku Kungo, passando por Gabela e Kibala. Na época de partido único e marxismo-leninismo ou comunismo, acompanhar um visitante estrangeiro ao país tinha como objectivo vigia-lo e impedi-lo a contactar quem de seu interesse e constatar a realidade do país.
O próprio comissário provincial acompanhou a delegação de jornalistas até ao município da Gabela, primeira paragem onde estes dormiram no palácio municipal. Mas o comissário provincial e os jornalistas viajaram em carros diferentes. O guia indicado pelo comissário Armando Ndembo conduzia a viatura que levou os jornalistas.
Ao longo da viagem, o jornalista zambiano queria saber do guia do MPLA onde estava a lhe levar e o que foi fazer na província do Kwanza Sul? “Eu vim à Angola pesquisar sobre as origens étnicas e a formação académica do novo Presidente José Eduardo dos Santos”, disse Siyanga Malumu.
“Sabendo que Angola tinha um regime Marxista-Leninista, dirigi-me à sede do MPLA que dirige o país onde me apresentei e falei do objectivo da minha viagem” – disse, lamentando que “surpreendentemente, em vez de satisfazer à minha preocupação, mandaram-me passear à província do Kwanza Sul”.
Acrescentando que “estou proveniente da União Soviética, onde fui contactar a Faculdade dos Petróleos da Universidade de Baku, sobre o seu estudante José Eduardo dos Santos, esta respondeu-me que nunca teve um estudante com este nome (de José Eduardo dos Santos)”.
“Na URSS contactei outras instituições do ensino superior, estas responderam desconhecer ter havido no seu país um estudante angolano com este nome no domínio dos petróleos” – insistiu em esclarecer parece com a intenção de arrancar algumas palavras dos dois guias.
Siyanga Malumu não gostou da viagem fora de Luanda considerando-a de perca de tempo e compreendeu que o MPLA estava a lhe distrair e desviar do objectivo da sua reportagem à Angola.
O guia da ANGOP desconhecia tudo sobre José Eduardo dos Santos e o do Kwanza Sul era egoísta de palavras. Este só abria a boca para contar anedotas, falar da paisagem bonita da província e das meninas. “Agostinho Neto sabendo que tinha um engenheiro dos Petróleos no seu partido e no seu Governo, porque não o nomeou para a pasta de ministro desta área, preferindo colocar ao lugar o seu cunhado Monty que parece não tinha nenhuma noção sobre a matéria?”, questionou.
Ninguém lhe respondeu e prosseguiu: “será verdade que o Monty fugiu com um navio petroleiro cheio deste combustível?”. Também ninguém lhe respondeu, o motorista (guia do comissário provincial) distraindo o mesmo com conversas banais sobre mulheres.
As duas delegações, a do comissário Armando Ndembo e a dos jornalistas, esperaram-se na vila da Kibala. O comissário provincial foi ao município de Kalulu e os jornalistas foram levados ao Waku Kungo.
No Waku Kungu, os jornalistas foram levados a visitar o complexo agro-pecuário e leiteiro da CELA onde foram recebidos pelo engenheiro agrónomo Kumbi die Zabo. De regresso a Ngunza, ao longo da viagem, o jornalista Siyanga Malumu insistia sem sucesso, em perguntar a origem e a formação verdadeiras de José Eduardo dos Santos.
Siyanga Malumu regressou a Londres sem ter conseguido satisfazer a sua curiosidade.
Mesmo para o povo angolano, o tabu persiste sobre as origens materna e paterna, assim como sobre a formação académica da pessoa que está indefinidamente a dirigir Angola.
Desafia-se o cidadão José Eduardo dos Santos a apresentar os seus documentos de identidade assim como dos seus ascendentes (pais e avos) como as Cédulas pessoais e os diplomas dele dos ensinos secundário e universitário, para dissipar as duvidas sobre a sua pessoa.
Pois, quando Dos Santos considera os jovens angolanos manifestantes como sendo frustrados e de terem fracassado nas suas vidas académicas e de emprego, ele também não deve ter feito estudos sólidos.
Apenas a sorte sorriu para ele e beneficiou da ingenuidade dos membros da direcção do MPLA abalados pelo falecimento de Agostinho Neto, escolhendo-lhe cegamente para substituir este ao cargo de Presidente do partido e de Angola.
Para barrar o caminho a Pascoal Luvualu e Ambrósio Lukoki, tidos na altura como zairenses e canibais da etnia Kikongo, os dirigentes do MPLA foram enganados pela postura felina, calma e discreta de José Eduardo dos Santos para aceitar a proposta de Paiva Domingos da Silva que colocou o nome deste na mesma como o substituto ideal de Neto à Presidência do Partido e da República, segundo se comenta.
Segundo os mesmos comentários não verificados, Lúcio Lara, na altura o número dois do MPLA e com tal o substituto natural de Agostinho Neto, é mestiço ou mesmo branco. Escolhe-lo para este cargo era impensável e escandaloso. Fala-se que é ele próprio quem retirou a sua candidatura para o cargo, deixando uma luta renhida para o preenchimento da vaga deixado pelo malogrado Agostinho Neto.
Segundo a sabedoria Kikongo, o Kiula vo kekota muna nkalu, fiononoka (o sapo para entrar na cabaça estreita-se, dentro engorda-se). É curioso que durante os 34 anos de poder vitalício e nas suas intervenções públicas, Dos Santos nunca pronunciou uma única palavra técnica sobre os petróleos. As cédulas pessoais e os diplomas académicos dissiparam as dúvidas e os tabus sobre Dos Santos.
* makutankondo@yahoo.com.br
Fonte: Club-k.net
No que concerne a sua origem, diz-se ter nascido no bairro Sambizanga em Luanda; o que quer dizer que ele é Kaluanda e pertence à etnia Kimbundu.
No entanto, José Eduardo dos Santos nasceu em 1942 e neste tempo o Bairro Sambizanga parece que não existia. Será que nasceu no mato?
Quanto a sua formação académica, diz ser formado em Engenharia dos Petróleos numa Universidade em Baku, na antiga URSS (União das Republicas Socialistas e Soviéticas).
Acontece que nos anos 80, um jornalista de origem Zambiana, Siyanga Malumu, que trabalhava na revista Jeune Afrique, em Londres, Grã-Bretanha, veio à Angola pesquisar sobre a vida de José Eduardo dos Santos, recentemente e escolhido para substituir o falecido António Agostinho Neto ao cargo de Presidente do MPLA e da República Popular de Angola.
O jornalista apresentou-se na sede do MPLA-PT (MPLA-Partido do Trabalho). O autor deste artigo foi indicado pela ANGOP (Agencia Angola Press) onde era jornalista para acompanhar o referido repórter durante o tempo da sua estadia e na sua reportagem em Angola. Ambos foram à província do Kwanza Sul, na cidade de Ngunza, onde foram recebidos pelo comissário provincial, Armando Ndembo, no palácio provincial.
O comissário provincial indicou um dirigente do Comité Provincial do MPLA do Kwanza sul para acompanhar os jornalistas provenientes de Luanda, principalmente o Zambiano Malumu. Este dirigente partidário do MPLA cujo nome não é citado por medida de protecção estará ainda em vida e chegou a pertencer ao Comité Central da sua formação política.
Informou aos jornalistas que vão juntos de carro ao município do Waku Kungo, passando por Gabela e Kibala. Na época de partido único e marxismo-leninismo ou comunismo, acompanhar um visitante estrangeiro ao país tinha como objectivo vigia-lo e impedi-lo a contactar quem de seu interesse e constatar a realidade do país.
O próprio comissário provincial acompanhou a delegação de jornalistas até ao município da Gabela, primeira paragem onde estes dormiram no palácio municipal. Mas o comissário provincial e os jornalistas viajaram em carros diferentes. O guia indicado pelo comissário Armando Ndembo conduzia a viatura que levou os jornalistas.
Ao longo da viagem, o jornalista zambiano queria saber do guia do MPLA onde estava a lhe levar e o que foi fazer na província do Kwanza Sul? “Eu vim à Angola pesquisar sobre as origens étnicas e a formação académica do novo Presidente José Eduardo dos Santos”, disse Siyanga Malumu.
“Sabendo que Angola tinha um regime Marxista-Leninista, dirigi-me à sede do MPLA que dirige o país onde me apresentei e falei do objectivo da minha viagem” – disse, lamentando que “surpreendentemente, em vez de satisfazer à minha preocupação, mandaram-me passear à província do Kwanza Sul”.
Acrescentando que “estou proveniente da União Soviética, onde fui contactar a Faculdade dos Petróleos da Universidade de Baku, sobre o seu estudante José Eduardo dos Santos, esta respondeu-me que nunca teve um estudante com este nome (de José Eduardo dos Santos)”.
“Na URSS contactei outras instituições do ensino superior, estas responderam desconhecer ter havido no seu país um estudante angolano com este nome no domínio dos petróleos” – insistiu em esclarecer parece com a intenção de arrancar algumas palavras dos dois guias.
Siyanga Malumu não gostou da viagem fora de Luanda considerando-a de perca de tempo e compreendeu que o MPLA estava a lhe distrair e desviar do objectivo da sua reportagem à Angola.
O guia da ANGOP desconhecia tudo sobre José Eduardo dos Santos e o do Kwanza Sul era egoísta de palavras. Este só abria a boca para contar anedotas, falar da paisagem bonita da província e das meninas. “Agostinho Neto sabendo que tinha um engenheiro dos Petróleos no seu partido e no seu Governo, porque não o nomeou para a pasta de ministro desta área, preferindo colocar ao lugar o seu cunhado Monty que parece não tinha nenhuma noção sobre a matéria?”, questionou.
Ninguém lhe respondeu e prosseguiu: “será verdade que o Monty fugiu com um navio petroleiro cheio deste combustível?”. Também ninguém lhe respondeu, o motorista (guia do comissário provincial) distraindo o mesmo com conversas banais sobre mulheres.
As duas delegações, a do comissário Armando Ndembo e a dos jornalistas, esperaram-se na vila da Kibala. O comissário provincial foi ao município de Kalulu e os jornalistas foram levados ao Waku Kungo.
No Waku Kungu, os jornalistas foram levados a visitar o complexo agro-pecuário e leiteiro da CELA onde foram recebidos pelo engenheiro agrónomo Kumbi die Zabo. De regresso a Ngunza, ao longo da viagem, o jornalista Siyanga Malumu insistia sem sucesso, em perguntar a origem e a formação verdadeiras de José Eduardo dos Santos.
Siyanga Malumu regressou a Londres sem ter conseguido satisfazer a sua curiosidade.
Mesmo para o povo angolano, o tabu persiste sobre as origens materna e paterna, assim como sobre a formação académica da pessoa que está indefinidamente a dirigir Angola.
Desafia-se o cidadão José Eduardo dos Santos a apresentar os seus documentos de identidade assim como dos seus ascendentes (pais e avos) como as Cédulas pessoais e os diplomas dele dos ensinos secundário e universitário, para dissipar as duvidas sobre a sua pessoa.
Pois, quando Dos Santos considera os jovens angolanos manifestantes como sendo frustrados e de terem fracassado nas suas vidas académicas e de emprego, ele também não deve ter feito estudos sólidos.
Apenas a sorte sorriu para ele e beneficiou da ingenuidade dos membros da direcção do MPLA abalados pelo falecimento de Agostinho Neto, escolhendo-lhe cegamente para substituir este ao cargo de Presidente do partido e de Angola.
Para barrar o caminho a Pascoal Luvualu e Ambrósio Lukoki, tidos na altura como zairenses e canibais da etnia Kikongo, os dirigentes do MPLA foram enganados pela postura felina, calma e discreta de José Eduardo dos Santos para aceitar a proposta de Paiva Domingos da Silva que colocou o nome deste na mesma como o substituto ideal de Neto à Presidência do Partido e da República, segundo se comenta.
Segundo os mesmos comentários não verificados, Lúcio Lara, na altura o número dois do MPLA e com tal o substituto natural de Agostinho Neto, é mestiço ou mesmo branco. Escolhe-lo para este cargo era impensável e escandaloso. Fala-se que é ele próprio quem retirou a sua candidatura para o cargo, deixando uma luta renhida para o preenchimento da vaga deixado pelo malogrado Agostinho Neto.
Segundo a sabedoria Kikongo, o Kiula vo kekota muna nkalu, fiononoka (o sapo para entrar na cabaça estreita-se, dentro engorda-se). É curioso que durante os 34 anos de poder vitalício e nas suas intervenções públicas, Dos Santos nunca pronunciou uma única palavra técnica sobre os petróleos. As cédulas pessoais e os diplomas académicos dissiparam as dúvidas e os tabus sobre Dos Santos.
* makutankondo@yahoo.com.br
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